Duras secas descarnadas
As pedras.
Também existem lá
No meu jardim.
Por vezes fazem-me tropeçar
E aleijam-me.
Outras vezes afago-as
E saboreio-lhes as formas.
Algumas quiseram ser úteis
E disposeram-se em filas
Delimitando espaços
E rasgando caminhos.
Outras indolentes e cómodas
Amontoaram-se à entrada
Como que tentando opôr-se
À cancela que se abre.
Um dia peguei numa
E lancei-a ao vento.
Nunca mais a vi.
Mas são as pedras
Do meu jardim
Que só eu consigo ver.
segunda-feira, setembro 19, 2005
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