quarta-feira, abril 30, 2008

É boa!

Se Alberto João Jardim decidir candidatar-se à liderança do PSD, já temos um responsável. Chama-se Cavaco Silva
Miguel Carvalho
A nódoa
Visão, 30.04.2008

terça-feira, abril 29, 2008

Coisas da vida

Há dias assim. Quando menos esperamos, surge-nos sempre algo, ou alguém, que nos leva a pensar que a vida é qualquer coisa que mexe connosco. Bem ou mal, nem importa, quase sempre. Mas que mexe, lá isso mexe.

Há alturas assim. Que, quase sempre sem o esperarmos, nos aparecem pela frente alguns que não nos deixam esquecer que a vida é para isso mesmo, para vivermos. E viver é isso mesmo. Percorrer o caminho, não com a certeza do rumo ou do cais a alcançar, mas com a dúvida, a incerteza do próprio terreno que pisamos.

Há momentos assim. Que, inesperados e súbitos, se descobrem assim mesmo, inesperados e súbitos. E que nos lembram e relembram que os nossos dias são isso mesmo, inesperados e súbitos.

Ah! E também há bolos assim. Que nos sabem bem com’ó caraças…

segunda-feira, abril 28, 2008

sábado, abril 26, 2008

Outros olhares

Jose António Gonzalez Escobar
Procesión Chichicastenango
Oil on canvas
Imagem
daqui

sexta-feira, abril 25, 2008

25 de Abril

Sei que para muitos talvez já não haja palavras
Porque o tempo que agora se respira
É um tempo de outros verbos
De outros respirares
E sentires.

Sei que para muitos talvez já não haja poemas
Porque as canções que hoje nos soam
Trazem-nos novos sons
Novos ritmos
A sentir.

Talvez que para muitos, hoje,
Já não faça sentido
A canção escrita em Abril.
E que o sonho de uns tantos
Pareça ter-se diluído
Na espuma do tempo.

Talvez que já não haja sentir
Agora que outros sentires
Nos fascinam e seduzem.

Sei que talvez até para mim próprio
A vida não seja mais do que um outro talvez.

Sei tudo isso e sobre tudo isso
Talvez não saiba, afinal, nada de nada.

Mas lá que num Abril
Dum ano que ainda posso recordar
Me surpreendi,
Me alegrei,
Me redescobri
Com palavras e sons que eram novos
Lá isso não posso esquecer,
Nem deixar de lembrar.

Mesmo que talvez para muitos
O tempo hoje seja outro tempo.

Olhares do dia

Imagem sacada daqui

quinta-feira, abril 24, 2008

“HAIKU” [XXIV]

Sob a lua cheia,
Os corvos amedrontados
Refreiam a voz.

KAWAI CHIGETZU (1634?-1718)

terça-feira, abril 22, 2008

[Em tempo de] Memorial

No silêncio do murmúrio
Ouviram-se, intemporais,
As vozes dos que em tempos já gastos
Descobriram que muitas vezes
Apenas nos sabemos fechados no medo.

No silêncio de uma manhã aberta
Ouviram-se, serenas e tranquilas,
As vozes de alguns que nos tempos de hoje
Ainda querem continuar a descobrir
Que os homens sobem também o desafio.

No silêncio de hoje, como no de ontem,
Vamos aprendendo, afinal e tão-somente,
Que homens e mulheres apenas somos.

segunda-feira, abril 21, 2008

Também a mim, também mim

Esta viagem de Cavaco à Madeira serviu para me explicar, se eu não soubesse já, a razão pela qual jamais votei ou votarei neste homem. Porque, ao contrário do que ele parece pensar, não é o cargo que está ao serviço dele, mas ele que deveria estar ao serviço do cargo. E não esteve.
Miguel Sousa Tavares
Cavaco no estrangeiro
Expresso, 21.04.2008

Pensamentos subversivos (LXVII)

Não sei porquê, mas ao olhar o resultado que o meu clube teve lá em cima, cada vez mais me parece que, afinal, o SLB até nem andou lá muito mal.

É que depois de ter perdido em casa por 3-0 com a Académica, ter perdido ontem apenas por 2-0, lá em cima, até acaba por ser um bom resultado.

Nada a fazer…

domingo, abril 20, 2008

Outros olhares

Aurelio Cabañas González
Hashima
Imagem daqui

sábado, abril 19, 2008

Porque hoje é Sábado

Palavra de honra que hoje não me está a apetecer registar nada, aqui neste espaço que, afinal, serve para isso mesmo, para registar alguma coisa.

Talvez porque hoje é um daqueles dias em que se pode estar um pouquinho mais de tempo naquela modorra que nos sabe mesmo bem e que, nos dias que correm, já se vai tornando um luxo pecaminoso. Pelo menos, é o que nos querem fazer acreditar.

Cá por mim, cada vez mais vou exigindo o meu direito ao nada fazer. Já sei: Ai as vozes que se vão levantando por aí a invocarem alguns adjectivos a estas minhas, porventura insensatas, palavras. Devem ser os mesmos que, desta vida, apenas conhecem a insatisfação, a inquietação, o medo, a angústia, o correr sem se saber bem porquê. Devem ser os mesmos que, à realidade das coisas, à mera verdade das coisas, à simplicidade das coisas, preferem o politicamente correcto, o maneirismo educado da repressão dos sentimentos.

Palavra de honra que hoje não me está nada a apetecer registar aqui o que quer que seja. Hoje, estou perfeitamente irmanado com o meu gato que, aqui ao meu lado, no sofá que comigo diariamente disputa, se abandona a uma bem abençoada preguiça revigorante.

sexta-feira, abril 18, 2008

Dixit

Fez-se pois luz: Cavaco acha que a Madeira é o estrangeiro. Até se compreende, mas não se desculpa.
Fernanda Câncio
O INQUEBRANTÁVEL SENTIMENTO DO SR. SILVA
Diário de Notícias, 18.04.2008

quinta-feira, abril 17, 2008

Outros olhares

Chibinda Ilunga e Lweji
Angola
Imagem
daqui

“HAIKU” [XXIII]

O tufão passou –
Um homem perto da morte
A dormir tranquilo.

HASHIMOTO TAKAKO (1899-1963)

quarta-feira, abril 16, 2008

Desabafos ‘travesseirais’, depois de uma noite noite

Por acaso não querem comparar o Paulo com o Fernando, pois não?
Por acaso não querem comparar o Luís com…?

Palavra de honra que ainda não percebi lá muito bem até que ponto vai ser preciso descer ainda mais, para que as coisas possam encarreirar no percurso que se deseja.

Em verdade, em verdade se diga: quando nos desculpamos com a inclinação da sala para a nossa ‘azelhice’ no dançar…

A ler

terça-feira, abril 15, 2008

Força, amiga

A minha amiga A. está doente. Vai à faca, como se costuma dizer. Nos últimos dias acabou por descobrir que, às vezes, a vida surpreende-nos e não nos deixa acomodar nos nossos pequenos nadas.

A minha amiga A. está doente. Mas é só por uns dias, poucos, estou certo. Porque daqui a nada, vai acabar por descobrir que, afinal, ele há coisas que são passageiras. Ainda bem.

Não sei se a minha amiga A. vai ler estas palavras. Mas se as ler, saiba que elas apenas aqui estão para lhe dizer que cá estaremos para lhe dizer que, no fim de contas, como esperávamos, tudo não passou de um pequeno momento. Ainda bem. É que ainda temos muito que conversar.

segunda-feira, abril 14, 2008

“Quem apagou a chama olímpica?”

«(…) Seja como for, é certo que os interesses comerciais dos Jogos são tais, o poder do desporto é tão grande, que as velhas máximas do barão de Coubertin não podem ser aplicadas no mundo actual. (…)
A verdade é que a velha chama olímpica que anda agora protegida pela polícia, muito antes de ter sido apagada por manifestantes foi extinta pelos emaranhados e complicados interesses comerciais do desporto moderno.
Com boicote ou sem ele, o espírito já faleceu há largos anos...»
Henrique Monteiro
Expresso, 14.04.2008

domingo, abril 13, 2008

É por estas e por outras que o PSD tem, afinal, como desígnio, ajudar o PS a voltar a ter a maioria que já tem

PSD lança ataque à vida privada de José Sócrates
Diário de Notícias, 13.04.2008

Já agora, que vem a talhe de foice, vale a pena também ler o texto de Ferreira Fernandes, de hoje, no mesmo jornal. Transcreve-se só isto:
«(…) E tendo sido tola porque sendo política o parecia, foi tola também porque os argumentos de Rui Gomes da Silva foram tolos. Pequenez sobre a qual eu era capaz de generosamente deitar um manto, não fosse ela também uma pulhice. (…)»

Pensamentos subversivos (LXVI)

Nos tempos que correm, que tal ler [ou reler], obrigatoriamente, o livro de George Orwell, “1984”?

Outros olhares

Sônia Menna Barreto
Game Tour

Imagem daqui

sábado, abril 12, 2008

Brincadeiras com ‘apitos’

Fala-se em ‘Apito Final’. O quê? O ‘Apito Dourado’ não vai dissuadir ninguém de coisa nenhuma, a avaliar pelo que se vai observando neste final de temporada. Quem está dentro do futebol é óbvio que não quer mecanismos de controlo e fiscalização. Querem manter a política dos ‘sacos azuis’ (foi Vilarinho quem disse) e os segredos de conveniência. Querem lá saber da transparência no futebol! Conversa da treta. Eles querem opacidade e enganar os tolos. O problema é a corrupção começar no Estado. E, como tal, o circo vai continuar, não obstante o esforço meritório (mas insuficiente) de Hermínio Loureiro e Ricardo Costa.
Rui Santos
Monumento ao 'Apito'
Correio da Manhã, 12.04.2008

Pensamentos subversivos (LXV)

Têm razão o [ainda] presidente e o [por enquanto] treinador do meu clube: ele há coisas que são demais.

Depois da brincadeira de ontem, até estava à espera de os ouvir dizer mais uma vez que andam por aí seres a puxarem a casa para baixo. Devem ser os deuses que, conluiados com fantasmas recentes da nossa memória, não querem levar o [ainda] presidente e o [por enquanto] treinador do meu clube a subir o Olimpo, para lhes serem cingidas as iluminadas cabeças com as coroas das glórias sonhadas.

quinta-feira, abril 10, 2008

Os meus olhares


Dúvidas subversivas (XXXIV)

Porque é que será que já nem isto me surpreende?

quarta-feira, abril 09, 2008

“HAIKU” [XXII]

Tiro as mãos das luvas –
Na pérola do anel,
Uma nuvem ténue.

TAKESHITA SHIZUNOJO (1887-1951)

terça-feira, abril 08, 2008

Bem dito

O que Agostinho Branquinho não disse à Lusa, porque preferiu a insinuação cobardolas - mas eu digo por ele -, é que todo este episódio vergonhoso só existe para sugerir que José Sócrates andou a pressionar a RTP para fazer um favorzinho a Fernanda Câncio. Sócrates, que ainda há poucos anos era homossexual (lembram-se?, foi no tempo do amigo Santana), agora parece que se transformou num heterossexual furioso, empenhado em arranjar tachos à namorada. É este o PSD que temos. E é esta a gente que quer mandar no País. Só duas palavrinhas (muito simples): vade retro.
João Miguel Tavares
FERNANDA CÂNCIO, JOSÉ SÓCRATES E O PSD
Diário de Notícias, 08.04.2008

Obrigatório ler o texto todo aqui.

Convicções

Eu acredito que um dia ainda me hão-de explicar tudo isto muito bem…

Desígnios

Seguro de mim
Arrisco olhar de frente
A espera.

Certo do meu olhar
Ouso encarar às claras
O percurso.

Cioso do meu segredo
Procuro incessantemente
A sabedoria.

domingo, abril 06, 2008

sábado, abril 05, 2008

Pensamentos subversivos (LXIV)

Com tudo isto, sempre gostaria de ver quem é que teria coragem de nem sequer lá pôr os pés.

É que, passamos a vida a falar muito, mas quando toca a agir, acabamos sempre por nos acobardarmos aos mais diversos interesses que por aí abundam.

sexta-feira, abril 04, 2008

Os “futibóis” cá do burgo

«(…) A Liga de Futebol Profissional resolveu dar um arzinho da sua graça. Só por graça, bem entendido. Depois de anos e anos a olhar para o lado à espera de que os tribunais fizessem o seu trabalhinho (dela, Liga), lembrou-se de que afinal também tem uma Comissão Disciplinar. Fê-lo por várias razões: por julgar que Pinto da Costa está fragilizado. Por sentir que a família Loureiro pode estar ferida de morte. Por ter a certeza de que nem Boavista nem União de Leiria têm quem chore por eles. Por o FCP se estar a marimbar para perder seis ou mais pontos e provavelmente não levar a gracinha a mal. Mas, sobretudo, por julgarem que estão protegidos por um guarda-chuva que se chama ‘Apito Dourado’. Oportunismo, do pior. (…)»
João Marques dos Santos
Prendas, política e futebol
Correio da Manhã, 04.04.2008

quinta-feira, abril 03, 2008

Outros olhares

Carlos Teixeira
"City Girls"
Óleo sobre tela
Imagem
daqui

quarta-feira, abril 02, 2008

A ler

terça-feira, abril 01, 2008

“HAIKU” [XXI]

A mãe e o filho
À noite, jogando cartas –
A raposa uiva.

HASHIMOTO TAKAKO (1899-1963)