Hoje acordei com uma sensação diferente. Reparei que tinha mais um ano na minha caminhada na aventura da vida. Mais um ano nas andanças e desandanças nas estradas da descoberta das coisas. Do que me rodeia. Dos outros, que por mim vão passando. De mim próprio, afinal e tão simplesmente.
E dobrar o cabo de mais um ano é sempre oportunidade para olhar para a poeira do caminho que passou e que lá continua a olhar-nos, as mais das vezes, com a serenidade do tempo.
Mas é também – e sobretudo – oportunidade especial para olhar o horizonte, o distante, o quase fundo do caminho, a montanha lá à frente, que nos precede e espera, as mais das vezes, com a paciência do tempo.
Por mim, hoje, que me sinto um pouquinho mais pesado de tempo – de outros pesos não falo, e pronto! – olho para a estrada calcorreada e sinto a benevolência da poeira a descer sobre mim. E ficam-me, na pele e na carne, as sensações dos que comigo partilharam o pó do caminho. Da família que me recebeu e amparou, ao sabor do tempo, ao encontro com a vida. Dos amigos que me foram acompanhando nas peripécias do caminho. Enfim, dos que gostei, amei, respeitei. Mas também dos outros, os que, algumas vezes, me abanaram e abalaram, me feriram e exasperaram.
Por mim, hoje, olho o distante, o quase fundo do caminho, a montanha lá à frente, e descubro-me, afinal e simplesmente, um afortunado da vida. Não pelo que possuo. Não pelo que tenho. Mas tão-somente pelos que aceitam que os possa acompanhar no caminho que nos leva a todos ao encontro da montanha lá à frente. Apesar de tudo. Apesar de mim próprio.
Por isso, por tudo isso, tem valido a pena.
E dobrar o cabo de mais um ano é sempre oportunidade para olhar para a poeira do caminho que passou e que lá continua a olhar-nos, as mais das vezes, com a serenidade do tempo.
Mas é também – e sobretudo – oportunidade especial para olhar o horizonte, o distante, o quase fundo do caminho, a montanha lá à frente, que nos precede e espera, as mais das vezes, com a paciência do tempo.
Por mim, hoje, que me sinto um pouquinho mais pesado de tempo – de outros pesos não falo, e pronto! – olho para a estrada calcorreada e sinto a benevolência da poeira a descer sobre mim. E ficam-me, na pele e na carne, as sensações dos que comigo partilharam o pó do caminho. Da família que me recebeu e amparou, ao sabor do tempo, ao encontro com a vida. Dos amigos que me foram acompanhando nas peripécias do caminho. Enfim, dos que gostei, amei, respeitei. Mas também dos outros, os que, algumas vezes, me abanaram e abalaram, me feriram e exasperaram.
Por mim, hoje, olho o distante, o quase fundo do caminho, a montanha lá à frente, e descubro-me, afinal e simplesmente, um afortunado da vida. Não pelo que possuo. Não pelo que tenho. Mas tão-somente pelos que aceitam que os possa acompanhar no caminho que nos leva a todos ao encontro da montanha lá à frente. Apesar de tudo. Apesar de mim próprio.
Por isso, por tudo isso, tem valido a pena.
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