Quase sempre deixamos que o caminho
Se perca na distância
E tardamos na jornada
Quase sempre permitimos a confusão
Na clareza que se espera
E tardamos na jornada
Quase semre nos ficamos e tornamos
Mudos, surdos e cegos
E tardamos na jornada
Quase sempre acabamos assim
Entardecidos na rota desconhecida
E tardamos na jornada
Quase sempre nos tardamos
Na vontade de chegar no tempo
E a jornada cumpre-se, mesmo assim
quinta-feira, outubro 30, 2008
quarta-feira, outubro 29, 2008
terça-feira, outubro 28, 2008
Crónica de nada
Há dias assim. Começamos as nossas andanças sem outro rumo que o não saber por onde ir. É como olhar em frente e somente se aperceber que apenas o vazio se realça.
Abrimos os olhos e nada enxergamos. Também mais parece que não queremos mesmo ver para além do que não se vê. E quando, por acaso, acabamos por descobrir que ainda somos capazes de ver alguma coisa, fechamos os olhos com a convicção que o que se vê não tem nada a ver connosco próprios.
Há dias assim. Em que apenas vamos descobrindo que de pequenos nadas se vão fazendo as nossas horas, os nossos dias.
Há dias assim. Em que apenas nos descobrimos no nada das coisas que acabam fatalmente por não acontecer.
Abrimos os olhos e nada enxergamos. Também mais parece que não queremos mesmo ver para além do que não se vê. E quando, por acaso, acabamos por descobrir que ainda somos capazes de ver alguma coisa, fechamos os olhos com a convicção que o que se vê não tem nada a ver connosco próprios.
Há dias assim. Em que apenas vamos descobrindo que de pequenos nadas se vão fazendo as nossas horas, os nossos dias.
Há dias assim. Em que apenas nos descobrimos no nada das coisas que acabam fatalmente por não acontecer.
segunda-feira, outubro 27, 2008
Revelações
Por mais que o queiramos esconder
Há sempre um sentimento latente
Que se liberta e autonomiza
E quando menos damos por isso
Quando já nem queremos mesmo saber
O inesperado revela-se à nossa frente
Há sempre um sentimento latente
Que se liberta e autonomiza
E quando menos damos por isso
Quando já nem queremos mesmo saber
O inesperado revela-se à nossa frente
domingo, outubro 26, 2008
“HAIKU” [XXXIII]
Um monte nevado
E outro monte sem neve
Parecem à mesma altura.
INAHATA TEIKO (n. 1931)
E outro monte sem neve
Parecem à mesma altura.
INAHATA TEIKO (n. 1931)
sábado, outubro 25, 2008
terça-feira, outubro 21, 2008
domingo, outubro 19, 2008
sábado, outubro 18, 2008
sexta-feira, outubro 17, 2008
quinta-feira, outubro 16, 2008
Inquietações
Quando as palavras se tomam em demasia
Quase sempre ficam os conceitos por dizer
Nem sempre o falar, como falam os faladores
Significa conversar
Quase sempre ficam os conceitos por dizer
Nem sempre o falar, como falam os faladores
Significa conversar
quarta-feira, outubro 15, 2008
Momentos íntimos
Se muitas vezes somos confrontados no espelho da vida
Dúvidas constantes
Descobrimos que o nosso tempo é o tempo da certeza da espera
Dúvidas constantes
Descobrimos que o nosso tempo é o tempo da certeza da espera
terça-feira, outubro 14, 2008
segunda-feira, outubro 13, 2008
“HAIKU” [XXXII]
Cigarras da tarde –
Rostos que passam e cruzam
Sem dizer palavra.
ISHIBASHI HIDENO (1909-1947)
Rostos que passam e cruzam
Sem dizer palavra.
ISHIBASHI HIDENO (1909-1947)
sábado, outubro 11, 2008
Divagações [5]
Nas ondas do mar
Vagueiam os meus anseios
Nas ondas do mar
Confundem-se os meus sentimentos
Nas ondas do mar
Revelam-se os meus sonhos
Vagueiam os meus anseios
Nas ondas do mar
Confundem-se os meus sentimentos
Nas ondas do mar
Revelam-se os meus sonhos
quinta-feira, outubro 09, 2008
Cantiga para um herói apressado
Mesmo antes de chegar se ouvem
As trombetas a anunciar o já desvendado
Chega sempre em alaridos cacofónicos
Que duram apenas a brevidade da poeira
Nas chegadas rápidas e sonoras
Antecipa com mestria a partida súbita
A sua hora é a hora da pressa
O seu tempo a azáfama de não estar
A sua coroa é a do espectáculo permanente
Que se esfuma na história que não aprende
As trombetas a anunciar o já desvendado
Chega sempre em alaridos cacofónicos
Que duram apenas a brevidade da poeira
Nas chegadas rápidas e sonoras
Antecipa com mestria a partida súbita
A sua hora é a hora da pressa
O seu tempo a azáfama de não estar
A sua coroa é a do espectáculo permanente
Que se esfuma na história que não aprende
terça-feira, outubro 07, 2008
Momentos íntimos
Estranhos sentimentos me trouxeram quando chegaram
Perfeitos desconhecidos
Na minha cidade abalaram certezas talvez impostas
Perfeitos desconhecidos
Na minha cidade abalaram certezas talvez impostas
Subscrever:
Mensagens (Atom)