terça-feira, maio 22, 2007

Citação do dia

Todas as nossas palavras serão inúteis se não brotarem do fundo do coração. As palavras que não dão luz aumentam a escuridão.
Madre Teresa de Calcutá
In: Citador

segunda-feira, maio 21, 2007

Creio bem que estamos a ter um pequeno intervalo

Às vezes a vida dá algumas voltas sem nós próprios sabermos.
Às vezes, quando menos esperamos, a vida faz-nos pensar que o quotidiano, afinal, pode ser tudo menos quotidiano.
Às vezes, quando distraídos andamos, a vida vem lembrar-nos que, apesar de tudo, as mudanças podem acontecer.
Às vezes, quando pensamos que a estrada se mantém inalterável à nossa frente, a vida vem mostrar-nos que, afinal, há outras estradas, outros caminhos, que nos aguardam e nos desafiam.
Às vezes, quando julgamos que é outro o caminho que temos de encetar, afinal de contas, apenas sabemos descobrir que o melhor é mantermo-nos na estrada que já vínhamos a percorrer.
Às vezes, às vezes mesmo, quer-me cá parecer a mim, que o melhor é mesmo apenas olhar e esperar que a cancela se abra.
E ela abrir-se-á. Disso estou certo.

quarta-feira, maio 16, 2007

[Pensa]Tempos

Tudo é Fugaz
Considera com frequência a rapidez com que se passam e desaparecem os seres e os acontecimentos. A substância, como um rio, está em perpétuo fluir, as forças em perpétuas mudanças, as causas a modificarem-se de mil maneiras; apenas há aí uma coisa estável; e abre-se-nos aos pés o abismo infinito do passado e do futuro onde tudo se some. Como não há-de ser louco o homem que, neste meio, se incha ou se encrespa ou se lamenta, como se qualquer coisa o tivesse perturbado durante um tempo que se visse, um tempo considerável?
Marco Aurélio (Imperador Romano), in "Pensamentos"
Fonte daqui

segunda-feira, maio 14, 2007

Momentos íntimos (V)

Movo as pedras com a lentidão
De quem sabe que o tempo
É a respiração de quem vive.

sábado, maio 12, 2007

Outros olhares

Asun Aparício
Mujer luna
Blanco y Negro (Digital)
Imagem
daqui

sexta-feira, maio 11, 2007

Devoções


Do pai não se ouviu palavra
Do filho, apenas que filho se conhece
Mas do Divino Espírito
Se sabe sempre muita devoção
Porque Santa é a terceira pessoa
Da Trindade que una se descobre.

Terceira, 28.04.2007






quinta-feira, maio 10, 2007

Citação do dia

A maneira de ajudar os outros é provar-lhes que eles são capazes de pensar.
D. Hélder Pessoa Câmara
Arcebispo brasileiro (1909 – 1999)

terça-feira, maio 08, 2007

Adega Lusitana [Angra do Heroísmo]


Da noite chegada e recebida
Sobe a voz sentida
De quem sabe o sabor
De estar entre gente
Que se quer gente de bem

E de notas tangidas com arte
Por dedos lestos e dóceis
Se fez música de sentir
Se fez memória de gente simples
Se fez história de gente grande



segunda-feira, maio 07, 2007

Dúvidas subversivas VIII

Já agora: viram a amabilidade, a simpatia, a empatia (a subserviência?) da comunicação social, ontem, para com o tal soba da Ilha?

Pensamentos subversivos XXII

Parece que o soba da Ilha lá ganhou aquilo.
Não gostei.
Já sei: sou rasca!

domingo, maio 06, 2007

sexta-feira, maio 04, 2007

Jogos [deste tempo]

Os dados estão lançados.
Sobre a mesa as apostas vão-se alinhando ao correr do tempo.
De um lado, os jogadores que ainda pensam que as faces dos dados estão de feição. E que os números pintam o ar com a sorte a sorrir.
Do outro lado, os jogadores que já sabem que, se calhar, a sua vitória será a derrota da jogada seguinte.

Os dados estão lançados.
Na mesa, verde esperançosa, cruzam-se números que, quase sempre, se ficam por contas de subtrair. Ou em multiplicações que, quase sempre, se ficam por divisões de somatórios alheios.

Os dados estão lançados.
À volta da mesa, admirados e expectantes, as silhuetas dos figurantes que sabem que este é um jogo que não podem jogar, mas um jogo que os pode perder.
Porque o ganhar, quase sempre, é o ganhar sem ganhar.

quinta-feira, maio 03, 2007

Que bem me souberam estes dias... [II]










Do ventre da terra
O calor que aquece o esperado
O fogo que cozinha o desejado

Do ventre da terra
O hálito sulfuroso que afasta
O apetite que cedo se descobre

Do ventre da terra
A taça repleta, fumegante
A malga dos sabores que sonhamos

E depois do tempo de espera
Nem hálitos, nem vapores, nem odores
Apenas o saciar das fomes que nos acompanham













quarta-feira, maio 02, 2007

Momentos íntimos (IV)

Estou com sono.
E o meu sono
Mais não é que a vontade
De fechar os olhos
Mais não é que a vontade
De calar os sentidos.

Porque o meu sono
Abre a porta para a noite
Onde me encontro perdido
Sobretudo de mim.