quinta-feira, dezembro 06, 2007

"Meditabundando"

Máximas do Nosso Saber
O que sabemos, sabemo-lo afinal apenas para nós mesmos. Se falo com alguém daquilo que julgo saber, acontece que imediatamente ele supõe saber o assunto melhor que eu, e sou obrigado a regressar a mim mesmo com o meu saber. O que sei bem, sei-o apenas para mim. Uma palavra pronunciada por outro raramente constitui um estímulo. Na maior parte das vezes suscita contradição, paralisia ou indiferença.
Instruamo-nos primeiro a nós próprios e seremos depois capazes de receber instruções dos outros.
Em boa verdade aprendemos sempre em livros que não somos capazes de avaliar. O autor de um livro que fôssemos capazes de avaliar teria que aprender connosco.
Muitos há que têm orgulho no que sabem. Face ao que não sabem costumam ser arrogantes. No fundo só se sabe quando se sabe pouco. À medida que cresce o saber, cresce igualmente a dúvida.
Johann Wolfgang von Goethe, in "Máximas e Reflexões"
Citação
daqui

1 comentário:

mulher lua disse...

Tudo o que sabemos resulta das nossas experiências e, nessas vivências, quer queiramos ou não, estavam pessoas envolvidas. E decididamente, aprendemos na interacção com os outros. Mesmo que, na altura, não estejamos de acordo ou abanemos a cabeça naquela "és tão nabo", mais tarde, somos capazes de perceber que a nossa realidde é diferente da dos outros. Por isso, o que eu penso que sei, traduz apenas a minha visão sobre uma realidade que tem tantas interpretações (ou saberes) quantas as pessoas.