segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Sou

Mortal do infinito sou
E caminho na Via Lactea.
Conduzo o planeta luminoso
Onde nasci e me fizeram crescer.
As estrelas são o meu roteiro
E brilham-me nos olhos abertos
Cometas radiantes de longas caudas.

Sou o eterno do espaço finito
E mergulho nas galáxias mais longínquas.
Pairo no vácuo ao sabor do tempo
E do silêncio componho a minha música.
Ao meu lado caminha o vazio
E espera-me lá longe a noite perene.

Destruidor da idéia me chamaram
E imolado me quiseram oferecer.
Sou prisioneiro de espaços abertos
E libertário de mim somente.
Abriram-me a cabeça e esgotaram-na.
Deixaram-me somente na viagem
A imagem do teu rosto Liberdade.

(Teorema, Dezembro 2003)

1 comentário:

Politikus disse...

Um poema de outros mundos...