segunda-feira, outubro 02, 2006

Cantiga de amigo

Sonho novas de meu amigo
Que me não chegam nesta hora de o querer


É partido em dia de horas ausentes
Em momentos de névoas salgadas e perdidas

E é sonhado em noites perturbadoras
Em leitos abertos à saudade e desfeitos de prantos

Sonho novas de meu amigo
Que me não chegam nesta hora de o querer


Não sei por onde anda o meu ausente
Nem caminhos descubro por chegar

Porque de viagem é a hora que procuro
E chegar ainda não revela o meu sentir

Sonho novas de meu amigo
Que me não chegam nesta hora de o querer


Que me não chegam novas do que anseio
Nem palavras nem trovas por compor

Porque em meu amigo me perdi sem remorsos
E em meu amigo me descobri sem voltar a perder-me

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