quinta-feira, junho 30, 2005

Emídio Guerreiro


Emídio Guerreiro já não está entre nós. Partiu rumo ao Oriente Eterno, como ele diria seguramente. É a sua derradeira viagem, nas muitas que bem preencheram a sua própria vida.

De Emídio Guerreiro, apenas retenho isto: Homem livre e bom, fraterno e solidário, atento e lutador, dedicou a sua vida ao ideal da dignidade humana.

Faleceu aos 105 anos, em Guimarães, na Associação de Solidariedade Social, que tem o seu nome. No dia do seu último aniversário, partilhou com os amigos um desejo: "quero morrer pobre". Cumpriu, que não na grandeza de homem.

Tenho para mim, que a sua vida terá sido justa e perfeita. E quando é assim...

quarta-feira, junho 29, 2005

Tempos difíceis para as rosas

São tempos confusos, os que vivemos nos dias de hoje. Parece que andam todos, se não loucos, pelo menos atarantados, aparvalhados e espantalhados.
Anda tudo a correr de um lado para o outro, em procuras frenéticas de caminhos que não se descobrem, de rumos que se esvaem em brumas sombrias e temidas.
Não sei o que nos deu. Mas de repente demos por nós a olhar horizontes desconhecidos e longínquos. A temer, quase, futuros sem futuro. É o que parece, pelo menos. Ou o que queremos parecer. Ou o que nos querem fazer parecer.
De repente, demos por nós a discutir passados indesejados e desejados passados, com o calor da nossa subjectividade e da nossa perturbação. Fomos, até, capazes de acusar tudo o que não correspondia à nossa maneira de ver as coisas. E, muitas vezes, das coisas, apenas sabíamos o pouco da nossa ignorância.
De repente, demos por nós a olhar e temer futuros indesejados. Chegamos até a prever tempestades capazes de alagar as nossas seguranças. Sobretudo as nossas comodidades e as nossas certezas.
Afinal, damos por nós a olhar para nós próprios. Mas nem sequer somos capazes de nos olharmos olhos nos olhos. Se calhar, porque já cegos, surdos e mudos.
No fundo, isto tudo ao tentar compreender o que se passa com a candidatura de Manuel Maria Carrilho à Câmara de Lisboa.
Será que o PS - os responsáveis, concelhios, distritais, nacionais - percebe alguma coisa do que está a acontecer? Se não percebe, muito mal vamos nós; se percebe, muito pior estaremos. Será que o candidato, de repente, teve dúvidas?
Por mim, fico à espera. Só que os eleitores de Lisboa, de certeza que não esperam. Nem têm que esperar tanta pantomina (para não dizer outra coisa). A bem de Lisboa. Pelo menos.

segunda-feira, junho 27, 2005

Boa tarde

Aqui estou.
Espero, para ficar.

E, cansado deste começo, até breve.