quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Apito Dourado

Com a devida vénia, e porque me parece que vale a pena “olhar” estas palavras, com atenção, aqui fica um excerto do Editorial, de hoje, do Diário de Notícias:

“O mais relevante deste caso, porém, não tem a ver com futebol. Espera-se que ele venha a ter um efeito preventivo na verdade desportiva, porque simbolicamente acabou o mito da intocabilidade de certos interesses, e, se assim for, muito ganhará o futebol em matéria de credibilidade. Mas fora das quatro linhas jogaram-se outros jogos, que não estarão reproduzidos nos autos mas deixaram sinais importantes sobre a sociedade portuguesa. Desde logo, ao nível da Polícia Judiciária. A acusação hoje conhecida vem confirmar, no essencial, os indícios que motivaram as medidas de coacção aplicadas em 2004, no início da investigação. Significa isto um óbvio e importante triunfo dos investigadores do caso e, em particular, dos dois altos quadros da PJ que foram afastados e ofendidos na praça pública por um então responsável desta instituição, e do juiz Artur Oliveira, que à época dirigia a PJ do Porto e saiu em condições que também estão por esclarecer. Teófilo Santiago e Massano de Carvalho, dois investigadores de brilhante carreira na PJ, viram reposta alguma justiça em relação ao trabalho desenvolvido e provado o erro dos que pugnaram pelo seu afastamento, dado em forma de brinde pelo então director-geral da PJ, Adelino Salvado.”

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