terça-feira, março 06, 2007

E ainda dizem que sou eu que tenho os meus “amores” de estimação

Hoje, mais uma vez, lá fui ao hospital, ao serviço de imunohemoterapia, para as minhas análises, praticamente mensais, para que o sangue que me corre nas veias tenha a fluidez necessária à válvula mecânica com que me ornaram o coração. Coisa normal na vida de qualquer um que se preze.

Hoje, estive (e como eu, outros mais) no hospital mais de três horas, para fazer uma coisa que podia ser feita, calmamente, em trinta minutos. E já estou a ser bem tolerante.

Como “calmante”, que não pedi ao médico que me atendeu, em espanhol, a correr, diga-se, registei que, hoje, apenas um clínico ali estava ao serviço. Claro que o meu protesto não era para ele, que ali estava, afinal, fazendo, talvez, o seu melhor.

E depois não querem que fique apreensivo quando oiço e vejo o que está à vista de toda a gente: hospitais, urgências e maternidades encerradas, centros de saúde reduzidos e afastados dos que os utilizam. Ah, e para não falar nas taxas moderadoras e mais aquele famigerado conceito de “utilizador – pagador”.

Já agora, cá para mim, parece-me que saúde, educação, habitação, trabalho, são direitos fundamentais do ser humano. Sem os quais não pode haver dignidade na vida humana. Parece-me. Se estou enganado, peço desculpa.

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