quarta-feira, maio 31, 2006

Entrada político/socialmente incorrecta (Ou: A Intolerância dos Tolerantes)

Parece que se comemora, hoje, o Dia Mundial Sem Tabaco.

Boa! Vão ser afirmadas hoje, grandes tiradas sobre a saúde pública, os malefícios do dito cujo, o incómodo que atinge toda a gente. A vergonha dos que têm de fumar o tabaco dos outros. Enfim, tudo o que se espera de gente séria e de bem. Ainda bem.

Mas cá para mim, grande negócio que se inventou para alguns encherem um pouco mais os seus já opulentos bolsos. Isto, tendo em conta algumas notícias de hoje na comunicação social, como por exemplo
esta.

Já agora, uma perguntazinha inocente: Porque é que será que o tratamento antitabágico não é gratuito para que todos dele possam usufruir? Se é uma questão de saúde pública, é uma questão de direitos básicos. Ou não?

Ah! E, já agora, como disse há uns tempos atrás, para que fique claro: sou não fumador, que já foi fumador. Não fumo há cerca de dois. Razões de coração (aberto) me obrigaram a tal. Livremente, é óbvio. Se calhar, até, sorte a minha.

terça-feira, maio 30, 2006

Lendo os outros

Interessante, mas mesmo muito interessante, o que HMémnon, nos traz no seu “Às duas por três…”. Vale a pena passar por lá e ver isto.

Como ele diz: “Notícia seria ver o Procurador-geral da República, Souto Moura, acusar um juiz desembargador do crime de corrupção".

Tristes exemplos

Triste exemplo este, que damos de nós próprios. Que raio de sociedade é esta que ainda continua indiferente (é a maneira mais “calma” que tenho em colocar a questão) a este escândalo? E a que somos, na verdade, mais indiferentes que a qualquer sinistro viário provocado por “efeitos” mais ou menos etílico?

A bem da verdade, chocamo-nos muito mais com o que se passa em qualquer desilusão “morangueira” do que com este flagelo.

A bem da verdade, também não vemos ninguém responsável interessado na qualidade de vida desta gente que, afinal, talvez sejam os menos culpados disto tudo. Tenho a certeza que estas crianças, são no fundo, os únicos inocentes no meio disto tudo.

Triste exemplo este, de facto, que damos de nós próprios. De todos, sem excepção, estejamos certos.

segunda-feira, maio 29, 2006

Lendo os outros

O combate à corrupção precisa de aliados
As agências anticorrupção e os departamentos policiais que perseguem o "crime de colarinho branco" não devem ir atrás de políticos poderosos, se não estiverem ainda preparados e se não tiverem aliados. Caso contrário, acabam "queimados". Quem o diz é Alan Doig, um académico especializado no combate à corrupção que esteve na passada semana em Lisboa, a propósito da conferência do ISCTE sobre agências anticorrupção.”
Público, 26 de Maio de 2006

Ora bolas, continuo chateado

E, ontem, lá conseguimos ficar pelo caminho. (Digo isto, porque às vezes mais parecia ser esse o objectivo cá da malta…)

Aliás, como diz o meu irmão Mbento, no seu Terra Encantada, o que mais me chateou foi o futebol que a nossa equipa praticou, foi a maneira como abordámos os jogos. E, claro, uma equipa com as aspirações que a nossa tinha, só conseguir marcar um golo depois de cerca de 280 minutos jogados, é algo que complica as coisas.

Ora bolas! Que chatice!

sexta-feira, maio 26, 2006

Vou de Fim-de-semana! Bom descanso!

Susana Martínez
Descanso
http://www.cayomecenas.com

Tudo acaba

Tudo acaba
Tudo fatalmente chega ao fim

E é nesta hora
Que curiosamente tudo se renova

Por isso o re-início
O fatal ressurgimento do ser

quinta-feira, maio 25, 2006

Boa! Já cá está!

Ora bolas, estou chateado

Ora bolas.
Estou triste pela nossa selecção de Sub-21, que hoje voltou a não conseguir ganhar. E nem um golito parece ser capaz de marcar.
Caramba, já merecíamos uma vitóriazita.
Esperemos que o próximo jogo seja "o tal" e que se fartem de marcar golos para uma vitória bem robusta.

Mas o que é que se passa no meu Timor? (2)

Na sequência da entrada anterior, creio bem que vale a pena ler o que o Paulo Gorjão, do Bloguitica, escreve (e bem) sobre a GALP e Timor-Leste.

Mas o que é que se passa no meu Timor?

E Timor-Leste lá continua a ser notícia. Pelas piores razões. Já não por causa de um conflito provocado por uma invasão externa, com os resultados que se viram, mas “tão-somente” porque no Timor, já livre, a liberdade veio afinal transformada em luta fratricida.

Não consigo compreender. Parece que as dores, o sofrimento, mortes do passado já foram apagadas na memória colectiva de um povo que continua, afinal, mártir. Nem que seja de si próprio.

E, aqui, quer-me parecer que é capaz de haver ainda alguém sem perceber muito bem o que é que significa ser e viver, hoje, em Timor. Desde a classe política à sociedade civil, destacando desde já a própria Igreja Católica. Como afirma Eduardo Dâmaso, em Editorial, no Diário de Notícias, de hoje, “Só com o que cada uma destas e de outras personagens pode fazer pelo seu próprio país Timor conseguirá sair da actual situação. Se isso não acontecer regressarão certamente os anos de chumbo. Desta vez, sem invasor, mas abrindo caminho a uma guerra sanguinária entre irmãos. Não foi para isto que tantos lutaram, durante tanto tempo, vencendo tantas trevas e com tanto sangue derramado”.

terça-feira, maio 23, 2006

Eu gostaria

Eu gostaria de ter a alma de um gorila
Vontade que irrompe livre e destemida
Num gesto súbito e furtivo de devir.

Eu gostaria de ter o coração de um rinoceronte
Força bravia que investe generosa
E acredita que a viagem é imediata

Eu gostaria de ter o olhar de uma águia
Asa aberta ao encontro do horizonte
Na perspicácia de um sinal mimetizado

Eu gostaria de ter a tua alma
O teu coração
O teu olhar

Para te amar

segunda-feira, maio 22, 2006

Dúvidas inquietas

Então não é que me querem convencer que o que é importante não é o facto dos dados estarem lá na disquete, à mão de qualquer um, mas sim que foram tornados públicos. (Ah, já sei que de leis não devo perceber patavina.)

Se calhar, enquanto andassem à “boca pequena”, enquanto fossem só do conhecimento de alguns, não fazia mal nenhum.

Curiosamente, depois de ler a entrevista do PGR do Expresso (20.05.06), fico com a sensação que já se encontrou um “bode expiatório”. Ficamos, assim, todos nós mais tranquilizados.

E, para além das presidenciais pressas, das procuradoras calmas, afinal, tudo vai decorrendo na santa paz do senhor…

sábado, maio 20, 2006

Porque hoje é Sábado

Domingo Garcia Criado
Noviazgo (Courtship)
Oil on canvas.
www.artemaya.com/

sexta-feira, maio 19, 2006

Um Ano já do Misantropo

O Misantropo Enjaulado cumpriu um ano aqui connosco, neste espaço onde a partilha sadia e fraterna acontece a maior parte das vezes. Mesmo quando não concordamos uns com os outros.

E andar aqui, para mim, é sinal de querer viver a aventura da vida. Porque a vida também é isto mesmo. Partilhar o que somos, às vezes o que não somos, até. Sem nada esperar, a não ser saber acolher o que nos enriquece o coraçãoi.

Ao Paulo Cunha Porto, que me habituei a visitar com frequência (mesmo que, às vezes, da visita não fique lá notícia), apenas quero dizer: Parabéns por este ano. Com a certeza de que cá nos vamos continuar a encontrar no próximo.

Parábola da menina boa

A Alice era uma menina muito simpática. Praticava o bem e só o bem. Não mentia, não dizia palavrões, não cometia maldades, não se portava mal. Enfim, poder-se-ia dizer que era uma menina modelo no meio onde vivia.

A Alice, de perfeita que era, não admitia que os outros, os seus colegas, os seus vizinhos, os que consigo se cruzavam, se comportassem de forma diferente. Não admitia os erros e os pecados naqueles que à sua volta gravitassem.

E assim, a Alice foi perdendo, ao longo dos dias, alguns daqueles que dizia e diziam com ela partilhar a amizade. Porque pecavam com muita facilidade. E a Alice não podia pactuar com isso.

E assim, a cada dia que passava, a Alice foi ficando com menos amigos para brincar. Curiosamente, também a Alice gostava de brincar. Muito embora reconhecesse que nem sempre gostasse das brincadeiras dos seus amigos.

E um dia, depois de umas palavras mais duras com o João, afinal o único que ainda brincava com ela, que lhe tinha chamado um nome feio no calor de uma discussão, a Alice deu por si sozinha no jardim do bairro onde morava. Não tinha mais ninguém com quem brincar. Não havia mais ninguém que quisesse escutá-la e falar com ela.

E aconteceu que a Alice, um dia, descobriu que era muito boazinha. Que praticava o bem e só o bem. Que não mentia, não dizia palavrões, não cometia maldades, não se portava mal. Que era, quiçá, uma menina modelo no meio onde morava.

Mas, curiosamente, a Alice descobriu também, um dia, que afinal estava fechada numa redoma de vidro. Estava sozinha. Sem ninguém que com ela brincasse e conversasse.

quinta-feira, maio 18, 2006

Pedra sobre pedra

Pedra sobre pedra
A construção surge viva e tenaz.

Tem na sua forma
O desejo ardente de quem ousa.

E em cada pedra
Se descobrem os elos da memória.

Sinais intemporais
De um tempo que não é tempo.

quarta-feira, maio 17, 2006

Campo Pequeno

Ontem, no espectáculo de inauguração do novo espaço do Campo Pequeno, a RTP1 trouxe-nos as palavras do grande Ary dos Santos. Gostei de voltar a ouvi-la.

Porque hoje, como ontem, a vida continua, muitas vezes, feita de máscaras e meneios, aqui deixo um excerto do poema
Tourada:

“Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.
(…)
Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.

E diz o inteligente
que acabaram as canções.”

terça-feira, maio 16, 2006

A nossa Selecção, segundo S. Scolari

Para já, esta parece não ser a minha selecção. Não percebi as escolhas do seleccionador nacional. Ou então, percebi e não gostei.

Não vale a pena falar em nomes. Mas não posso deixar de pensar que uma grande injustiça foi cometida para com o guarda-redes do Braga, Paulo Santos. Ele que até fez, segundo creio, quase toda a fase de qualificação.

Enfim. Coisas da vida. Ficaremos à espera do que a nossa selecção vai ser capaz de fazer na Alemanha.

Por mim, desejo sinceramente que vá o mais longe possível. Por isso torcerei. A bem de todos nós.

segunda-feira, maio 15, 2006

Anúncios Paroquiais

"O torneio de basquet das paróquias continua com a partida da próxima quarta-feira à tarde: vinde animar-nos, enquanto procuramos derrotar Cristo Rei."

domingo, maio 14, 2006

Flor de Maio

Imagem: www.dee.feis.unesp.br


Soam prenhas de cor
Marés lúdicas de sonhos
Banhados pela utopia.

Época de esperança.
Inconformismo.

Tempo de vida
Tempo de partida.

E da viagem perdida
Meses de poesia.
Flor-de-Maio.

(O Jardim – IX)

sexta-feira, maio 12, 2006

Parabéns ao Poeta

As mãos

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967



Em Águeda, a 12 de Maio de 1936, nasceu o poeta e político Manuel Alegre.
Na poesia, um clássico. Para mim, pelo menos.

História Egoísta

Eu acho que…
Tem piada: Achei mesmo.
Mas é só para mim!

quinta-feira, maio 11, 2006

Viagens

Há viagens que nos levam inexoravelmente
Ao encontro do que não conhecemos nem sabemos
À descoberta do permanentemente oculto e longínquo.

Porque não sabemos nem conhecemos o caminho
Há viagens que procuramos como se procura o incógnito
Sem medos nem receios, sem palavras, sem gestos.

quarta-feira, maio 10, 2006

O Código das contradições

Aí está o filme. De livro transformado em “best-seller” só se poderia esperar que alguém o trabalhasse no ecran.

Li o livro. E gostei. É uma boa história que se lê com agrado. Do seu conteúdo, apenas se poderá dizer que cada um pode acreditar no que quiser. Cada um pode pensar o que quiser sobre os grandes mistérios em que a história nos é fértil a oferecer. A mais nada se é obrigado perante esta obra. Quem quiser ir mais longe, irá seguramente por seu próprio pé e risco. Mas, sempre, com toda a liberdade. Afinal, com a liberdade com que cada um de nós foi pensado e gerado. Esta deve ser a postura daqueles que sabem olhar a vida e as coisas que a rodeiam com os olhos limpos e claros da tolerância feita experiência partilhada.

Cá por mim, gostei de passar os olhos por aquelas páginas. Soube-me bem. Mas não me feriu nem abalou nenhuma das minhas convicções sobre a vida. Dos meus dogmas, se os tenho (bem, para ser verdadeiro, assumo pelo menos um), apenas posso dizer que por cá continuam a povoar o meu espaço. E continuarão, estou certo.

Mas que me sorri, lá isso sorri (pelo menos) com uma local que li na Revista Única, do Expresso (06.05.06). Para que conste, dizia assim:

“BOICOTE – Do Vaticano ao filme “O Código de Da Vinci”, adaptado por Ron Haward a partir do livro de Dan Brown, que estreia na Europa no próximo dia 18. Ângelo Amato, Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, instou os católicos a mobilizarem-se na rua contra a apresentação do filme.”

Apenas como comentário isto: Que grande publicidade o Vaticano está a fazer ao filme. E de borla, que é mais incrível!

terça-feira, maio 09, 2006

Tens palavras mansas

Tens palavras mansas
Na tua voz insinuante.
Usas a maneira esquiva
Dos que fingem
E fingindo abafam
O ar que nos rodeia.

Usas a palavra fácil
Que adormece e inebria.
Tens sorrisos enigmáticos
Que abatem a alegria
E a subjugam.

Vestes a roupa vistosa
Dos fariseus de hoje.
Tu és o exterior
Do vazio, da tumba
Que escurece a noite.

Em ti não existe
A criança que é o homem.
Calaste o gesto infantil
Da esperança que há em nós.
És o censor gratuito
Que corta a criação.

Na tua casa de fachadas
Luminosas e grandiosas
Eu não posso coabitar.
Prefiro as valas comuns
Onde ontem hoje e sempre
Flores e frutos desabrocham.

segunda-feira, maio 08, 2006

Estados de alma


Como podemos confiar em alguém, se em nós próprios não confiamos?

domingo, maio 07, 2006

Penitência a quanto obrigas

Hoje, pecador confesso, cumpri a minha penitência: vi, na televisão, o meu Benfica alcançar um resultado “especial” em Paços de Ferreira.

Para já, os meus parabéns ao Paços de Ferreira por ter conseguido a manutenção na I Liga. Aliás, de toda a justiça, pois só ele quis ganhar hoje. Aos que descem, Guimarães e Rio Ave, "Boa Viagem". Do Belenenses tenho pena, porque o meu pai lá ficou triste...

sexta-feira, maio 05, 2006

As “gordas” do Independente

“Mário Lino o iberista confesso”
Independente, 5 de Maio de 2006 (1ª Página)

G’anda notícia.
Se calhar, se fossemos ver bem a coisa, se a honestidade viesse bem ao de cima, aqui neste cantinho à beira mar plantado, não seria ele, porventura, o único.

As grandes notícias do 24 Horas

“Pedro Ramos e Ramos e a namorada foram fazer testes à SIDA para terem sexo sem preservativo.”
24 Horas, 5 de Maio de 2006 (1ª Página)

quinta-feira, maio 04, 2006

Toronto

Era Toronto a cidade dos sonhos
Diziam-me ao ouvido
Seguros da minha crença
E eu ouvia
E sorria

Era Toronto a cidade das luzes
Que ofuscavam olhares perdidos
Era a cidade dos mil sóis
De noites de luas fingidas
E eu entendia

Disseram-me de Toronto a grandeza
E a facilidade das escadas da vida
Certos do meu caminhar mecânico
E eu olhava
E sorria

Mas Toronto foi a noite
Dos dias que lá quis viver
De amigos me apresentaram espinhos
Que me sugaram e secaram
E eu esquecia

Mas Toronto foste sobretudo tu
Que partiste um dia à aventura
Com olhos de sonho ainda imberbe
E da esperança lavraste o desespero
E do desespero construíste a raiva
E eu ouvia

E Toronto foi um dia partida
No regresso de uma viagem interrompida
Do riso fizeste silêncio trevas
E das trevas em ti penetraste
E eu sentia

Em Toronto quiseram meus dias
E minhas noites
Tentaram-me
Na minha fuga fizeste a tua paragem
E eles ganharam

Apenas esqueceram
Que eu sorria

quarta-feira, maio 03, 2006

Dúvidas existenciais

Com o surgimento do texto (ou dos textos) chamado de Evangelho de Judas, muita espuma pairou no ar, muita água se agitou por esse mundo fora, muita controversa se manifestou. Esta notícia, como outras ao longo dos tempos, vêm sempre agitar os mares da certeza feita facto, as ondas da verdade feita sem discussão, as convicções assumidas sem hesitação.

Cá para mim, personagem de erros bastantes e dúvidas eternas e infinitas, estas novas não me vieram perturbar na minha caminhada por esta estrada que leva à montanha das neves eternas. Talvez porque de dogmas apenas o que sou, de onde vim e para onde vou. Para já é o suficiente. E já não é pouco.

Cá para mim e para já, apenas uma questão ainda está a caminhar ao meu lado: Não me digam que, em toda a História da Humanidade, apenas um homem nasceu condenado à partida para todo o sempre?

terça-feira, maio 02, 2006

Ainda e sempre a palavra

Ainda e sempre
A Palavra.

Numa flor que desabrocha
Num fruto que amadurece
A força da Palavra.

Num rio que viaja
Num mar de ondas espraiantes
A perseverança da Palavra.

Numa criança que sorri
Numa mulher de esperança
A poesia da Palavra.

Ainda e sempre
A Palavra.

Num homem que se levanta
Num grupo que avança
A voz da Palavra.

Na minha pena que grita
Ainda e sempre
A Palavra.