segunda-feira, agosto 08, 2005

Incêndios: Todos os anos o mesmo

Tudo a arder. É o que apetece dizer, ao olharmos o que temos vindo a ver, ler e a ouvir através da comunicação social.
Todos os anos tem sido o mesmo. E todos os anos se repetem os mesmos discursos, os mesmos apelos, as mesmas críticas. E todos os anos a mesma controversa política entre governos e oposições (controversa que, às vezes, mais parece combinada que genuína). Mas também, ao longo dos anos os governos se têm alternado, sem que daí se notem diferenças visíveis. Tudo, afinal, ainda continua como dantes. Fatalismo? Fado? Sina?

Vamos lá a ver se nos entendemos: Nisto de cuidar de nós, das nossas coisas, nisto de zelar pela nossa segurança, nisto de velar pela coisa pública, creio não poder haver fatalismos, fados, acasos. Muito menos, poderemos andar todos a assobiar para o lado. Que é, parece-me, o que temos todos andado a fazer. De uma maneira ou de outra, todos podemos ter uma palavra a dizer, por muito pequena que seja. Por exemplo, através das escolhas que fazemos nas várias eleições que se vão realizando. E, para que não restem dúvidas, não creio que o acto de abstenção seja mais honesto, mais sério, mais eficaz que o acto de votar.

Cá por mim, creio que falta uma séria reflexão sobre as prioridades para Portugal. Reflexão para, depois, se agir. Com determinação.
Por mim, não estou muito convencido com algumas apostas que se têm feito. O que é mais prioritário? A título de exemplo (e sem querer menosprezar esta área), ter adquirido submarinos, aeronaves e veículos para umas forças armadas que nem se sabe muito bem o que são (pelo menos andamos há anos a ouvir dizer que se tem que reflectir as forças armadas – o que queremos, o que necessitamos)?
De facto, o que é mais prioritário? E creio que nem é preciso, nem quero agora, falar de Ota’s, nem em TGV’s. Nem em túneis, nem em Parques Mayeres.

É que há anos que nem sequer temos sido capazes de elencar o prioritário para a nossa terra, para a nossa vida. E depois admiramo-nos que, ano após ano, o país esteja a arder.
Se calhar, até ardermos nós próprios…

1 comentário:

Blogger disse...

É, parece que estamos todos a ficar fartos do mesmo. Será que realmente os governos não se apercebem do que se espera deles? Começo a vislumbrar algo de positivo nisso tudo. Boa semana