segunda-feira, setembro 29, 2008

Dixit

«Os fiéis do Deus-mercado parecem ter descoberto de repente as virtudes do Estado Social, devidamente adaptado aos valores da religião do lucro a qualquer preço, e que, em vez de apoiar os pobres, subsidia os ricos. (...)
No Estado Providência neoliberal, quem paga quer as crises quer as soluções das crises do mercado são sempre os contribuintes. Lá como cá, chamam eles a isso (meter os lucros ao bolso e cobrar ao Estado as perdas) "auto-regulação" do mercado.»
Manuel António Pina
'Auto-regulação', dizem eles
Jornal de Notícias, 29.09.2008

Pensamentos subversivos (LXXV)

domingo, setembro 28, 2008

Os meus olhares

Santarém
Seminário, Painéis de Azulejos [pormenor]

quinta-feira, setembro 25, 2008

Na "mouche"

«(...) E, já agora, partam-se os lápis (sem controlo parental, um lápis pode desenhar coisas que eu sei lá...)»
Ferreira Fernandes
SEM CONTROLO PARENTAL, UM LÁPIS É PERIGOSO
Diário de Notícias, 25.09.2008

quarta-feira, setembro 24, 2008

“HAIKU” [XXXI]

As flores do arroz –
Que elas sejam para o Buddha
Minha humilde oferta.


KAWAI CHIGETZU (1634?-1718)

segunda-feira, setembro 22, 2008

Dixit

«(...) Deus é tão horrível que, se Ele viesse a este mundo, as coisas iam correr mal de certeza. É verdade que os gregos, romanos e outros imaginaram como seriam as visitas dos deuses, mas eles perceberam tudo ao contrário, descrevendo a cena como um patrão a visitar a propriedade. O que aconteceria realmente seria que, depois de um momento de euforia no reconhecimento, começariam as reinvindicações, as discussões, os ataques. Não! Se Deus nos visitasse, o mais certo era Ele acabar morto da forma mais cruel que se conseguisse encontrar. (...)»
João César das Neves
DEVE SER HORRÍVEL SER DEUS
Diário de Notícias, 22.09.2008

domingo, setembro 21, 2008

Os meus olhares

Santarém
Seminário [Corredor Nobre]

Ler os outros

A verdade à vendaDaniel OliveiraArrastão

sábado, setembro 20, 2008

Acrósticos [I]

Já cheguei aqui e aqui me encontro
Onde parto sempre e breve regresso
Sem outro saber que o não saber
E sem descobrir o mistério escondido

Marcado com o sinal da vida
Abalado quase sempre que chego
Reabro as portas que me impõem
Indo ao encontro de outros gestos
Até que a memória se faça futuro

quinta-feira, setembro 18, 2008

Os meus olhares


Os meus olhares

Segundo dizem, aqui, qualquer dia, outros voos vão acontecer...

terça-feira, setembro 16, 2008

Provérbios

Se para conhecer o estado de vigília bastasse sentar-se de cócoras, todas as rãs seriam Buda.
Antigo Provérbio Chinês

segunda-feira, setembro 15, 2008

Dixit

«(...) Sete anos depois, não sabemos a que ponto recuou o terrorismo. Mas sabemos que houve mais atentados e que eles não terminaram. Que a estupidez não compensa, comprova-o Bush. Que o medo também não, vê-se na Europa. Talvez por isso, nós, europeus, olhemos para as eleições americanas como se elas fossem deste lado do mar.»
Henrique Monteiro
A origem do mal (e a origem do medo)
Expresso [on-line], 15.09.2008

domingo, setembro 14, 2008

quarta-feira, setembro 10, 2008

Os meus olhos

Os meus olhos apenas conseguem
Descobrir que no meio das formas nebulosas
Há ainda alguns raios esquivos
E esquecidos

Os meus olhos apenas se permitem
Procurar por entre a névoa que se formou
Algumas clareiras desertas, áridas
E abandonadas

Os meus olhos apenas conhecem
Os olhares dos que se deixam revelar
Desvendando a luz que ilumina
E esclarece

Os meus olhos apenas sabem
Olhar o longe que não se distingue
E apreendem que o hoje é o ontem
E também o amanhã

Os meus olhos apenas se abrem
Ao encontro do escondido, do incógnito
E no desejo de ver sem saber olhar
Apenas olham sem ver

domingo, setembro 07, 2008

Vamos lá a ver se nos entendemos: será sério e honesto atribuir a culpa aos médicos?

Há médicos que ganham 2500 euros numa urgência de 24 horas num hospital público, quando contratados por empresas privadas. Alguns pertencem ao quadro da unidade de saúde, onde fazem o “banco” através da empresa.
Público, 07.09.2008 [Sublinhado meu]

sexta-feira, setembro 05, 2008

Cantiga de amigo

Ao olhar o distante do olhar
Do meu amigo
Descubro apenas a incerteza

Ao olhar a ausência no olhar
Do meu amigo
Encontro tão-somente o vazio

Ao olhar a inquietação no olhar
Do meu amigo
Sinto apenas a porta do temor

Ao olhar o profundo do olhar
Do meu amigo
Recebo, afinal, o meu amigo

quinta-feira, setembro 04, 2008

Parabéns Senhora D. MA

Imagem daqui

Bem dito!

Já estão na China os 35 atletas da missão portuguesa aos Jogos Paralímpicos. Os Jogos começam no próximo sábado. Para redimir as megalómanas ambições patrióticas, tão desenquadradas da realidade e, por isso mesmo, tão abaladas com as modestas participações da selecção de futebol no Euro e dos nossos atletas olímpicos nos Jogos de Pequim, exige-se agora aos paralímpicos que nos vinguem perante a comunidade desportiva mundial.
E perante nós próprios. Está, mais uma vez, o disparate montado. E não podia ser mais lamentável o slogan escolhido para a campanha oficial de apoio à comitiva paralímpica: "É nisto que somos bons." O "somos bons", enfim, já não é grande coisa, mas o "nisto" é intolerável. "Nisto"? Mas "nisto", o quê? Pois é, precisamente, nisto que somos maus.
Leonor Pinhão
"Nisto", o quê?
Correio da Manhã, 04.09.2008

terça-feira, setembro 02, 2008

segunda-feira, setembro 01, 2008

Dixit

«(…) Se olharmos, sem preconceitos, para o que se passa à nossa volta, mesmo quando ninguém fala de assaltos a bancos, de "carjacking" ou de outros crimes violentos, verificamos que a cultura portuguesa é desculpabilizadora. A polícia desculpa, os magistrados desculpam, o poder político desculpa. (…)»
Henrique Monteiro
Insegurança, impunidade e balda
Expresso [on-line], 01.09.2008