segunda-feira, janeiro 15, 2007

Grandes Portugueses

Para mim, não consigo perceber como é que se escolhe apenas uma personalidade para distinguir o que terá sido o “maior”, o “Grande Português”. Quer-me cá parecer a mim, que o que se poderia, e deveria, fazer era escolher, não um, mas algumas personalidades que representassem o melhor que existe no nosso colectivo comum. Era, pelo menos, mais justo. E de muito mais bom senso. É que a vida, já agora, não é feita apenas de ‘sim’ e ‘não’. Há, indubitavelmente, uma imensidão de ‘talvez’ que também marca a nossa existência.

Mas, já agora, que vem a ‘talhe de foice’, e depois de ver os seleccionados pela RTP, não resisto a alguns pensamentos, sobre algumas dessas figuras:

Álvaro Cunhal: Quase sempre em desacordo com ele. No que diz respeito ao conceito de democracia, ele estava quase sempre dum lado do rio e eu do outro. Respeito-lhe, no entanto, o sacerdócio.

Aristides Sousa Mendes: Por ter feito o que fez, está, com toda a certeza, já, no seio do Inefável.

D. Afonso Henriques: Ao saber-se de quem descendia (a ser verdade o que dizem), soube cumprir o papel que lhe estava destinado.

D. João II: Não foi por acaso que lhe deram o cognome de “Príncipe Perfeito”. Por todas as razões e mais algumas. Desde logo, por já saber que deveria ir para lá do mar, ter com os que já lá estavam.

Salazar: Calo-me. Até por respeito por mim próprio.

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