Tenho por Manuel Alegre muito respeito. E admiração. Comecei a conhecê-lo melhor através dos seus livros, que nos ia oferecendo a todos. Afeiçoei-me à sua poesia, desde a Praça até à Canção, desde o Canto até às Armas. Era e é uma voz que me habituei a ouvir. Com atenção e apreço. A sua poesia junta-se à que de melhor se manifestou e manifesta em Portugal.
Como poeta (maior), como escritor, estamos conversados.
Na nossa vida colectiva, na política portuguesa, também me fui habituando a não ficar indiferente perante este homem que leva a sua liberdade de pensar e de agir a expoentes raramente notados noutras latitudes.
E nestes últimos tempos, muito me tem aproximado desta figura incontornável e incómoda. Como ele, sou pela unidade. Não gosto, nem sou pela unicidade (aliás, rejeitada, e bem, já noutras épocas). Como ele, também não aprecio unanimismos, nem salvadores da pátria. (E apetece-me abrir aqui um parêntesis para lembrar um amigo que, quando A. Guterres ganhou um congresso do PS, com 95% dos votos, logo afirmou, incomodando muita gente, que, afinal, o Partido estava salvo: ainda havia 5% que não tinham votado Guterres. E com isto, nem estou a tentar beliscar ou menosprezar a pessoa e a figura do ex-Primeiro Ministro e, agora e bem, Alto Comissário da ONU para os Refugiados.)
Por isso, saudei a disponibilidade e a vontade manifestada por Manuel Alegre quando se candidatou à liderança do Partido.
Por isso, saudei a sua disponibilidade e a sua vontade em se candidatar às próximas eleições presidenciais, quando se verificava o vazio de candidaturas existente (para não dizer de ideias). Mesmo que, como parece agora, se vá verificar que não será, afinal e contra a sua vontade, o candidato do PS a Belém.
Por isso, porque acredito na sua grandeza de alma e de homem, quero aqui e desde já, com toda a minha humildade, manifestar a minha homenagem sincera a este homem grande, livre e bom. Afinal, a este poeta maior da nossa praça.Mas que foi bom sonhar, lá isso foi. Uma Presidência Poética!
Como poeta (maior), como escritor, estamos conversados.
Na nossa vida colectiva, na política portuguesa, também me fui habituando a não ficar indiferente perante este homem que leva a sua liberdade de pensar e de agir a expoentes raramente notados noutras latitudes.
E nestes últimos tempos, muito me tem aproximado desta figura incontornável e incómoda. Como ele, sou pela unidade. Não gosto, nem sou pela unicidade (aliás, rejeitada, e bem, já noutras épocas). Como ele, também não aprecio unanimismos, nem salvadores da pátria. (E apetece-me abrir aqui um parêntesis para lembrar um amigo que, quando A. Guterres ganhou um congresso do PS, com 95% dos votos, logo afirmou, incomodando muita gente, que, afinal, o Partido estava salvo: ainda havia 5% que não tinham votado Guterres. E com isto, nem estou a tentar beliscar ou menosprezar a pessoa e a figura do ex-Primeiro Ministro e, agora e bem, Alto Comissário da ONU para os Refugiados.)
Por isso, saudei a disponibilidade e a vontade manifestada por Manuel Alegre quando se candidatou à liderança do Partido.
Por isso, saudei a sua disponibilidade e a sua vontade em se candidatar às próximas eleições presidenciais, quando se verificava o vazio de candidaturas existente (para não dizer de ideias). Mesmo que, como parece agora, se vá verificar que não será, afinal e contra a sua vontade, o candidato do PS a Belém.
Por isso, porque acredito na sua grandeza de alma e de homem, quero aqui e desde já, com toda a minha humildade, manifestar a minha homenagem sincera a este homem grande, livre e bom. Afinal, a este poeta maior da nossa praça.Mas que foi bom sonhar, lá isso foi. Uma Presidência Poética!
1 comentário:
Que belo texto!
Quando dois poetas se encontram à sombra da magnólia jorram as palavras em cascata, a estética da narrativa impera, as doces e ternas imagens chispam no ar... a adesão à beleza do texto é inevitável!
Meu carissimo, espiritualissimo e fraterno amigo: sobre o poeta e a sua grandeza...estamos entendidos e de acordo!
Para mim, Manuel Alegre será, SEMPRE, um dos maiores vates do Século XX e, porventura, o mais importante na LUTA pela Liberdade que irrompeu (também muito por mérito da escrita DELE!)no vinte e cinco d'Abril de 1974!
Esse Manel Alegre tem já um TREMENDO lugar na nossa História Pátria!
Tenho mesmo para mim, quase como certeza absoluta - que o seu lugar será bem maior do que o Mário Soares há-de vir a ocupar.Este, em conversa recente, tem a consciência nitida disso mesmo. Disse ele:"A história dedicar-me-á nunca mais do que dez linhas - nos manuais sobre a história do Século XX".
A poesia, a grande, e os seus cultores são ETERNOS! È o que vai acontecer ao Manuel Alegre e não é nada POUCO!
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