sexta-feira, agosto 31, 2007
Provérbios
Provérbio árabe
quinta-feira, agosto 30, 2007
Momentos íntimos
E nos ouvidos a harmonia das notas encadeadas.
À minha volta sucedem-se os gestos e os sinais
De metamorfoses permanentes de horas mágicas.
Porque esta é a hora dos seres que ainda somos
Descobrimos a transmutação da nossa própria existência.
quarta-feira, agosto 29, 2007
Pronto! Já lá estamos!
Embora com alguns momentos de dedo quase em cima dele, não usei o telecomando durante o jogo.
Desejos subliminares
terça-feira, agosto 28, 2007
É bom [vital] que se olhe a sério para estes dados
«Três quartos das armas de fogo em todo o mundo estão na posse de civis, revela um relatório do Instituto Universitário de Altos Estudos Internacionais (IUHEI) de Genebra, que salienta a relação entre a urbanização galopante e a violência armada. Dos 875 milhões de armas em circulação no mundo, 650 milhões (75 por cento) estão nas mãos de civis, revelam os responsáveis pelo estudo.
Com 270 milhões de armas, os Estados Unidos estão no topo da lista, seguidos da Índia (46 milhões de armas), China (40 milhões), Alemanha (25 milhões) e França (19 milhões).
Os Estados Unidos têm também a maior concentração de armas em relação à sua população, com 90 armas por cada cem pessoas. A seguir surgem o Iémen, a Finlândia e a Suíça.
Posse de armas aumentou "consideravelmente" nos últimos cinco anos (…)»
Pensamentos subversivos (XXXIX)
Tudo calmo, portanto, e na santa paz do Senhor, como convém.
segunda-feira, agosto 27, 2007
Desabafamentos
E a vida, afinal, mais não é do que aquilo que sabemos e podemos. Mesmo quando não sabemos e não podemos. Apesar mesmo de não poucas vezes nos imaginarmos únicos donos e senhores dos caminhos que percorremos. Apesar mesmo de não poucas vezes acharmos que os outros não merecem caminhar o nosso percurso. Que é comum, quer queiramos, quer não.
E a vida, se calhar, mais não é que arriscarmos estender o braço e oferecer uma mão amiga a quem ao nosso lado caminha e percorre os mesmos passos, mesmo se inseguros. Mesmo sabendo até que algumas vezes a nossa mão e o nosso braço acabam por ficar apenas estendidos na poeira da indiferença.
domingo, agosto 26, 2007
sexta-feira, agosto 24, 2007
Os olhos do poeta
Em repouso,
A água responde à interpelação
Que lhe fazemos.
Como um espelho – pedaço de vidro
Que reflecte a imagem oferecida –
A água deixa chegar até nós
O que somos, o que vemos.
Assim, o poeta.
Assim, os olhos do poeta.
O que vê, o que sente,
É como que um reflexo iluminado
Que nos toca.
Nos olhos do poeta,
Como num rio em repouso,
Encontramos o Arco-Íris
Das coisas que nos rodeiam.
quinta-feira, agosto 23, 2007
Citação do dia
Miguel Torga
Citação daqui
quarta-feira, agosto 22, 2007
Provérbios
In Tomás Lourenço, Provérbios Pós-Modernos, Âncora Editora
terça-feira, agosto 21, 2007
Dixit
João Miguel Tavares
RADARES DE LISBOA: E NÃO SE PODE EXTERMINÁ-LOS?
Diário de Notícias, 21.08.2007
E sobre isto, Sua Excelência o Presidente da República nada tem a dizer?
(…) Quase 156 mil indivíduos integram o escalão de rendimento salarial inferior a 310 euros, um valor inferior ao Salário Mínimo Nacional, que se situa actualmente nos 403 euros.
O número de pessoas a receber menos que o SMN é superior aos trabalhadores por conta de outrem que auferem mais de 2.500 euros mensalmente (19,3 mil recebem entre 2.500 e 3.000 euros e 26,7 mil recebem mais de 3.000 euros). (…)»
Sol, 21.08.2007
Pensamentos subversivos (XXXII)
segunda-feira, agosto 20, 2007
O vento traz a sua mensagem
O vento traz a sua mensagem.
Silenciem das bocas as glórias tamanhas,
De quem nos iniciou nesta viagem.
Parem o trigo, não há moagem,
Calquem as uvas, não há vindima,
O vento traz a sua mensagem.
Dos heróis escondam a coragem,
Segurem os poetas, alcancem a rima,
O vento traz a sua mensagem.
(In “Caminhando”, Suplemento de “A Chama”, Olivais Sul, 1983)
domingo, agosto 19, 2007
sexta-feira, agosto 17, 2007
Outros olhares
Exalta
Escultura em bronze fundido, 18 x 18 x 27 cm, 8,5 Kg
Special Gold Medal – Canadá
Imagem daqui
quinta-feira, agosto 16, 2007
É pá, um destes dias dei por mim a olhar lá para baixo, para a praia
A estrada era basicamente igual à de outrora, o que, na verdade, pouco abonará aos responsáveis políticos que passam a vida a enaltecer o seu trabalho. Pelo menos pelas amostras noticiosas que se nos entram pelos olhos e ouvidos.
Lá em baixo, no final do betuminoso (como hoje se diz), a mesma terra batida em poeiras mais ou menos transitáveis. Ao longo do tempo, o mesmo vazio de coisas feitas, com excepção de meia dúzia (literalmente) de casitas que foram abaixo, por ordem de uns quantos com anseios ambientalistas.
Ao olhar lá para baixo, senti uma vontade louca de voltar para trás. É que os tempos são outros. E, para o caso, não importa mesmo se melhores ou piores. São outros e basta. Fatal e seguramente.
Há uns anos, aqui cheguei, depois de quase uma manhã de viagem. Vinha de longe, ali para os lados dos Olivais, em Lisboa. Há uns anos, vim de autocarro, de barco e de camioneta da carreira. Era giro e divertido, para todos nós, que, jovens e inconscientes, sabíamos arriscar uma aventura nas nossas vidas pacatas e sem história. E ao olhar lá para baixo, a imensidão era feita de areia e mar, pincelada com pontos, poucos, de gente.
A propósito, ou talvez não, não importa, a história viria então com olhares novos, sentimentos novos, palavras novas, gestos novos, cantos novos. Liberdades novas, que era, na verdade, o mais importante. Coisas da vida, enfim.
Ao olhar lá para baixo, senti, na verdade, uma vontade louca de voltar para trás. É que a fila de carros não se mexe e no areal que se vislumbra quase já não há areia que se veja. Embora de mar, o infinito ainda se vista.
Provérbios
In Tomás Lourenço, Provérbios Pós-Modernos, Âncora Editora
quarta-feira, agosto 15, 2007
terça-feira, agosto 14, 2007
Parece que o meu Benfica, hoje, jogou
A meia hora do final da partida, e porque o meu coração já não é o que era, mudei de canal. Porque masoquista não tenho intenção de ser.
Parece que o meu Benfica estava a jogar. Parece. Só que na terceira das únicas velocidades do seu jogo actual: lento, muito lento, parado.
De facto, se calhar, Fernando Santos é que é verdadeiramente Engenheiro. A outra coisa é que parece não ser.
No meio disto tudo, interessa olhar o resultado? No meio disto tudo, apetece perguntar se quererão mesmo seguir em frente.
À volta da Volta
João Miguel Tavares
UM BEIJINHO NA BOCHECHA DO CICLISTA VENCEDOR
Diário de Notícias, 14.08.2007
segunda-feira, agosto 13, 2007
Passamentos
Passam os meses
Passam os dias
Passam as horas
Passam os minutos
Passam os caminhos
Passam as estradas
Passam as aldeias
Passam as vilas
Passam as cidades
Passam as ruas
Passam as vielas
Passam as praças
Passam as mãos
Passam as pernas
Passam os rostos
Passam os braços
Passam os pés
Passam os olhos
Passam os ouvidos
Passam os lábios
Passam os momentos
Passam os agoras
Passam os depois
Passam os enquantos
Passam os durantes
Passam os amores
Passam os desamores
Passam os ódios
Passam os desprezos
Passam os quereres
Passam os esqueceres
Passam os desgostos
Passam as alegrias
Passam os sofrimentos
Passam as agonias
Passam os sentimentos
Passo eu
Passas tu
Passa ele
Passam todos
Passam os que querem
Passam os que não querem
E ninguém fica
domingo, agosto 12, 2007
"Meditabundando"
Ter suficiente domínio sobre si mesmo para julgar os outros em comparação consigo e agir em relação a eles como nós quereríamos que eles agissem para connosco é o que se pode chamar a doutrina da humanidade; nada há mais para além disso. Se não se tem um coração misericordioso e compassivo, não se é um homem; se não se têm os sentimentos da vergonha e da aversão, não se é um homem; se não se têm os sentimentos da abnegação e da cortesia, não se é um homem; se não se tem o sentimento da verdade e do falso ou do justo e do injusto, não se é um homem. Um coração misericordioso e compassivo é o princípio da humanidade; o sentimento da vergonha e da aversão é o princípio da equidade e da justiça; o sentimento da abnegação e da cortesia é o princípio do convívio social; o sentimento do verdadeiro e do falso ou do justo e injusto é o princípio da sabedoria. Os homens têm estes quatro princípios, do mesmo modo que têm quatro membros.
Confúcio, in 'A Sabedoria de Confúcio'
Citação daqui
sábado, agosto 11, 2007
Ops! Será que me enganei?
Sol, 11.08.2007
sexta-feira, agosto 10, 2007
No reino do faz de conta [Ou: o cúmulo da imbecilidade]
Rita Egídio
Destak, 10.08.2007
quinta-feira, agosto 09, 2007
"Meditabundando"
Devido ao homem ter tendência para ser parcial para com aqueles a quem ama, injusto para com aqueles a quem odeia, servil para com os seus superiores, arrogante para com os seus inferiores, cruel ou indulgente para com os que estão na miséria ou na desgraça, é que se torna tão difícil encontrar alguém capaz de exercer um julgamento perfeito sobre as qualidades dos outros.
Confúcio, in 'A Sabedoria de Confúcio'
Citação daqui
quarta-feira, agosto 08, 2007
Pensamentos subversivos (XXXI)
Eles lá sabem porque se dão tão bem…
Diário de Notícias, 08.08.2007
terça-feira, agosto 07, 2007
Até que enfim!
Mas não sem os livros, as novas, as caminhadas, as modorras semi-dormidas.
Creio bem que vão ser alguns dias bem saborosos. Pelo menos sem “minhoquices” a encher a cabeça.
Mas como não há bela sem senão, apenas um enquistado problemazito poderá toldar esta luminosidade que se desfruta. Mas nada que não se resolva, nem que seja com um cortezito bem certeiro.
domingo, agosto 05, 2007
sábado, agosto 04, 2007
Os deuses devem estar loucos…
Expresso, 04.08.2007
sexta-feira, agosto 03, 2007
Enganos e enganos (2)
Nem vale a pena dizer mais nada, a não ser relembrar o que escrevi aqui, em 18.04.2006.“Autoridades britânicas mentiram
O chefe da unidade anti-terrorismo da polícia britânica mentiu aos seus superiores no caso do brasileiro morto em 2005, concluiu um relatório hoje divulgado pela Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC).”
Sol, 03.08.2007
quinta-feira, agosto 02, 2007
Momentos íntimos (VII)
Desejamos a maior parte das vezes o que não podemos
E podemos quase sempre o que não necessitamos
O meu tempo é o tempo dos que não conhecem o tempo