O Wilson foi-se embora. Partiu. Deixou-nos.
O Wilson foi-se embora como tinha chegado. Há cerca de sete meses. Em silêncio. No silêncio dos que da vida apenas conhecem o estarem. No silêncio em que se ouve apenas o bater do coração.
Há cerca de sete meses, o Wilson chegou a casa dos seus pais. Vinha com a alegria feita esperança de dádiva divina.
Mas a juventude dos seus pais, nos seus trinta e muito poucos anos, depressa descobriu que o silêncio da chegada mais não era do que o silêncio da vida que não podia manifestar-se em plenitude.
Mas a juventude dos seus pais revelou-se grande na força gerada no combate desigual e, fatalmente, inglório.
Mas a juventude dos seus pais manifestou-se bem madura na coragem, na perseverança, na teimosia, na vontade de lutar. Mesmo que da luta apenas resultasse a vontade de lutar.
Hoje não é tempo de perguntar o que é que o Wilson veio cá fazer neste tão curto espaço de tempo. Não é tempo de perguntar porque nos veio visitar e depois tão depressa partir. Visita súbita e furtiva. Hoje não é tempo de porquês. Esses, hoje, não são importantes. Pelo menos para mim.
Hoje é tempo de dizer ao Wilson que, apesar da brevidade da sua visita, gostei mesmo de o ter conhecido. Que, apesar de apenas nos termos encontrado no silêncio da dor da dúvida, valeu a pena tê-lo encontrado no meu caminho pela vida.
Hoje é tempo de olhar os meus primos, os pais do Wilson, e com eles estar. Com eles continuar a arriscar a vida, mesmo que dela às vezes, como aconteceu também com o meu irmão António, apenas nos fique o sabor amargo da derrota. E do desânimo.
O Wilson foi-se embora. Partiu. Deixou-nos. Para onde foi, não o sei. Nem, se calhar, é importante, agora.
Hoje, perante o branco do seu esquife, apenas quero dizer ao meu pequeno primo Wilson, utilizando as palavras do meu irmão Nelo: “Até um dia priminho!”
O Wilson foi-se embora como tinha chegado. Há cerca de sete meses. Em silêncio. No silêncio dos que da vida apenas conhecem o estarem. No silêncio em que se ouve apenas o bater do coração.
Há cerca de sete meses, o Wilson chegou a casa dos seus pais. Vinha com a alegria feita esperança de dádiva divina.
Mas a juventude dos seus pais, nos seus trinta e muito poucos anos, depressa descobriu que o silêncio da chegada mais não era do que o silêncio da vida que não podia manifestar-se em plenitude.
Mas a juventude dos seus pais revelou-se grande na força gerada no combate desigual e, fatalmente, inglório.
Mas a juventude dos seus pais manifestou-se bem madura na coragem, na perseverança, na teimosia, na vontade de lutar. Mesmo que da luta apenas resultasse a vontade de lutar.
Hoje não é tempo de perguntar o que é que o Wilson veio cá fazer neste tão curto espaço de tempo. Não é tempo de perguntar porque nos veio visitar e depois tão depressa partir. Visita súbita e furtiva. Hoje não é tempo de porquês. Esses, hoje, não são importantes. Pelo menos para mim.
Hoje é tempo de dizer ao Wilson que, apesar da brevidade da sua visita, gostei mesmo de o ter conhecido. Que, apesar de apenas nos termos encontrado no silêncio da dor da dúvida, valeu a pena tê-lo encontrado no meu caminho pela vida.
Hoje é tempo de olhar os meus primos, os pais do Wilson, e com eles estar. Com eles continuar a arriscar a vida, mesmo que dela às vezes, como aconteceu também com o meu irmão António, apenas nos fique o sabor amargo da derrota. E do desânimo.
O Wilson foi-se embora. Partiu. Deixou-nos. Para onde foi, não o sei. Nem, se calhar, é importante, agora.
Hoje, perante o branco do seu esquife, apenas quero dizer ao meu pequeno primo Wilson, utilizando as palavras do meu irmão Nelo: “Até um dia priminho!”
3 comentários:
É um momento triste, amigo Zé Maria. A você e a toda a sua família apresento as minhas sinceras condolências.
Um forte abraço.
Meu Caro Zé Maria:
Lamento que o meu primeiro comentário Nesta Casa seja a propósito de um tal momento de dor. Acredite-me que é com toda a sinceridade que me associo aos sentimentos de Quem já considero um Amigo.
Abraço apertado.
Não queria deixar de agradecer aos amigos Armando e Paulo pelas palavras solidárias e amigas que aqui manifestaram.
De facto, são os amigos (visíveis ou não) que nos ajudam a continuar.
Um grande abraço aos dois
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