Tratado da Magia
Giordano Bruno
Tinta da China
Janeiro 2007
Giordano Bruno
Tinta da China
Janeiro 2007
Giordano Bruno (Noya, reino de Nápoles, 1548-Roma, 1600), segundo o Vidas Lusófonas, “Filósofo italiano. Frade dominicano na sua juventude, leva uma vida errante (Paris, Milão, Inglaterra, Praga, Roma…). Pensador de opiniões audazes e independentes, é sucessivamente protegido e perseguido. Conhecedor da teoria heliocêntrica de Copérnico, defende a infinidade do universo. Propugna uma lógica que nada tem que ver com a de Aristóteles e que fundamenta as suas raízes em Ramón Llull. À astronomia de Ptolomeu prefere a de Copérnico. À física de Aristóteles, ao seu mundo finito, ao seu céu incorruptível, opõe a ideia de um mundo infinito, objecto de uma evolução universal e eterna. À religião cristã opunha a religião da natureza. Nas religiões não vê senão superstições e símbolos. Também não acredita na astrologia nem na magia.
Em 1592 comete o erro de regressar a Itália, onde é preso pela Inquisição. Herege convicto, é intimado a retractar-se das suas ideias sob pena de morte. Ao recusar, é excomungado e expulso do seio da Igreja. Dá-se-lhe então um prazo de oito dias para confessar o seu erro. Não o faz, pelo que morre na fogueira como apóstata, herege e violador dos seus votos religiosos.”
Rui Tavares [introdução, tradução e notas], inicia a sua introdução a esta obra assim: “Violentas discordâncias opunham as igrejas cristãs no fim do século XVI: a existência do purgatório, a presença do corpo de Cristo no pão eucarístico, o estatuto da Virgem Maria, o uso de imagens nos locais de culto, o matrimónio dos sacerdotes, e muitas outras ainda, que matavam gente e faziam guerras. Numa coisa pelo menos estavam todas de acordo, e era que Giordano Bruno não tinha lugar em nenhuma delas.” (Pg. 11)
Para Giordano Bruno, “com efeito, a Magia assemelha-se à Geometria pelas figuras e pelos símbolos; à Música pelo encantamento; à Aritmética pelos números e cálculos; à Astronomia pelos períodos e movimentos; à Óptica pelos fascínios do olhar; e, universalmente, a todas as espécies de Matemática pelo que tem de intermediária entre a operação divina e natural.” (Pgs. 38 e 39)
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