sexta-feira, agosto 24, 2007

Os olhos do poeta

Em cascata, torrente,
Em repouso,
A água responde à interpelação
Que lhe fazemos.
Como um espelho – pedaço de vidro
Que reflecte a imagem oferecida –
A água deixa chegar até nós
O que somos, o que vemos.

Assim, o poeta.
Assim, os olhos do poeta.
O que vê, o que sente,
É como que um reflexo iluminado
Que nos toca.
Nos olhos do poeta,
Como num rio em repouso,
Encontramos o Arco-Íris
Das coisas que nos rodeiam.

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