Oiço o apito do comboio lá longe
Na estação pequena de Chelas.
É bom partir em viagens de pausa
E parar na vida abafada e apressada
Que a cidade nos obriga a sorver.
Que bom seria partirmos sem rumo
E descansarmos nos quilómetros a percorrer!
Partiríamos dois. Fazendo quatro.
Casal fecundo de vida a crescer.
E, quais vagabundos, ensinaríamos
Ao David e ao Samuel, já sôfregos,
O segredo escondido na natureza.
Que bom seria...
(Lisboa, 22.09.1983)
quinta-feira, setembro 22, 2005
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