Que tempos! Que gente! Nos dias que correm, não interessa o que somos. Não interessa o que fazemos. O que importa mais é, sem dúvida, a imagem do que somos. O que conta é, definitivamente, a maneira como fazemos as coisas. E andamos para aqui a correr de um lado para o outro – "Não tenho tempo para nada, nem sequer almocei hoje..." – para darmos a ideia de que a nossa vida é uma azáfama sem fim. E por isso inventamos mais e mais projectos, mais e mais competências, como se não houvesse mais ninguém à nossa volta. De facto, apenas nos vemos a nós próprios. Cegámos dos outros. Tentamos fazer muitas coisas, se calhar para esconder a nossa incapacidade de fazer apenas uma. Mas fazer bem. Queremos o muito porque somos incapazes do pouco com qualidade.
E nesta bagunça toda, nem interessam os outros. Com os seus próprios ritmos. Eles que venham connosco (atrás de nós). Se não... deixem-se ficar, fracos e vencidos...
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