Como anuncia hoje o Público, “a Assembleia da República debate hoje, na generalidade, um projecto de lei da paridade, que estabelece a obrigatoriedade de as listas de candidatos às eleições legislativas, autárquicas e europeias integrarem, no mínimo, um terço de mulheres ou homens. A proposta, de iniciativa do PS, deverá contar com a aprovação da bancada do BE e com a rejeição dos restantes partidos da oposição”.
Para já, e no que me toca, de quotas, apenas as que me comprometo a pagar nas instituições ou clubes a que me apeteceu associar. Desta, não sou aficcionado, nem me parece que venham a resolver o verdadeiro problema. Quer queiramos quer não.
Para já, nem sequer admito que me chamem nomes. Porque, para que não restem dúvidas, dentro das diversidades inerentes ao próprio ser, é minha convicção que homens e mulheres são parceiros iguais na história comum da humanidade. E pronto. Quanto a isto estamos conversados.
Quanto ao resto, bem, eu sei que quem decide quase tudo, nos variados sectores da sociedade (política, empresas, etc…) são, por norma, os homens. Porque, quase sempre, são eles que fatalmente lá estão, ou lá vão ficando. E, muitas vezes, infelizmente, não por critérios de qualidade, de competência. Muitas vezes, até, invocando a tradição. Como se não soubéssemos todos que a nossa tradição é, afinal, a de uma sociedade patriarcal, fundada na supremacia do homem (aqui no sentido restrito da palavra) sobre todas as coisas.
E, sem hipocrisias, basta olhar de frente sobre algumas realidades concretas da nossa história comum, nomeadamente o sector político e o sector religioso. Creio que não vale a pena dizer mais.
Mas, de facto, não creio que o sistema das quotas seja o “milagre” para restabelecer a ordem e a justiça nesta matéria. Porque, e esta é uma maior perversidade, quer-me cá parecer que o que afinal se procura é fazer por decreto o que não se consegue pela inteligência, pela vontade, pela livre escolha.
E nesta posição estou com Manuela Ferreira Leite e com Odete Santos, por exemplo. E não me parece que ela seja uma mulher amordaçada, oprimida, inculta e ignorante. Muito pelo contrário.
É que às vezes, à força de tanto querermos ser democráticos, chegamos à democracia de papel. À força de tanto querermos ser igualitários, assumimos a igualdade sem vontade livre. À força de tanto querermos ser tolerantes, tornamo-nos quase intolerantes. No fundo, é a escravidão dos livres, a igualdade dos diferentes, a intolerância dos tolerantes.
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Mas, que me perdoem a mordacidade: Se calhar no PS já se começa a pensar que os homens estão a definhar e por isso já estarão a garantir, para o futuro, a sua permanência nos vários órgãos do poder. Quer sejam competentes quer não. É que não se pode esquecer o maior número de mulheres nas nossas sociedades. E isto, qualquer dia, pode mesmo mudar.
Para já, e no que me toca, de quotas, apenas as que me comprometo a pagar nas instituições ou clubes a que me apeteceu associar. Desta, não sou aficcionado, nem me parece que venham a resolver o verdadeiro problema. Quer queiramos quer não.
Para já, nem sequer admito que me chamem nomes. Porque, para que não restem dúvidas, dentro das diversidades inerentes ao próprio ser, é minha convicção que homens e mulheres são parceiros iguais na história comum da humanidade. E pronto. Quanto a isto estamos conversados.
Quanto ao resto, bem, eu sei que quem decide quase tudo, nos variados sectores da sociedade (política, empresas, etc…) são, por norma, os homens. Porque, quase sempre, são eles que fatalmente lá estão, ou lá vão ficando. E, muitas vezes, infelizmente, não por critérios de qualidade, de competência. Muitas vezes, até, invocando a tradição. Como se não soubéssemos todos que a nossa tradição é, afinal, a de uma sociedade patriarcal, fundada na supremacia do homem (aqui no sentido restrito da palavra) sobre todas as coisas.
E, sem hipocrisias, basta olhar de frente sobre algumas realidades concretas da nossa história comum, nomeadamente o sector político e o sector religioso. Creio que não vale a pena dizer mais.
Mas, de facto, não creio que o sistema das quotas seja o “milagre” para restabelecer a ordem e a justiça nesta matéria. Porque, e esta é uma maior perversidade, quer-me cá parecer que o que afinal se procura é fazer por decreto o que não se consegue pela inteligência, pela vontade, pela livre escolha.
E nesta posição estou com Manuela Ferreira Leite e com Odete Santos, por exemplo. E não me parece que ela seja uma mulher amordaçada, oprimida, inculta e ignorante. Muito pelo contrário.
É que às vezes, à força de tanto querermos ser democráticos, chegamos à democracia de papel. À força de tanto querermos ser igualitários, assumimos a igualdade sem vontade livre. À força de tanto querermos ser tolerantes, tornamo-nos quase intolerantes. No fundo, é a escravidão dos livres, a igualdade dos diferentes, a intolerância dos tolerantes.
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Mas, que me perdoem a mordacidade: Se calhar no PS já se começa a pensar que os homens estão a definhar e por isso já estarão a garantir, para o futuro, a sua permanência nos vários órgãos do poder. Quer sejam competentes quer não. É que não se pode esquecer o maior número de mulheres nas nossas sociedades. E isto, qualquer dia, pode mesmo mudar.
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