domingo, dezembro 31, 2006

Ele aí está

Carmen Herrera
Nacimiento
Oleo (36x50)
http://www.interarteonline.com/Carmen_Herrera.htm#

Que o Novo que aí vem, traga consigo a novidade maior que todos desejamos.
Tudo de bom para todos quantos tiveram e têm a amabilidade e a simpatia de aqui terem vindo.
Que 2007 nos seja, a todos, muito benéfico.

sábado, dezembro 30, 2006

Nova imagem, em final de ano

Nova imagem deste Tempo. O mesmo ser, no entanto.
Porque o tempo é de novo. Pelo menos nos dias a contar.
[Afinal, e apenas tão-somente, aproveitando os novos "conselhos" do "hospedeiro" deste espaço.]

Faltava tão pouco para o humanismo chegar neste final de ano

Tristes os seres humanos que se comprazem [que festejam, quiçá] com a morte como arma para fazerem vingar as suas ideias, as suas maneiras de pensar a vida e o mundo que os rodeia. Mesmo se para vingarem a sua honra perdida. Mesmo se para vingarem o mal praticado.

Estaremos, afinal, num tempo e numa história de deuses (embora mortais)?

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Pensamentos subversivos (IX)

Alguém acreditará que, se o jogador Pepe fosse de um qualquer outro (mas outro qualquer, mesmo) clube português – que não o FCP – estaríamos hoje (quando ainda não é, que se saiba, cidadão português) a ver esta telenovela sobre a sua chamada ou não à Selecção Nacional de Futebol?

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Não deixa de ser uma bonita história de Natal

Jovem dá à luz em comboio Lisboa-Porto
O revisor e os funcionários da carruagem-bar do comboio Intercidades número 521, que faz a ligação entre Lisboa e o Porto, com partida diária de Santa Apolónia às 8.55, viveram ontem momentos únicos de ansiedade, mas também de alegria, quando uma passageira deu à luz uma menina em plena viagem. (…)”
Diário de Notícias, 28.12.2006

Pensamentos subversivos (VIII)

Hoje digo o que ontem não podia dizer

quarta-feira, dezembro 27, 2006

É verdade, estamos [continuamos] no Natal

Deste-me a mão
E disseste que me levavas
No passeio que eu inventara

Deste-me a mão
E disseste a palavra
Que eu tinha escrito em mim

E eu olhei-te
E sorri
E agradeci-te
No silêncio de mim

segunda-feira, dezembro 25, 2006

É verdade, estamos no Natal. (PRESÉPIOS)


Não o tendo feito de outra forma, aproveito este ensejo para desejar a todos os que aqui vêm, nomeadamente aos caros amigos Armando S. Sousa e Paulo Cunha Porto, um óptimo, grande e Feliz Natal. Que o espírito do Presépio, seja ele qual for para cada um de nós, possa inundar os corações com o calor da amizade e da fraternidade.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Mais uma viagem, Senhores, mais uma viagem

É entrar, que o carrossel vai andar!

Já agora, uma história de Natal

«(…) "Uma rapariga de 21 anos subiu ao telhado do edifício da câmara da cidade alemã de Lorrach, com a intenção de pôr termo à vida. Uma multidão de mirones juntou-se na praça e uma parte dos presentes, na sua maioria entre os 16 e os 19 anos, encorajaram a jovem a saltar (!) [o ponto de exclamação é da responsabilidade do autor deste texto]. Alguns sem-abrigo, que habitualmente ocupam o lugar, protestaram. Os ânimos aqueceram e em pouco tempo havia mais de 40 pessoas envolvidas em confrontos. A polícia teve de intervir para separar os dois grupos e seis agentes ficaram ligeiramente feridos. A jovem acabou por descer e foi conduzida a uma clínica da região." (…)»
Mário Bettencourt Resendes
“O exemplo dos sem-abrigo de Lorrach”
Público, 21.12.2006

quinta-feira, dezembro 21, 2006

[E porque não?] Um Poema de Natal


MENINO JESUS

Tuas mãos tudo partilham
do Todo que nos trouxeste.
Teus olhos, felizes, brilham
pelo “Sim” que ao Pai disseste.

Simples, meigo, despojado
para vestir nossa veste,
Tu és o Deus humanado
que nosso Irmão te fizeste.

Jesus Menino em Belém,
em Nazaré Tu cresceste;
homem, em Jerusalém
morte injusta padeceste.

Salvador de todo o povo
sem distinção, que nos deste
a esperança de um Mundo Novo,
bem-vindo porque vieste!

LOPES MORGADO
(Inspirado na imagem do Menino, feita pelas Irmãzinhas de Jesus)

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Prendas de Natal

Às vezes a vida tem destas coisas. Esta viúva de Viana do Castelo recebeu este ano uma prenda diferente no seu sapatinho.

Já agora gostaria de saber que prenda mereceriam receber, também nos seus sapatinhos, aqueles que não foram capazes de “ter olhos para ver”, ter “ouvidos para ouvir”, “boca para falar”. E, já agora, “mãos para actuar”. E rapidamente, convinha mesmo.

É verdade, estamos no Natal

Que um sorriso
Seja a tua arma

Que uma palavra de amor
Seja a tua resposta

Que um gesto de paz
Seja o teu comunicar

Que no teu coração
Floresçam jardins de fraternidade

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Já agora, um bom conto de Natal

“Zacarias quase deslocou o ombro, empurrado pelas escadas do Templo no meio do tumulto. Além de arruinado, quando todas as suas pombas voaram para longe, fora espezinhado. Tudo isto por causa da fúria daquele estranho Nazareno, que espantara animais, derrubara mesas e espalhara o dinheiro. O vendedor de pombas até simpatizava com Ele, mas agora ficou furioso. (…)”
João César das Neves
Diário de Notícias, Opinião, 18.12.2006

O "ano da Besta"

O homem até acaba por ter razão: continua a dizer que é o Primeiro lá do burgo.

No presente caso, para os outros, é claro.

“Gloria in excelsis deo. Et in terra pax hominibus bonæ voluntatis.”

Apesar das festas que se adivinham e manifestam
Apesar das iluminações que decoram muitas das nossas ruas
Apesar do marketing e das campanhas promocionais
Apesar de todas as “Floribelas” do nosso burgo
Apesar de todos os “Morangos” mais ou menos açucarados
Apesar do maior “bacoquismo” da Europa no Terreiro do Paço
Apesar das muitas festas e eventos de solidariedade

Creio bem que, afinal, até é capaz de haver mesmo NATAL.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

A Comédia (divina) de Dante

“Se bem entendo, parece que conheceis o futuro,
o que o tempo traz consigo talvez,
e não enxergais, não vedes o presente.”

Canto Décimo
(Continuação do Sexto Círculo do Inferno)

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Nos meus, ninguém toca!

Pronto. Estamos devidamente esclarecidos. E, por isso mesmo, tranquilíssimos.

"Da iniciativa do Conselho de Deontologia do Porto da Ordem dos Advogados (OA) não será instaurado qualquer processo disciplinar ao advogado Lourenço Pinto." António Salazar não podia ser mais claro. Para este advogado, presidente do Conselho de Deontologia do Porto, o comentário que Lourenço Pinto dirigiu a Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa, a respeito da agressão ao antigo vereador da Câmara de Gondomar Ricardo Bexiga, não é razão suficiente para que se avance com um processo contra o causídico do Porto. E António Salazar assumiu esta posição ao DN mesmo sabendo que o bastonário da Ordem dos Advogados (OA), Rogério Alves, já tinha afirmado publicamente que a questão vai ser analisada, no sentido de se apurar se há ou não fundamento para um processo disciplinar.”
Diário de Notícias, 13.12.2006

Inquietações (6)

É preciso acreditar
Mesmo se nos pedem
A incredulidade

A vida sem aventura
É como um deserto
Sem oásis

(Lisboa, 20 de Junho de 1983)

terça-feira, dezembro 12, 2006

Sem comentários...

“As fugas de informação, vindas da Polícia Judiciária do Porto, são exemplo de que não se pode confiar em ninguém, segundo fonte ligada ao processo, admitindo-se que a investigação passe da PJ do Porto para a Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB), a unidade de elite da Polícia Judiciária, porque santos da casa (Directoria do Porto) não fazem milagres, segundo pessoas próximas da condução deste processo.”
Correio da Manhã, 12.12.2006

[Adenda]

«(…) Mas seria também muito bom que o Ministério Público se interessasse pelo episódio da agressão de contornos mafiosos ao ex-vereador Ricardo Bexiga. A confirmar-se a versão de Carolina Salgado, fortemente indiciada por co-autoria a partir das suas próprias palavras, não estamos perante um mero caso de ofensas corporais. (…)
Poderemos estar aqui perante um caso que verdadeiramente interpela o Estado de direito, muito mais do que o próprio "Apito Dourado".
Não há outra conclusão possível quando a um advogado (onde anda a Ordem?) é imputada uma frase como a que está no livro – "Parabéns, minha querida, mas ele [Ricardo Bexiga] ficou a falar".»
Eduardo Dâmaso
Diário de Notícias, Editorial, 12.12.2006

Hoje digo o que ontem não podia dizer

segunda-feira, dezembro 11, 2006

De facto, já pouco há que nos surpreenda

Depois disto, já só faltará que o Governo crie uma empresa para governar o país.

Até quanto aos poderosos Orwell acabou por ter razão

Também aqui se viu que há animais mais iguais que outros animais.
(Ou deveria dizer que há animais mais animais que outros animais?)

sábado, dezembro 09, 2006

Leituras de Fim-de-Semana

A Comédia (divina) de Dante

“E Virgílio respondeu-me: «Aqui estão as heresiarcas
com os sectários, de todas as seitas:
e as tumbas estão muito mais cheias do que pensas.

Aqui igual com igual é sepultado,
e os sepulcros são mais ou menos ardentes.»
Depois, voltando à mão direita,

passámos entre as tumbas incandescentes e os altos muros.”

Canto Nono
(À porta da cidade de Dite)

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Pensamentos subversivos (VII)

Açores e Madeira com salário mínimo superior ao do continente.
Funcionários Públicos com subsídio de insularidade, que, no Porto Santo, equivale a 30% do vencimento.
Público, 07.12.2006 (Sem link, obviamente)

Já agora, porque é que os portugueses que residem, por exemplo, em Bragança, Vila Real, Vilar Formoso, Elvas ou Vila Real de Santo António, não têm igualmente um subsídio, que no caso se poderia chamar de “interioridade”?

quinta-feira, dezembro 07, 2006

É pá, a malta também se enganou!

Razões que a razão desconhece

Tem razão o Miguel Abrantes (Câmara Corporativa). Que vem lembrar que tem razão o João Pulo Guerra (Diário Económico).
De facto, na Lápide, deveria estar também: “O Tribunal não actuava com independência, aceitava e cobria as torturas e ilegalidades cometidas pela PIDE/ DGS, limitava-se, salvo excepção, a repetir a sentença que a polícia política já tinha definido”.
Pelo menos, era muito mais honesto.

Pensamentos subversivos (VI)

Temos a televisão que a nossa gente quer. Temos a gente que a nossa televisão quer.
Mas não me digam que a D. Alzira, minha vizinha, obstinada assistente das permanentes telenovelas que nos assolam o ar “televiseiro”, tem o mesmo grau de culpa no cartório que os responsáveis das nossas televisões.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Esperamos que não tão seriamente como estudou a “ida” para o Iraque

Dá que pensar! (Se é que ainda somos capazes de pensar…)

Um estudo das Nações Unidas divulgado ontem em Helsínquia revela que continuam a aumentar as desigualdades na distribuição da riqueza mundial. De acordo com as conclusões do relatório realizado pelo Instituto Mundial para a Investigação do Desenvolvimento Económico da Universidade das Nações Unidas, dois por cento das pessoas mais ricas do planeta possuem mais de metade da riqueza disponível.
Baseando-se em dados de 2000, o estudo mostra que um por cento dos adultos mais ricos é dono de 40 por cento da riqueza, sendo que dez por cento dos mais abastados possuem 85 por cento da riqueza disponível. Por sua vez, metade da população adulta mundial detém apenas um por cento da riqueza total do planeta, o que prova bem as desigualdades existentes entre os mais ricos e os mais pobres. (…)”

Correio da Manhã, 06.12.2006

terça-feira, dezembro 05, 2006

Mas então o que é que os homens têm andado a fazer todo este tempo?...

“O líder do PSD, Marques Mendes, e Marcelo Rebelo de Sousa defenderam hoje a realização de um julgamento sobre Camarate, considerando ser uma "vergonha para a democracia" continuar por esclarecer a queda do avião que matou Sá Carneiro.”
Público, 05.12.2006

segunda-feira, dezembro 04, 2006

E disto, ninguém fala?

“A existência de restaurantes de fast food nos hospitais pediátricos americanos encoraja as famílias a ingerirem esses alimentos e a acreditarem que esse tipo de alimentação é relativamente saudável. É o que diz um estudo coordenado por Hannah Sahud, pediatra do Allegheny General Hospital, de Pittsburgh.(…)
«Estamos a veicular duas mensagens diferentes ao trabalharmos nos cuidados de saúde e promovermos a saúde dizendo que a obesidade é um grave problema médico, mas ao mesmo tempo encorajando-a implicitamente», disse Hannah Sahud à A.P.”
Público, “Um Terço dos hospitais pediátricos dos EUA tem fast food”, 04.11.2006 (Sem link)

Pensamentos subversivos (V)

Porque é que não existe para com Saddam Hussein, da parte de tantos “justiceiros” e de “pessoas de bem”, a mesma “consideração” e “respeito” que se tem vindo a manifestar, por exemplo, para com Augusto Pinochet?

Encontros

Amo a terra criada
Do meu ser feito vida
E vivo a terra que crio
Com o amor que em mim nasceu

Sou filho do amor criador
E da terra que o acolheu

Vivo a terra que amo
E amo o amor que me fez nascer

(Lisboa, 17 de Janeiro de 1983)

quarta-feira, novembro 29, 2006

Encontros

A vida por vezes não nos deixa esquecer que o mais importante na nossa caminhada colectiva é descobrir que, afinal, viver mais não é que percorrer uma estrada em conjunto com outros. Que nos são iguais, porque igualmente caminhantes na aventura do tempo.

Foi o que me ajudou a descobrir o meu amigo F.R., professor, de escola noutros tempos, e de vida nos dias de hoje.

A vida, afinal, é tão-somente isto: sabermos partilhar os momentos de encontro, como sabemos partilhar uma bica e uma mesa de um qualquer “café” da nossa cidade.

Há viagens que dão que pensar...

Frei Carlos
(activo entre 1517-1539)
O Bom Pastor
c. 1520, óleo sobre madeira
Museu Nacional de Arte Antiga
Lisboa, Portugal
http://www.uc.pt/artes/6spp/f2.html

terça-feira, novembro 28, 2006

Mesmo que tenha dito que não: Fico!

Muita gente tem vindo a público debitar ideias e opiniões sobre a questão da substituição de deputados levada a efeito pelo PCP. Terão todos muita razão.

Vamos lá a ver se nos entendemos! Cá para mim, que não percebo nada da coisa, achei curioso o seguinte: É prática habitual no PCP (não sei se noutros lados tal se pratica) os candidatos a deputado assinarem uma declaração de renúncia ao seu mandato, caso o Partido assim o entenda. Foi esse, naturalmente, o caso da ilustre deputada que ora se recusa a sair. Porque, como a grande parte dos entendidos diz, tal documento não é legal, porque vai contra a Constituição e a Lei geral. Mais uma vez, terão todos muita razão.

Mas que diabo, então nada a dizer de alguém que assina um documento, na presunção de que não o vai cumprir. Mas c’um raio: Então a assinatura de uma pessoa já não tem valor nenhum? A palavra dada já não é um valor? E nem me meto já por outros caminhos, como honra, valores, ética, etc..

Para que não restem dúvidas, por mim, estou radicalmente contra esta prática do PCP. Por uma questão de valores. Obviamente.

“A Marca Marvila”

Há coisas que vale a pena fazer. Há alturas em que também é importante dizermos bem de alguma coisa. Nem tudo é mau à nossa volta, felizmente. E quando o que se realiza é pioneiro, então, vale duplamente a pena. Está, neste caso, de parabéns a Junta de Freguesia de Marvila, aqui em Lisboa, pela organização do seu 1º Congresso, realizado no passado dia 25 de Novembro (boa comemoração), no Auditório do ISEL, e subordinado ao tema “A Marca Marvila”.

Já agora, um breve apontamento, apenas para referir um inquérito que a referida Junta de Freguesia levou a efeito, elaborado por uma entidade idónea.

Realçam-se apenas aqui alguns dos dados apurados:

– À pergunta ”Gosta de viver em Marvila”, 84% afirmam que sim.
– À pergunta “Porque vive em Marvila”, 24% afirmam que o fazem por opção pessoal.
– Quando se coloca a pergunta “A que conceito melhor associa Marvila”, 22% dos inquiridos referiu a Marcha Popular (41% no caso dos não residentes).

Cá por mim, morador em Marvila, fico contente pela minha Freguesia. E, por isto felicito os responsáveis da Junta de Freguesia de Marvila por terem criado esta oportunidade de debate e de reflexão sobre o meio onde vivemos.

Que não caia em “saco roto” o que aqui se reflectiu.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Pensamentos subversivos (IV)

Que bom que é andarmos todos a assobiar para o lado…
Afinal de contas, Lisboa continua tranquilamente adormecida
.

Inquietações

Sempre que quiserem que eu seja
Saibam que posso chegar
O meu tempo de ser é sempre o tempo
De aprender e descobrir o chegar e partir

Sempre que quiserem que eu permaneça
Saibam que eu posso partir

sexta-feira, novembro 24, 2006

quinta-feira, novembro 23, 2006

A Comédia (divina) de Dante


“Quantos no mundo são considerados grandes reis,
que permanecerão aqui como porcos na lama,
deixando no mundo memórias abjectas!”

Canto Oitavo
(Ainda o Quinto Círculo do Inferno)

quarta-feira, novembro 22, 2006

Pensamentos subversivos (III)

São «tropas», Senhor; são «tropas»!”

O que faz falta é falar dele

Até porque assim outras coisas – essas mesmo importantes, porque connosco têm mesmo a ver – ficam no limbo da nossa existência.

Como diz Pedro Rolo Duarte, hoje, no seu artigo de Opinião no
DN: “Pedro Santana Lopes está para o jornalismo político como Elsa Raposo está para as revistas sociais: a todos serve o mesmo prato, e todos se servem do mesmo prato. No fim, os consumidores aplaudem. Mesmo quando as três partes sabem que há algo de podre nesta relação ocasional, feita de traições, conspirações, romances e muita areia atirada para os olhos de todos. Mas o povo gosta - e isso é que interessa, não é?”

O que faz falta é “deficetizar” a malta

Bom trabalho Senhor Campos. Estamos mesmo a poupar.

terça-feira, novembro 21, 2006

Inquietudes

Porque é que será que um dia vem sempre atrás de outro dia e que depois de chegar um dia apenas nos lembramos de que algures no tempo e no espaço um dia fomos apenas?

segunda-feira, novembro 20, 2006

Viagens...

Quando parto – quando me parto –
É comigo que fica sempre a voz
De quem me falou palavras amigas.
Quando parto, parto. Parto e chego.

(Lisboa, 7 de Janeiro de 1983)

sexta-feira, novembro 17, 2006

Pensamentos subversivos (II)

Só estou à espera da reacção de Marques Mendes, depois da entrevista do Presidente da República à SIC.

E, já agora, não se poderia colocar o homem também “entre parêntesis”?

“Santana diz continuar sem perceber por que dissolveu Sampaio a Assembleia, quando lhe disse sempre que não o faria, mesmo na véspera de tomar essa decisão. Ontem, acrescentou que Sampaio queria que Cavaco ganhasse as eleições. Porque se fosse Mário Soares a ganhar, o ex-Presidente ficaria aos olhos dos portugueses como "um entre parêntesis" da presidência.”
Santana Lopes, Entrevista à RTP1
Público, 17.11.2006

quinta-feira, novembro 16, 2006

A Comédia (divina) de Dante


“Os choques, entre os dois grupos, sempre eternos
serão: os avaros sairão do sepulcro com o punho
fechado, e os pródigos sem cabelo.

Mal dar e mal conservar privou-os
do Paraíso e colocou-os nesta luta:
qual ela seja, tu a vês.”

Canto Sétimo
(Quarto e Quinto Círculos do Inferno)

quarta-feira, novembro 15, 2006

Pensamentos subversivos

Que bom seria se o governo fosse tão actuante, tão rígido, tão exigente, tão justo connosco todos, os humildes e normais cidadãos desta terra, quanto o é com o sector da banca, por exemplo.

terça-feira, novembro 14, 2006

Dúvidas

Aqui me questiono
Em dúvidas permanentes

Há muito que me habituei
A viver com a própria dúvida

E questionando-me
Fui descobrindo em cada dia
Mais um pouco do pouco que sou

(Lisboa, 25 de Outubro de 1983)

Pior que não ver, é não querer ver

“Os funcionários públicos são mais mal pagos do que os trabalhadores das grandes empresas portuguesas. Esta conclusão – que vai contra o senso comum e um estudo publicado pelo Banco de Portugal – consta de um relatório encomendado pelo Governo à consultora Cap Gemini e cujos resultados foram parcialmente divulgados ontem pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado. (…)”
Diário de Notícias, Caderno Economia, 10 de Novembro de 2006
(Sem Link, claro)

segunda-feira, novembro 13, 2006

Como é que disse?

“Viva o SNS (Serviço Nacional de Saúde)!”
Correia de Campos, Ministro da Saúde
Congresso do PS, Santarém

sábado, novembro 11, 2006

Leituras de fim-de-semana

"Eu fui à Madeira para defender a autonomia regional. Já o senhor não foi a Felgueiras há um ano, nem teve uma palavra. E enquanto nada disser sobre o assunto, em matéria de credibilidade política estamos conversados."
Marques Mendes, em resposta ao Primeiro-Ministro, noi debate do OE 2007
Expresso, 11.11.2006

Cá me queria parecer que, de facto, estamos mesmo conversados. Comparar a Madeira a Felgueiras, colocar no mesmo saco o homem da ilha e a senhora de Felgueiras... Só mesmo porque iguais. E viva a credibilização!

sexta-feira, novembro 10, 2006

Convicções

Mesmo que te digam
Para desistir
Lembra-te que o dia
Não acabou ainda

É que o Sol
Surge sempre
Quando a noite adormece

(Lisboa, 26 de Dezembro de 1982)

quinta-feira, novembro 09, 2006

De greve!

Aderi à greve da Função Pública. Estou, portanto, hoje e amanhã, de greve. Por uma questão de convicção, de coerência, de honra e de dignidade.

Deixemo-nos de coisas. Podendo, eventualmente, estar de acordo com alguns aspectos da actual governação, podendo ser sensível a alguns dos motivos que estão por detrás da actuação do Governo de José Sócrates, não posso, por isso mesmo, e de igual modo, esquecer uma questão de primordial importância – pelo menos para mim – que é a de que não devem ser sempre os mais pequenos a suportar, pelo menos em primeira instância, todos os custos das crises que, ciclicamente, vão surgindo nas sociedades. E que me desculpem lá mais uma vez, mas começa a ser tempo de mudar as agulhas: a culpa não pode ser sempre dos mesmos.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Bem dito

“O primeiro país europeu que aboliu a pena capital não tinha nada para dizer, através do primeiro-ministro ou do ministro dos Negócios Estrangeiros, quando a União Europeia se demarcou da condenação à morte de Saddam Hussein. Mas não será que esse silêncio, essa ausência, reflectem também a falta de substrato e espessura, em matéria de princípios ou valores, que hoje constatamos noutras áreas da governação? E que significará o elogio de Sócrates ao modelo americano de direitos humanos no momento preciso em que os atentados a esses direitos pela Administração Bush são verberados tão intensamente fora e dentro dos Estados Unidos?”
Vicente Jorge Silva
“Pena de morte: uma herança silenciada
Diário de Notícias, 08.11.2006

A Comédia (divina) de Dante


“A facção negra longo tempo se alçará no mando,
vexando a facção branca sob grave peso,
sem levar em conta suas queixas e ameaças.

Existem lá dois justos, mas não são ouvidos;
a soberba, a inveja e a avareza são
as três faíscas, que incendeiam os corações.”

Canto Sexto
(Terceiro Círculo do Inferno)

terça-feira, novembro 07, 2006

Condenação justa! Pena justa?

Saddam Hussein foi acusado. Foi julgado. Foi condenado. É o corolário lógico, racional e justo de quem cometeu os crimes de que foi acusado. Mesmo considerando eu que o julgamento deveria ter sido antes efectuado num Tribunal Internacional. Porque Saddam Hussein cometeu todos esses crimes. É público, está confirmado. Neste caso, ninguém pode dizer que duvida.

Saddam Hussein foi condenado à morte, por enforcamento. Aqui, se me permitem, estou profundamente em desacordo.

Como já o afirmei antes,
aqui, aqui, aqui e aqui, sobre a pena de morte, tenho uma atitude de franca, decidida e sincera discordância. Sobre a Morte, a minha atitude é radicalmente contra a sua utilização como arma para atingir um qualquer objectivo. É uma questão de convicção ética e moral.

E sobre esta questão, a Pena de Morte, volto a lembrar aqui (nunca é demais dizê-lo) o que afirma a
Amnistia Internacional: A pena de morte é a punição mais cruel, desumana e degradante. Viola o direito à vida. É irreversível e pode ser infligida a inocentes. Nunca se provou que fosse capaz de diminuir o crime mais eficazmente do que outras formas de punição.

Já agora, duas reacções gostaria de referir aqui:

Por um lado, a reacção do Presidente da República,
Cavaco Silva, ao manifestar-se contra a condenação à morte de Saddam Hussein. Mesmo considerando que "todos temos conhecimento dos crimes e atrocidades praticadas por esse ditador e foi bom que o novo regime iraquiano tivesse levado até ao fim o julgamento". E disse-o claramente: "Pessoalmente, também sou contra a pena de morte e identifico-me plenamente com a declaração comum da União Europeia em que se apela para que a pena de morte a Saddam Hussein não seja executada".

Por outro lado, a atitude (reacção de regozijo soberbo) de
George W. Bush foi, para não dizer outra coisa, uma piada de muito mau gosto. Até porque, se não me engano, alguns desses crimes terão sido cometidos há uns anos atrás, época essa na qual o ditador era até um dos grandes amigos da então administração americana.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Chove

Chove
Sei que chove porque vejo
As gotas da chuva no vidro da janela
Do meu quarto

Chove
Sei que chove porque oiço
O ruído dos pingos no metal da janela
Do meu quarto

E a água que cai
Não vem apenas alimentar
As terras áridas de secas mortais
Nem apenas lavar as ruas e os caminhos
Da cidade que me envolve

Chove
E a chuva que vai caindo
Vai lavando também os meus olhos
Tão cansados da nostalgia
Do tempo que se escoa inexorável

Clareza sem sofismas

Não gosto desta América. Mas não sou anti-americano. Talvez até antes pelo contrário. Como, aliás, há uns tempos, havia quem não gostasse do nosso Portugal, mas não fosse anti-português.

Por isso, vale a pena ler o que Miguel Sousa Tavares escreveu no Expresso desta semana, no seu “God Bless américa”.

Não resisto a deixar aqui o parágrafo final do seu texto:

“Esta semana Bush vai a julgamento nas eleições legislativas americanas. Será uma ocasião decisiva para perceber se os americanos já realizaram finalmente os danos causados por este Presidente, que representa o que de pior e mais obscuro a América tem. Já vai sendo tempo de os Estados Unidos se reconciliarem com o mundo e nós com eles.”

domingo, novembro 05, 2006

Leituras de fim-de-semana

  1. Mas o que é que deu a Marques Mendes para se sujeitar a estas situações (na Madeira)? É que da parte do Senhor da Ilha só pode vir o que vem. Quer-me cá parecer a mim que, de facto, quem já é pequeno, se não está atento, mais pequeno ainda fica.
    E depois não se admire se, de novo, o proibirem de lá voltar.
  2. "Questões de segurança" levaram o PCP a não revelar, para já, o local da reunião das organizações comunistas e operárias de todo o mundo?
    Ou questões de segredo para não se revelar quem cá virá?
  3. O General e ex-Presidente da República, Eanes vai defender a sua tese de doutoramento, este mês de Novembro, numa Universidade de Espanha. E qual vai ser essa Universidade? Vem no Expresso desta semana.
    De facto, grande "Obra"!

sexta-feira, novembro 03, 2006

Visitas a registar

Já andava há algum tempo para saudar aqui um espaço que me vai dando algum prazer em visitar. Ao meu amigo AR, da Quinta Coluna, um grande e fraterno abraço.

Saber pensar a palavra livre
É conhecer a Via Láctea
E percorrer o universo.

(Lisboa, 24 de Outubro de 1983)

quinta-feira, novembro 02, 2006

As “cenas” do nosso quotidiano

Estou mesmo curioso em saber o que isto vai dar. Pelo andar da carruagem, pela qualidade dos “intérpretes”, ainda se arrisca esta “peça” em ser considerada uma das “cenas” do século.

E depois dizem que não temos motivos para dar uma boa e farta gargalhada!!!

terça-feira, outubro 31, 2006

Os bons sabores da vida

Na semana passada fui visitar um grande amigo que tinha sido internado num hospital da nossa área, com um problema algo sério.

Havia já algum tempo que o meu amigo andava sofrido, sem saber o que tinha. E, de repente, sem saber de novas ou antigas, ficou a saber que alguma coisa lhe chegou àquela parte do corpo que, naturalmente, não pode parar. O coração. Aquele órgão que, afinal, quase tudo comanda.

E, assim, de nova em nova, o meu amigo lá se irmanou comigo em intervenções que de cardíacas nos levam à descoberta do que é mais importante na vida.

Mas ainda não esqueci o pedido que o meu amigo me fez, quando com ele estive naquele espaço e naquele tempo que nos aperta o peito e faz pensar que a vida é das coisas mais imprevisíveis que conhecemos: um bom cozido à portuguesa!

É que, fraco, sim senhor; debilitado, também; mas, como eu, convicta e firmemente, ontem, hoje e sempre, um garfo de respeito!

segunda-feira, outubro 30, 2006

"O que aconteceu ao ensino público gratuito?"

(…) "o que acontece é resultado do desinvestimento na escola pública". António Castela, porta-voz da Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais, não tem dúvida de que "as escolas têm necessidades que não são satisfeitas pelas verbas que lhes são atribuídas". E não se opõe ao "voluntarismo". Mas exige transparência. E deixa o alerta: "As actividades de enriquecimento curricular são uma boa ideia da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, mas ainda ninguém falou no que aí vem, que é a necessidade de comprar livros de Inglês e de Música. Vão ser os pais a pagá-los?"
DN, 30.10.2006

Vamos lá a ver se nos entendemos. Então a educação – como a saúde, entre outras, por exemplo – não é um dos direitos básicos e fundamentais do ser humano? E como tal, não é considerado ser gratuita para todos? Pelo menos durante os primeiros três ciclos de ensino – escolaridade obrigatória?

Cá para mim, parece-me bem que o que deveria fazer-se era chamar o dito pelo nome próprio. Não o andarmos com remendos e com os favores de apenas alguns – acabará sempre por poderem andar melhor os que “mais” podem. O que será injusto, diga-se. E contrário, afinal, ao que está na lei que “alguns” usam como argumento para tudo e para nada.

sexta-feira, outubro 27, 2006

A Comédia (divina) de Dante


“Ali está Minos, horrível e rangendo os dentes;
à entrada do Círculo examina as culpas; julga e
ordena segundo o número das voltas da cauda, em que se enrosca.
(…)

Compreendi que a tão áspero tormento
são condenados os pecadores carnais,
que submetem a razão ao apetite.”

Canto Quinto
(Segundo Círculo do Inferno)

quinta-feira, outubro 26, 2006

Às vezes é preciso também saber dizer mais ou menos bem

Com todos os seus defeitos, pecados e pecadilhos – matéria afinal de que são feitos todos os seres humanos – ainda há alguém que, embora à sua maneira e medida, sabe tirar em devido tempo as suas devidas ilações.

quarta-feira, outubro 25, 2006

“Animal Farm”


Regulamento

Artº Único: Todas as empresas são iguais.
§ Único: Mas há empresas mais iguais que outras.

terça-feira, outubro 24, 2006

Convicções (se calhar antigas…)

Tenho para mim que a palavra dada é sempre uma urgência de afirmação de coerência, de verdade, de lealdade.
Tenho para mim que a honra de cada um é uma urgência de afirmação de respeito, de seriedade, de humanidade.
Tenho para mim que o ser humano, enquanto ser humano, transporta em si mesmo uma urgência de vida.

Por isso, não posso compreender aqueles que têm para si a negação do respeito que à palavra dada deve ser dado.

sábado, outubro 21, 2006

Brincadeiras “à séria”

Deixem cá ver se percebo. Estamos a comparar laranjas com melões, não é? Isto só pode ser um devaneio de quem não tem mais nada para fazer, não é verdade?

Ou, afinal, é a sério. E então estão a “brincar” comigo. Pelo menos.

Uma questão de gostos

Depois de ter assistido, curioso, ao parto de uma obra, dei por mim sem astro. Mas expressamente me recompus.

sexta-feira, outubro 20, 2006

A Comédia (divina) de Dante


“Grande dor me apertou o coração, quando o ouvi,
vendo que pessoas de muito valor
se encontravam suspensas naquele Limbo.
(…)

Do fogo estávamos ainda um pouco longe,
mas não tanto que eu não distinguisse em parte
que gente, digna de honra, habitava aquele lugar.”

Canto Quarto
(Primeiro Círculo do Inferno)

quarta-feira, outubro 18, 2006

Eis-me aqui (III)

Eis-me aqui
Sem tempo
Sem espaço

Sem som
Sem cor

Eis-me aqui
Mesmo assim
Apesar de tudo

terça-feira, outubro 17, 2006

Há quem diga

Nunca a liberdade acendera fogueiras e queimara o espírito. O crime das inquisições pertencia aos inquisidores.
Miguel Torga
A Criação do Mundo, IV Dia

segunda-feira, outubro 16, 2006

O que faz falta é bater na malta

Muito se tem falado, sobretudo nos últimos tempos, no pessoal da Administração Pública. Para muita e “santa gente” a solução é até bem simples: mandavam-se embora uns míseros duzentos mil funcionários públicos, e todos os nossos problemas ficariam resolvidos.

Por isso, li com bastante curiosidade os artigos de
Carla Aguiar e Manuela Arcanjo, saídos hoje no Diário de Notícias. E nem preciso dizer mais nada.

Ah! Já agora, repiso um dado que me vem à cabeça: Os funcionários públicos são das poucas (para não dizer quase únicas) pessoas que, há bastos anos, não têm fugido (nem podem, aliás) quer aos seus compromissos fiscais, quer aos compromissos com a segurança social. Curioso, não é?

Epistologias (As preocupações da minha gente)

"Exmos. Senhores Administradores (do Banco …)

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria desta forma: todos os meses os senhores e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer produto adquirido (um pão, um remédio, uns litros de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente acima do preço de mercado.
Que tal? (…)"

(De um e-mail [que corre na net], que recebi de um amigo, sobre as relações de alguém com uma instituição bancária da nossa praça.)

sexta-feira, outubro 13, 2006

Há dias felizes (mesmo sendo dia 13)

Sou, na verdade, e assumo-o com toda a força (e com toda a humildade, diga-se), uma pessoa de muito bom gosto.

Foi seguramente por isso, que há 27 anos, no dia 13 de Outubro, numa modesta e pequena capela desta nossa Lisboa, assumi, perante familiares e amigos, que o testemunharam, o compromisso de viver com uma Grande Senhora. Aquela que continua a arriscar viver comigo.

Por curiosidade, refira-se que também o meu irmão António, no mesmo dia, se irmanou comigo no mesmo compromisso com outra Grande Senhora. Por isso, também o seu extraordinário bom gosto. É uma questão de família, que querem? …

Hoje, passado todo este tempo, passadas todas as alegrias e tristezas, por mim, vou teimosamente continuando a reafirmar que tem valido a pena. Como tenho a certeza de igual sentimento do meu irmão António, manifestado lá no alto da montanha, onde tenho a certeza que ele está.

quinta-feira, outubro 12, 2006

A Comédia (divina) de Dante


“POR MIM ENTRA-SE NA CIDADE DOLENTE,
POR MIM ENTRA-SE NA DOR INFINITA,
POR MIM ENTRA-SE NA ESTÂNCIA
DA GENTE PERDIDA.

A DIVINA JUSTIÇA PUNITIVA MOVEU DEUS
A CRIAR-ME; FUI EDIFICADA PELA DIVINA
POTESTADE, A MAIS ALTA SABEDORIA
E O PRIMEIRO AMOR.

ANTES DE MIM NÃO FORAM CRIADAS
SENÃO COISAS ETERNAS, E EU ETERNAMENTE
DURO. DEIXAI TODA A ESPERANÇA,
Ó VÓS QUE ENTRAIS!”

Canto Terceiro
(Porta Infernal)
Inscrição que encima a porta

quarta-feira, outubro 11, 2006

A “reforma” da nossa Segurança Social”

"Mais justo", assim considerou José Sócrates o sistema que vai vigorar a partir de Janeiro de 2007 e que será "completamente diferente."

Cá para mim, tenho sérias reservas ao dito pelo PM. É que não me parece mesmo nada justa esta Segurança que o actual governo quer fazer Social. E de Vieira da Silva esperava mesmo muito mais. Veremos se não será um dia destes convidado a participar nalguma reunião “clubista”…

Neste particular, perfeitamente de acordo com a CGTP (vá lá…), central de onde, embora me tentem cada vez mais (ela própria muitas vezes), não consigo sair.

terça-feira, outubro 10, 2006

Coerências

Nisto, tem razão João Cravinho. É evidente que não lembra a ninguém, pelo menos àqueles que desejam livre, consciente, seria e convictamente uma sociedade mais justa, mais livre, mais fraterna, mais solidária.

Iberismos

Andam no ar, nos tempos que correm, algumas ideias que vêm, estou certo, e quer se queira quer não, provocar uma reflexão sobre todos nós, os descendentes dos povos que se espraiaram ao longo dos séculos neste pedaço de Terra a que se chama a Península Ibérica (ou, quiçá, a “Hispânia”).

Nesse sentido, e porque me parece que um dia ainda vamos ter que pensar muito seriamente sobre isto, creio que valerá bem a pena ler o artigo de opinião de Santiago Petschen (Prof. catedrático de Relações Internacionais na Univ. Complutense de Madrid), publicado hoje no
Diário de Notícias.

Dá que pensar (Haja gente…)

Terra está em saldo negativo ecológico desde ontem
Público, 10.10.2006

segunda-feira, outubro 09, 2006

Há quem diga

Não nos devemos encerrar na nossa mediocridade. Se acarinhares a tua magia, ela libertar-te-á de todas as camisas-de-forças.
Christian Jacq
Mozart, O Filho da Luz

sábado, outubro 07, 2006

Uma história de José(s)

Tadinho do José. Afinal ele até era e é um bom rapaz. No fim de contas, a culpa será de tudo e de todos, menos dele próprio. A culpa será, sobretudo, daquelas “coisas ocultas”. Esquisitas e (porque não?) demoníacas.

Isto é o que vem agora dizer o outro José. Se calhar, querendo fazer santo quem apenas merece o sabor insonso e insalubre. O José sabe bem que tem que dizer o que disse. Por causa “deles”. Por “eles”. Com “eles”.

Mas, caramba, o homem não tinha mesmo, nem tem, jeitinho nenhum para a coisa. É que às vezes não basta sermos muito bons numa determinada coisa para sermos igualmente muito bons noutra coisa. Por exemplo, um óptimo médico poderá não dar um bom ministro da saúde. Ou um competente e exemplar engenheiro ou arquitecto poderão não dar um bom ministro das obras públicas. Como até, porventura, um óptimo vereador poderá não dar um bom presidente de câmara.

Ora, ao José parece ter-lhe faltado mais qualquer coisa. Mas isso não importa ao outro José.

Porque o que importa para “eles” é irem pondo as coisas no seu devido lugar. De um lado o Bem, “eles”, e no outro lado o Mal, os “outros”.

Como se não viessem, afinal e porventura, todos do mesmo sítio.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Questão (hoje) de convicções

Cá por mim, prefiro muito mais a “coisa pública” que a “eternidade de um príncipe”.

Estranhos sentimentos

Sinceramente que não compreendo isto. Cá para mim continuo a pensar que o caso do "Envelope 9" ainda não está cabalmente esclarecido. E por isso estranho muito – pelo menos – esta atitude manifestada por Vitalino Canas, em nome do seu PS.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Ele há coisas (2)

Como já aqui afirmei, cada vez mais me parece que a “recuperação” de alguém até há bem pouco considerado o “bombo da festa” está em marcha.

Por isso, vale a pena dar uma olhada ao texto de Vicente Jorge Silva, de hoje, no
DN. Vá lá, ainda há gente que não confunde as coisas.

Dores de “Maestro”

Estranho. Muito estranho. Ao ler isto e isto.

Muito mal irá o meu SLB se aqui também funcionar a lógica que parece funcionar noutros locais. A de apenas serem responsabilizados os “mensageiros” da coisa.

terça-feira, outubro 03, 2006

As preocupações da minha gente

Tem razão o Movimento dos Utentes dos Serviços de Saúde.
É mesmo para ficarmos bem preocupados.
De facto, o homem sabe bem o que está a fazer…

Registos incómodos

Portugal ganha três medalhas nas Olimpíadas Ibero-Americanas de Matemática
Portugal conquista quatro medalhas nas Olimpíadas Ibero-americanas de Física


Isto, estou em crer, ninguém está com muita vontade de reflectir. E é pena.

No meio de tudo isto – e embora tudo isto – apenas as minhas felicitações para estes campeões.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Cantiga de amigo

Sonho novas de meu amigo
Que me não chegam nesta hora de o querer


É partido em dia de horas ausentes
Em momentos de névoas salgadas e perdidas

E é sonhado em noites perturbadoras
Em leitos abertos à saudade e desfeitos de prantos

Sonho novas de meu amigo
Que me não chegam nesta hora de o querer


Não sei por onde anda o meu ausente
Nem caminhos descubro por chegar

Porque de viagem é a hora que procuro
E chegar ainda não revela o meu sentir

Sonho novas de meu amigo
Que me não chegam nesta hora de o querer


Que me não chegam novas do que anseio
Nem palavras nem trovas por compor

Porque em meu amigo me perdi sem remorsos
E em meu amigo me descobri sem voltar a perder-me

sexta-feira, setembro 29, 2006

O amigo dos pobres

Reformados da função pública passam a descontar para ADSE
(…) Estas alterações vão aplicar-se apenas aos activos e aposentados, cujos salários ou pensões, não ultrapassem o valor de um salário mínimo e meio, ou seja 579 euros. (…)
Público, 29.09.2006

A ser verdade isto, não haja dúvida alguma que o Governo do Senhor Engenheiro José Sócrates é, de facto, o governo mais amigo dos que menos ganham…

Estou mesmo em crer que até o “pobre” JC deverá estar a ponderar seriamente sair da Cruz em que O enfiaram e vir até cá com o “chicote” nas mãos…

quinta-feira, setembro 28, 2006

A Comédia (divina) de Dante


“Roma e o Império, a querer dizer a verdade,
foram estabelecidos pela Providência
para serem o trono dos sucessores de Pedro.”
(…)

Devem-se só temer aquelas coisas
que têm poder de causar mal;
de outras não, que não são temíveis.”

Canto Segundo
(Preâmbulo do Inferno)

quarta-feira, setembro 27, 2006

Histórias da terra da brincadeira

“O Partido Socialista chumbou hoje o requerimento apresentado pelo Bloco de Esquerda para a audição no Parlamento do ainda Procurador-geral da República, no âmbito do caso do envelope 9, por "não querer dar esse incómodo" a Souto Moura, ironizou a deputada socialista Helena Terra.”
Público, 27.09.2006

Se o caso não fosse tão sério e grave, até poderia pensar que estávamos perante uma daquelas operetas bufas…

Momentos mágicos



As Bodas de Fígaro
Música de W. A. MOZART
Libreto de Lorenzo da Ponte
Teatro da Trindade



“E naquele dia estava um tão transcendente tempo quente por dentro dos corações que os pássaros ficaram doces, os jardins enganosos, os portões irreais e os salões abriram todos para o mar – que o ser humano não suporta demasiada realidade. A isso fomos sensíveis.”
(Do Folheto Promocional)

terça-feira, setembro 26, 2006

Bem dito

“Desconfio sempre de quem não se permite um prazer ou um vício.”
Ricardo Araújo Pereira
Sol, Entrevistas imprevistas, 23.09.2006

segunda-feira, setembro 25, 2006

Questão de preferências (Sejamos claros!)

Goya y Lucientes, Francisco de (1746-1828)
La maja desnuda
Oleo sobre lienzo
Ubicación: Museo del Prado (Madrid)
http://perso.wanadoo.es/e/juanro23/su_obra.html

Depois de tanto alarido à volta das liberdades individuais, à volta de imposições pessoais, etc., etc., já agora também me podiam explicar melhor porque é que apenas uma meia dúzia de gente me há-de impor a mim que o esqueleto é melhor do que a carne?

sexta-feira, setembro 22, 2006

Olhares


Despertos pelo sabor do tempo
Olhares discretos se manifestam
E distantes na proximidade
Do ser enquanto não ser

Despertos
Discretos
Distantes
Próximos
Apenas olhares

quinta-feira, setembro 21, 2006

A Comédia (divina) de Dante


“Mas tu, porque voltas a tão grande pena?
porque não sobes o deleitoso monte
o qual é princípio e causa de toda a alegria?"
Canto Primeiro
(Preâmbulo Geral)

Ele há coisas

Há coisas, de facto, que me conseguem fazer ficar baralhado. Como, por exemplo, agora que já foi escolhido o sucessor, desaparecerem as vozes que se ouviram durante muito tempo barafustando contra o ainda Procurador-Geral da República, Souto Moura. Não cabe aqui, nem defender o titular do cargo, nem atacar a figura pública. Cabe aqui, tão-somente, estranhar a coisa. Se calhar, ainda, assistir, impávidos e serenos, à cerimónia de homenagem a esta ilustre autoridade, exaltando os seus altos, capazes, extraordinários e competentíssimos feitos em prol da justiça em Portugal.

Mas ao ler
isto e isto, acho que já vou começando a ficar mais esclarecido. E mais calmo, porque, se calhar, tudo continua na Santa Paz do Senhor.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Questão de preferências

RENOIR, Auguste
Baigneuse
Óleo / lienzo
http://www.antiqvaria.com/
E não é que estou perfeitamente de acordo com os promotores que decidiram que os modelos participantes na Pasarela Cibeles, em Madrid, teriam que ter um peso mínimo, ou como eles disseram, abaixo dos valores “nutricionalmente” saudáveis.

É que, na verdade, para mim “palitos” só aqueles que me aliviam os dentes.

terça-feira, setembro 19, 2006

E porque não pegar nele e ler?

A Criação do Mundo
Miguel Torga
Círculo de Leitores, Maio 2001
Dom Quixote





Estes seis dias da Criação do Mundo, de Miguel Torga, são, afinal e tão-somente, a história da criação do seu próprio mundo. O mundo do seu ser, o mundo do seu saber, o mundo do seu sentir, o mundo do seu fazer.

Cada um de nós tem a sua própria história, a sua própria caminhada pela vida. Com as suas alegrias, as suas ternuras, os seus deslumbramentos, as suas vitórias, as suas conquistas. Mas também com as suas tristezas, os seus desânimos, os seus desalentos, as suas derrotas, as suas perdas.

Cada um de nós, ao longo do tempo, vai descobrindo o seu próprio espaço. Vai re-criando, afinal, o seu próprio mundo. Onde aprende a conhecer-se. Onde aprende a conhecer os outros. Onde aprende a relacionar-se. Consigo próprio e com os outros. Esta a história de cada um, na história de nós todos.

Torga ficou-se pelos seis dias da criação do mundo. Do seu. Apenas. Como ele disse, a terminar, “Sim, a vida ia continuar. Outros dias viriam cheios de Sol, de flores e de frutos. Mas não seriam meus.”

Pois claro! Não seria seu o sétimo dia. Esse seria o dia de Outro. Está bem de ver.

segunda-feira, setembro 18, 2006

A intolerância dos tolerantes

Parece que S.S. o Papa terá tido na Universidade de Ratisbona, na sua Alemanha natal, a intenção de apenas dar uma aula, de apenas lembrar os seus tempos de professor.
Mas quer-me cá parecer a mim que S.S. o Papa não deveria nunca esquecer quem é; que é, apesar de tudo, todos os dias, o pastor supremo e universal da Igreja Católica Apostólica Romana.
Aliás, na sequência do que costuma ser “norma” nos gestos do Vaticano. (Terá sido em favor dessa mesma “norma” de cuidados extremos que não terá, por exemplo – e que me intrigou, no mínimo, bastante na altura – o então Sumo Pontífice beijado o solo, aquando da sua chegada a território de Timor-Leste.)

Mas já agora, caramba (para não dizer outra coisa mais forte) para algumas reacções – como
esta e esta – a estas palavras de S.S. o Papa.
Parece-me a mim que cairia o “Carmo e a Trindade”, ou outros monumentos quiçá mais imponentes, se por causa de algumas palavras de um qualquer ilustre dirigente muçulmano, alguns energúmenos (é esse, no mínimo, o termo) deitassem fogo, por exemplo, à Mesquita de Lisboa.

E não me venham dizer que não estamos a falar da mesma coisa.

sexta-feira, setembro 15, 2006

Ainda branco o papel

Ainda branco o papel
Impressão apenas
A gerar emoções e sensações

Ainda branco o papel
Deserto aberto no longe
Como longe as minhas ideias

Ainda branco o papel
Silêncio pleno de ausência
Em tempo de subtis ruídos

Ainda branco o papel
Sem espaço para preencher
Sem tempo para sentir

Ainda o papel
Branco de palavras
Diluído de saudade

quinta-feira, setembro 14, 2006

Uma boa colheita, estou em crer

Estávamos em 1953. Samuel Becket escrevia “À Espera do Godot”. Em cinco de Março morria Estaline e em 19 de Junho era executado, nos Estados Unidos, o casal Rosemberg.

Em 14 de Setembro, na sempre mui nobre aldeia do Outeiro Pequeno, no concelho de Torres Novas, a Sra. D. Maria dava à Luz, filho do Sr. Manuel, um garboso varão, de seu nome José Maria... que podereis contemplar embevecidamente na foto ao lado.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Outros ditos

Stefano Sabotig
Il tempo passa mentre noi ci mettiamo in affitto
http://www.shiribia.it/dolphin/bacheca/bacheca43.htm

Aqueles que gastam mal o seu tempo são os primeiros a queixar-se da sua brevidade
La Bruyère , Jean de

Quando os meus estão contentes, por mim, só posso estar contente também

Não vi o jogo de ontem, entre o Sporting e o Inter. Já pouco vejo de bola, mesmo quando nos intervenientes se encontra o meu SLB. Coisas da minha mania de gostar da coisa.

Mas quando, ontem, vi o meu filho mais velho entrar em casa, depois do jogo, vi logo quem tinha ganho, tal o brilho e a alegria que resplandeciam no seu olhar.

Por isso, pelo menos, ao David e ao meu mano Manel, os meus parabéns. Com a agravante de terem ganho, segundo parece, muito bem.

terça-feira, setembro 12, 2006

Cá para mim, estes é que merecem o nosso respeito e a nossa admiração

Os atletas que participaram nos Mundiais de Atletismo para deficientes em Assen, na Holanda, chegaram ontem a Lisboa. O grupo conquistou cinco medalhas e foi recebido com muitas palmas, abraços e flores. Estão garantidos nove lugares nos Jogos Paralímpicos de Pequim2008.
Sic, Desporto, 12.09.2006

E porque não pegar nele e ler?


A Irmandade do Santo Sudário
Júlia Navarro
Editora Gótica
Colecção Cavalo de Tróia, 2004




“É realmente o rosto de Cristo que está gravado no Santo Sudário?
O Santo Sudário é um pano de linho puro com três pés e sete polegadas de largura por catorze pés e três polegadas de comprimento, que ostenta a imagem pormenorizada, de frente e de costas, de um homem que foi crucificado de maneira idêntica à de Jesus de Nazaré segundo é descrito pelas Escrituras.”

Um inexplicável incêndio na catedral de Turim pode ser mais do que um simples acidente. Este incêndio e a morte de um homem a quem tinham cortado a língua são o detonador de uma investigação policial do «Departamento de Arte» dirigido pelo detective Marco Valoni e sua equipa de investigadores.

Quem teria interesse em destruir o Santo Sudário? É verdadeiro o Sudário, ou uma cópia? Convivem connosco, no silêncio, subterrâneos, discretas, comunidades secretas?

Tendo partido da notícia da morte de um dos cientistas que estudou a autenticidade do Santo Sudário – datado para alguns do século XIII, a autora constrói uma ficção em torno do que poderia ter sido o percurso até aos nossos dias da relíquia. Enquanto a equipa de investigadores do Departamento de Arte tenta descobrir quem se esconde por detrás dos incêndios que quase destruíram Santo Sudário, guardada em Turim desde o século XVI, uma jornalista vai desvendando a importância dos Templários na guarda da relíquia.

Da Turquia a Constantinopla, de França aos subterrâneos de Turim, a viagem faz-se entre tempos e lugares. Do passado ao presente mantém-se o mistério, o secretismo que envolve ainda hoje o Santo Sudário.

Os protagonistas são homens de negócios cultos e refinados, cardeais e outras importantes figuras da Igreja, ou seja, uma elite cujo único elemento comum é serem solteiros, ricos e muito, muito poderosos.

“O cavaleiro templário esporeou a montada. (…) Retumbava-lhe nos ouvidos a voz profunda de Jacques de Molay convocando Filipe, o Belo, e o papa Clemente para o Juízo de Deus. (…)
A Jacques de Molay arrancaram a vida, mas não a dignidade, porque nunca houvera homem mais digno e corajoso nos últimos momentos da sua existência.”

De facto, há coisas, que até podem nem ser verdade. Ou pelo menos, não serem totalmente verdadeiras. Mas lá que são grandes histórias, lá isso são.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Cá estamos nós, outra vez.


De regresso, depois de uns dias que foram, sobretudo, calmos e tranquilos. Onde a caminhada (alguma) andou de mão dada com a leitura. (E não é a leitura, afinal, uma caminhada?)

Souberam tão bem estes dias, que até (desculpem lá este meu estado tão pouco politicamente incorrecto…) já estou bem saudoso de voltar.

Já agora, o meu obrigado ao Misantropo e ao Polittikus pelas suas palavras.

sexta-feira, agosto 25, 2006

Vou estar fora uns dias. De certeza que me irão saber bem. Até lá.

Abel Manta, 1888-1992
Jogo de Damas
óleo sobre tela
Museu do Chiado, Lisboa, Portugal
http://www.ci.uc.pt/artes/6spp/frames.html