Mais um. Depois de Nova Iorque, Madrid e, agora, Londres. Pelo meio, vários outros, talvez não com tanto impacto, mas igualmente destruidores e mortais.
Muito se diz em situações destas, muito se discute, muito se reflecte, mas o que acaba, sempre, por ficar é o espectro da morte a pairar sobre as cabeças das mulheres e dos homens que teimam em (sobre)viver neste espaço comum que é o planeta Terra. No fundo, é o espectro da morte a pairar sobre nós todos.
Quem faz destes actos – do terrorismo – seu modo de vida, não tem pela vida, de certeza, o amor e o respeito que ela merece. Pelo contrário é como se odiassem a própria vida.
Por isso, também eu estou de luto. “Disse o vice-presidente da Comissão Europeia ao referir-se ao sucedido como um ataque «ao coração da Europa». Diz bem: onde morrem inocentes, é aí que está o nosso coração. Também somos nós em King´s Cross, Liverpool Street, Aldgate East; em Edgware Road, Tavistock Square, Russell Square, Moorgate. Dizemos os nomes como homenagem.” (1)
“Não vale a pena procurar culpados para além da culpa. E esta é só uma – a dos que colocam as bombas. O resto são pormenores perante a morte, como qualquer morte é um pormenor perante outra igual. A vingança está nas ruas, mesmo que alguns lhe chamem justiça, e aí irá permanecer. Tirar a vingança das ruas é mais difícil que tirar a alma de dentro dos homens”. (2)
(1) Jacinto Lucas Pires, “Contra o terror”, in A Capital, 2005.07.08
(2) Miguel Romão, “O terror outra vez”, ibidem
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