sexta-feira, novembro 30, 2007
quinta-feira, novembro 29, 2007
E porque não pegar nele e ler?
O Asno de Ouro
Lucius Apuleius
Edição Amigos do Livro
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Lucius, o protagonista, dirige-se a Tessália para resolver um assunto de família.
Esta “viagem” vai progredindo de história em história, levando-nos, afinal, ao encontro da própria história.
Neste caminhar, por força da procura incessante do desconhecido, a natureza transforma-se. É que, quando pensamos descobrir o desejado, acabamos tão-somente por encontrar a nossa própria fraqueza, a nossa própria pequenez, a nossa própria ignorância.
É, então, tempo de iniciar o percurso da descoberta do ser perdido. E que está lá, à espera do ser desvendado.
E para que não deixemos de nos maravilhar, ou seja, para que não esqueçamos o essencial, somos levados através da história de Psiché (ou Psique) e de Cupido, o imortal que se apaixona por uma mortal. Os opostos que se atraem, se completam.
- O autor: «Lucius Apuleius, escritor latino (Madaura, atual Argélia, c. 125 - Cartago, c. 180).
Estudou em Roma e Atenas. Casado com uma viúva rica, foi acusado pelos parentes de sua esposa de haver utilizado magia para obter seu amor. Defendeu-se através de uma célebre Apologia, que se conservou até nossos dias.
Sua obra mais famosa é Metamorphoseon Libri XI (Onze livros de metamorfose), mais conhecida como O asno de ouro
Apuleio escreveu também: Floridas (fragmentos de discursos) e De Deo Socratis.»
(Wikipedia)
Imagem daqui
Provérbios
In Tomás Lourenço, Provérbios Pós-Modernos, Âncora Editora
quarta-feira, novembro 28, 2007
Desabafamentos
Quando o tempo se quer com a calmaria de um dia de Outono, normalmente o ar que acabamos por respirar já nos traz o sabor dos dias mais agrestes. A sensação fresca das manhãs de Inverno.
E um dia acabamos mesmo por acordar ao som do vento da mudança. Ao som e ao sabor da nortada dos nossos dias
terça-feira, novembro 27, 2007
“REQUIEM POR ESMERALDA”
(…)
Por tudo isto, o melhor mesmo talvez seja atribuir a culpa à própria Esmeralda. A terrível e definitiva culpa de ter nascido. Alivie-se de uma vez a consciência de todos os intervenientes no processo, e que ela faça como na Canção Desnaturada de Chico Buarque - volte depressa para a escuridão do ventre da sua mãe, de onde, para descanso da nossa justiça, nunca deveria ter saído.»
João Miguel Tavares
Diário de Notícias, 27.11.2007
segunda-feira, novembro 26, 2007
Santa Paciência!
domingo, novembro 25, 2007
… de luva branca
Cirurgiões com sida podem operar
Correio da Manhã, 25.11.2007
sábado, novembro 24, 2007
sexta-feira, novembro 23, 2007
Dixit
Fernanda Câncio
A JUSTIÇA DO COZINHEIRO
Diário de Notícias, 23.11.2007
O homem é vivo…
Não se pode dizer que esta equipa não é criativa e não tem imaginação. A bem ou não de todos nós.
quinta-feira, novembro 22, 2007
A ler
- Porque nunca hablas? – Miguel Carvalho – A Devida Comédia [Visão]
- Democracia e fractura – Daniel Oliveira – [Arrastão]
quarta-feira, novembro 21, 2007
Uma prenda de Natal
E, no meio de tudo isto, o nosso colectivo vai continuando o seu caminho de consciência perfeitamente tranquila.
Já agora, é bom lembrar que os fariseus, à época, eram personagens escrupulosamente cumpridoras da lei. E houve alguém que, afinal, veio lembrar que isso, só por si, não chegava. Foi o que se viu. É o que continua a ver-se.
Pensamentos subversivos (LII)
terça-feira, novembro 20, 2007
A ler
- Ele fotocopiou, sim – Clara Ferreira Alves – [Expresso]
- Esquerda liberal, by Hilary – Ana Paula Garcês – [Diário Económico]
- A lista da ignorância – Daniel Oliveira – [Arrastão]
Animal Farm
Miguel Sousa Tavares
E aos costumes dizem nada
Expresso, 19.11.2007
segunda-feira, novembro 19, 2007
Reencontros
E olhou-me com os olhos molhados
De quem sabe o tempo e a distância.
Veio lá de longe, um dia, e ali ficou.
E voltou-se devagar e com as mãos abertas
De quem conhece a espera e o sentir.
Veio lá de longe e, um dia, partiu.
E cá dentro ficou a sensação serena
De quem aprendeu o futuro ainda presente.
domingo, novembro 18, 2007
Vale a pena ler
- A birra deontológica, Nuno Brederode Santos [Diário de Notícias]
- Um homem perigoso, Ricardo Costa [Diário Económico]
"Meditabundando"
Realmente, se um dia de facto se descobrisse uma fórmula para todos os nossos desejos e caprichos - isto é, uma explicação do que é que eles dependem, por que leis se regem, como se desenvolvem, a que é que eles ambicionam num caso e noutro e por aí fora, isto é uma fórmula matemática exacta - então, muito provavelmente, o homem deixaria imediatamente de sentir desejo.
Pois quem aceitaria escolher por regras? Além disso, o ser humano seria imediatamente transformado numa peça de um órgão ou algo do género; o que é um homem sem desejos, sem liberdade de desejo e de escolha, senão uma peça num órgão?
Fiodor Dostoievski, in "Cadernos do Subterrâneo"
Citação daqui
sábado, novembro 17, 2007
sexta-feira, novembro 16, 2007
Registe-se [e saúde-se]
Os diplomatas definem o momento como «histórico». Pela primeira vez, e depois de dezenas de tentativas falhadas, a Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução sobre uma Moratória contra o uso da pena de morte. A presidência portuguesa da União Europeia coordenou grande parte da acção
Sol, 16.11.2007
Dixit
Fernanda Câncio
SENHOR DOUTOR, DÁ LICENÇA QUE O CORPO SEJA MEU?
Diário de Notícias, 16.11.2007
quinta-feira, novembro 15, 2007
Pensamentos subversivos (LI)
Como para o mestre, para o discípulo também há:
– Deve-se?
– Não!
– Pode-se?
– Pode!
– Não está conforme a lei?
– Não!
– Então é-se penalizado?
– Não!
quarta-feira, novembro 14, 2007
Desabafamentos
Em momentos como estes, aqueles que estamos agora a viver, é preciso, sobretudo, ter bem presente diante de nós o que verdadeiramente é importante. Mais do que nunca, agora o que nos é pedido é que saibamos muito bem como é que queremos sair deste mar algo agitado.
É bom ter presente que acabar com qualquer coisa é bastante fácil. É, se calhar, o que melhor sabemos fazer. Mas continuar um projecto, levar em frente uma ideia, manter viva uma família, um grupo, uma comunidade, isso é que, as mais das vezes, é bem mais complicado, é bem mais difícil. Mas é, de certeza, o que temos de arriscar. Agora e sempre. Sem medos e com convicção. Muitas vezes com hesitações, com tropeções, com falhanços, é certo. Mas sempre, sempre, com vontade de re-começar. Em cada dia, de novo.
Pensamentos subversivos (L)
Cá por mim, eu gosto é de pão. Seja ele qual for. Do Alentejo, de Mafra, de centeio, de milho. Ou melhor, ainda, o que a minha avó fazia aqui há algum tempo. Delícia (sobretudo quando acabado de sair do forno, bem barrado com azeite e açúcar…) que consumíamos sem contar os dias de arca com linho.
terça-feira, novembro 13, 2007
"Meditabundando"
Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três cousas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos. Que cousa é a conversão de uma alma, senão entrar um homem dentro em si e ver-se a si mesmo? Para essa vista são necessários olhos, é necessário luz e é necessário espelho. O pregador concorre com o espelho, que é a doutrina; Deus concorre com a luz, que é a graça; o homem concorre com os olhos, que é o conhecimento. Ora suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende destes três concursos: de Deus, do pregador e do ouvinte, por qual deles devemos entender que falta? Por parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por parte de Deus?
Padre António Vieira, in 'Sermões Escolhidos (Sermão da Sexagésima)'
Citação daqui
segunda-feira, novembro 12, 2007
Dixit
Miguel Sousa Tavares
Fantasma de S. Bento
Expresso, 12.11.2007
domingo, novembro 11, 2007
Q’A G’ANDA DEFINIÇÃO!
Ferreira Fernandes
AFINAL SEMPRE HÁ UM PAÍS À VOLTA
Diário de Notícias, 11.11.2007
sábado, novembro 10, 2007
Coisas da vida
sexta-feira, novembro 09, 2007
Boa explicação
O mafioso não pode trair a mulher, não por respeito, D. Aurora, mas porque o rancor da mulher enganada é uma ameaça para a Cosa Nostra. O mundo é mais linear do que parece.»
Ferreira Fernandes
A MORAL EXPLICADA PELA MÁFIA
Diário de Notícias, 9.11.2007
quarta-feira, novembro 07, 2007
terça-feira, novembro 06, 2007
Sentimentos grilados
“Há um grilo cantante que agora oiço ao sol quando atravesso a Praça do Município”, disse-me. E, mais à frente, convicto e excitado: “O bichinho é resistente. E canta que se desunha em toda a manhã. Já o ouvi a várias horas...”
Não querem lá ver que o meu amigo Zé estava apaixonado. E, caso bem curioso, apaixonado por um grilo.
Nos dias seguintes, para além das considerações esgrimidas sobre a actualidade ali do burgo, lá vinha sempre, com a emoção do sentir enternecido, uma palavra mais apertada sobre a vida daquele que ocupava aquele lugar que nos causa a emoção que descobrimos da vida.
E eu, que aprecio cada vez mais todos aqueles que são capazes de se apaixonarem, seja lá pelo que for, lá me ia habituando àquele ‘grilar’ entusiasmado. Já me vai, aliás, parecendo as mais das vezes que, se calhar, este mundo, ou esta vida, ou este estarmos em conjunto, ou esta viagem feita aventura pelo tempo, só vai valendo a pena para [e com] aqueles que ainda vão sendo capazes de se irem deixando apaixonar. Seja lá pelo que for, não importa.
Mesmo que, depois de tempo, um dia, o meu amigo Zé me tenha surgido, também pela manhã de um dia já não tão quente de Outono, com a voz mais grave a dizer: “Já agora: desapareceu o grilo cantante da Praça do Município. Será que algum humano o descobriu e...? Espero que não, que tenha ido embora porque de noite está frio”.
segunda-feira, novembro 05, 2007
Citação do dia
Alain, pseud. de Émile-Auguste Chartier
Ensaísta/Filósofo, França, 1868-1951
Citação daqui
domingo, novembro 04, 2007
Desejos de gente boa
Leve por diante a sua iniciativa e não se coíba de confrontar esse "analfabetismo" arquitectónico de hoje com a traça milenar ou centenária, lusa, ribeirinha, que caracteriza a nossa Lisboa. Os seus habitantes saberão fazer as respectivas apreciações.
Não se esqueça que as "Sete-Colinas" constituem um símbolo de perfeição.»
J Faustino, [ABÉCULA]
sábado, novembro 03, 2007
Gostei [pelo menos deste trecho], de ler
Por mim, nos dias 1 e 2 de Novembro - os dias em que as nossas sociedades científico- -técnicas, que fizeram da morte tabu, permitem a visita dos mortos -, coloco um CD com o Requiem Alemão de Brahms e outro com o Requiem de Mozart no leitor de CD, em homenagem aos meus pais, amigos e todos os mortos - poderão ser uns cem mil milhões. A música diz-nos o indizível: o que é existir simultaneamente no tempo e fora dele.»
Anselmo Borges
O MISTÉRIO DA MORTE E O SEU DEPOIS
Diário de Notícias, 03.11.2007
A ler
- “Escutas: Vemo-nos gregos para as controlar”, Luísa Meireles, [Jornalismo de Sargeta (Blog), Expresso]
- “A escola”, Daniel Oliveira, [Arrastão]
sexta-feira, novembro 02, 2007
Momentos íntimos
Novos tempos se levantam
No nosso momento breve.
No presente que saboreamos
Apenas re-descobrimos o mistério
Do que ainda acabará por chegar.
quinta-feira, novembro 01, 2007
Pobres sim, parvos…
Diário de Notícias, 01.11.2007
Dixit
Pedro Lomba
O FRACASSO DA ESCOLA PÚBLICA?
Diário de Notícias, 01.11.2007