terça-feira, outubro 04, 2005

O Jardim (XI)

Esverdeadas de fel
Projectam rancores em ebulição.

São as eternas contradições
Dos sonhos feitos utopias
Que acordam a vida que permanece.

Escondem frustrações ambíguas
Feitas ânsias de loucura.
E surgem os mitos
Os enganos
As invejas
Os sorrisos.

E surge a mentira
A hipocrisia
A prepotência
A intolerância.

Dos dias escolhem
A noite
Dos mortos que permanecem.

São os fantasmas do real
A ironia do ser
Feito não ser.

Fogos-fátuos da existência
São as azedas do quotidiano
Da vida que arriscamos.

Sem comentários: