- Olha, parece que anda perdido.
Tínhamo-nos sentado há pouco. A mesa cheirava bem e sugeria-nos alguns sabores que nos esperavam com a paciência do apreciador.
A esta hora, a sala começava a encher-se e no ar as palavras perdiam-se em gestos cúmplices, esquecidos do tempo.
- É pá: está mesmo perdido.
Quando olhei para o lado, apenas os talheres, o copo, o guardanapo, me fizeram lembrar a sua ausência. Do vazio do lugar, soou-me bem aos ouvidos o ruído do silêncio que se abateu sobre nós.
Passados uns momentos, que de breves tiveram a lonjura do nosso espanto, chegou, preocupado e triste.
- Caramba, andava mesmo perdido. Coitado. Parecia tão triste.
E chegando-se para trás, na cadeira onde se sentara, abandonado de desalento, ficou-se por um
- Raio do “canito”. Deve ter-se perdido do dono.
Era o meu amigo Carlos, em todo o seu melhor. De amigo dos animais.
Tínhamo-nos sentado há pouco. A mesa cheirava bem e sugeria-nos alguns sabores que nos esperavam com a paciência do apreciador.
A esta hora, a sala começava a encher-se e no ar as palavras perdiam-se em gestos cúmplices, esquecidos do tempo.
- É pá: está mesmo perdido.
Quando olhei para o lado, apenas os talheres, o copo, o guardanapo, me fizeram lembrar a sua ausência. Do vazio do lugar, soou-me bem aos ouvidos o ruído do silêncio que se abateu sobre nós.
Passados uns momentos, que de breves tiveram a lonjura do nosso espanto, chegou, preocupado e triste.
- Caramba, andava mesmo perdido. Coitado. Parecia tão triste.
E chegando-se para trás, na cadeira onde se sentara, abandonado de desalento, ficou-se por um
- Raio do “canito”. Deve ter-se perdido do dono.
Era o meu amigo Carlos, em todo o seu melhor. De amigo dos animais.
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