segunda-feira, outubro 24, 2005

Trova do meu jardim

Ai vento do meu País
Que novas do meu Jardim?

São tempos difíceis e turbulentos
Estes dias de gente estranha e esquisita.

Ai vento do meu País
Que novas do meu Jardim?

São dias e dias de desalento
Em horas e horas desiguais.

Ai vento do meu País
Que novas do meu Jardim?

São dias de caras longínquas e disformes
Feitas esgares de impropérios sonoros.

Ai vento do meu País
Que novas do meu Jardim?

Espero tempos de mudança segura
Em momentos drásticos de incerteza.

E são tempos de ocasos vermelhos
Do sangue que já nem bebemos.

Ai vento do meu País
Que novas do meu Jardim?

Trazes tão somente o sonho
Que teimamos ainda respirar.

(Teorema, Dezembro 2003)

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