terça-feira, janeiro 27, 2009

Pensamentos subversivos (LXXIX)

Há palavras que nos soam com o diáfano manto do encantamento. Quando as ouvimos, o seu som vem ornamentado com o mágico encanto dos feitiços que, muitas vezes, nos adormecem e inebriam.

Há palavras que mais não são, para quem as profere, que desejos, não muitas vezes assumidos com o sentimento de ser e de compreender. Apenas servem, quase sempre, para revelar o que está escondido e que não se quer revelar.

Há palavras que quando libertas e assumidas, a maior parte das vezes apenas conseguem descobrir a inquietação, a vontade de aprender, a dúvida enquanto procura e pesquisa. São as palavras que as mais das vezes são esquecidas nas nossas praças, nos nossos fóruns, nas nossas casas, até.

E há palavras que, quase sempre, apenas servem para serem sentidas. Para nossa serena descoberta do que é importante.

2 comentários:

poetaeusou . . . disse...

*
há palavras revoltadas
por pronunciadas
depois de arquitectadas
por perversos,
que delas se servem . . . !!!
,
*****

Anónimo disse...

Olá José Maria
Como vai?
Gostei muito,como sempre.
Escrevi estas "palavras" já há uns quatro anos e por mas fazer lembrar, procurei-as e aqui estou a partilhá-las.
Cumprimentos para toda a família.
Helena

Caem palavras no papel…
Como gotas de orvalho
Caem das pétalas das rosas


Caem palavras no papel…
Como afagos de mãe
Caem dos dedos das mãos

Caem palavras no papel…
Como lágrimas de amor
Caem dos corações de quem ama


Caem palavras no papel…
Quando os sentimentos fazem cair as palavras…

H.E.S.