Ao olhar lá para baixo, senti uma vontade louca de voltar atrás. No tempo. Aqui tinha estado há alguns anos atrás. Alguns muitos até.
A estrada era basicamente igual à de outrora, o que, na verdade, pouco abonará aos responsáveis políticos que passam a vida a enaltecer o seu trabalho. Pelo menos pelas amostras noticiosas que se nos entram pelos olhos e ouvidos.
Lá em baixo, no final do betuminoso (como hoje se diz), a mesma terra batida em poeiras mais ou menos transitáveis. Ao longo do tempo, o mesmo vazio de coisas feitas, com excepção de meia dúzia (literalmente) de casitas que foram abaixo, por ordem de uns quantos com anseios ambientalistas.
Ao olhar lá para baixo, senti uma vontade louca de voltar para trás. É que os tempos são outros. E, para o caso, não importa mesmo se melhores ou piores. São outros e basta. Fatal e seguramente.
Há uns anos, aqui cheguei, depois de quase uma manhã de viagem. Vinha de longe, ali para os lados dos Olivais, em Lisboa. Há uns anos, vim de autocarro, de barco e de camioneta da carreira. Era giro e divertido, para todos nós, que, jovens e inconscientes, sabíamos arriscar uma aventura nas nossas vidas pacatas e sem história. E ao olhar lá para baixo, a imensidão era feita de areia e mar, pincelada com pontos, poucos, de gente.
A propósito, ou talvez não, não importa, a história viria então com olhares novos, sentimentos novos, palavras novas, gestos novos, cantos novos. Liberdades novas, que era, na verdade, o mais importante. Coisas da vida, enfim.
Ao olhar lá para baixo, senti, na verdade, uma vontade louca de voltar para trás. É que a fila de carros não se mexe e no areal que se vislumbra quase já não há areia que se veja. Embora de mar, o infinito ainda se vista.
A estrada era basicamente igual à de outrora, o que, na verdade, pouco abonará aos responsáveis políticos que passam a vida a enaltecer o seu trabalho. Pelo menos pelas amostras noticiosas que se nos entram pelos olhos e ouvidos.
Lá em baixo, no final do betuminoso (como hoje se diz), a mesma terra batida em poeiras mais ou menos transitáveis. Ao longo do tempo, o mesmo vazio de coisas feitas, com excepção de meia dúzia (literalmente) de casitas que foram abaixo, por ordem de uns quantos com anseios ambientalistas.
Ao olhar lá para baixo, senti uma vontade louca de voltar para trás. É que os tempos são outros. E, para o caso, não importa mesmo se melhores ou piores. São outros e basta. Fatal e seguramente.
Há uns anos, aqui cheguei, depois de quase uma manhã de viagem. Vinha de longe, ali para os lados dos Olivais, em Lisboa. Há uns anos, vim de autocarro, de barco e de camioneta da carreira. Era giro e divertido, para todos nós, que, jovens e inconscientes, sabíamos arriscar uma aventura nas nossas vidas pacatas e sem história. E ao olhar lá para baixo, a imensidão era feita de areia e mar, pincelada com pontos, poucos, de gente.
A propósito, ou talvez não, não importa, a história viria então com olhares novos, sentimentos novos, palavras novas, gestos novos, cantos novos. Liberdades novas, que era, na verdade, o mais importante. Coisas da vida, enfim.
Ao olhar lá para baixo, senti, na verdade, uma vontade louca de voltar para trás. É que a fila de carros não se mexe e no areal que se vislumbra quase já não há areia que se veja. Embora de mar, o infinito ainda se vista.
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