Sinto-me perdido e sem norte
Na praça dos que giram sem bússola.
O meu desassossego é considerar-me
Preso ao que não compreendo.
Sinto-me do lado de lá da fronteira.
Entre mim e os que habitam a Praça
A barreira das convenções, das regras, da lei.
Dos moradores da Praça para mim
A indiferença, o esquecimento, a porta fechada.
De mim para os de dentro
A compreensão da sua cegueira.
Por isso, as minhas incursões
Em terras que não me pertencem.
Lisboa, 1977
(In “Caminhando”, Suplemento de “A Chama”, Olivais Sul, 1983)
quinta-feira, outubro 27, 2005
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