Beata fumegante e esquecida
Em lábios salgados.
Nos olhos negros e quedos
Esconde-se
A água imensa
Feita luta de cada dia.
Dos dedos calosos e ásperos
Saltam prenhes de vida
Fios suaves
De teares ardilosos.
E quando o dia se fica
E o farol rasga a noite
Ei-los que acordam
Esquecendo dores
De ontem e de amanhã
Até que do mar
O regresso se torne impossível.
(Teorema, Dezembro 2003)
domingo, fevereiro 05, 2006
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2 comentários:
Adorei...
Era tão bom que isto fosse possível:
"Esquecendo dores
De ontem e de amanhã"
Ó amigo Polittikus, às vezes até é. Até é. Mas só muito às vezes...
Um abraço
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