segunda-feira, dezembro 31, 2007
domingo, dezembro 30, 2007
É d’Homem!
- No ano de 2008 tem de acabar a ‘Operação Furacão’. Vai ser o ano do fim do processo dos voos da CIA, do julgamento da Casa Pia e outros. Os poucos prazos que anunciei até hoje cumpriram-se.
- É um ano [2008] muito importante! As pessoas estão à espera de resultados e têm todo o direito de pedir contas. O que não pode pensar o sindicato do Ministério Público, ou quem quer que seja, é que o poder político não tem o direito de inquirir o procurador sobre a Justiça. Tem todo o direito. O Presidente da República e o primeiro-ministro têm todo o direito de perguntar ao procurador como vai a Justiça do País. É natural que queiram resultados e que eles venham a aparecer. É preciso sair do impasse em que a justiça se encontra.»
Pinto Monteiro, Procurador-geral da República
Entrevista [excertos] ao Correio da Manhã, 30.12.2007
sábado, dezembro 29, 2007
Ler os outros
Inês Pedrosa
Regresso ao futuro
Expresso, 29.12.2007
sexta-feira, dezembro 28, 2007
Os deuses devem mesmo estar loucos… [Ou: Para acabar o ano em beleza]
Público, 28.12.2007
Dixit
Carlos Marques de Almeida
“Música no coração”
Diário Económico, 28.12.2007
quinta-feira, dezembro 27, 2007
Balanços…
Pedro Lomba
UM ANO IMPOLÍTICO
Diário de Notícias, 27.12.2007
quarta-feira, dezembro 26, 2007
terça-feira, dezembro 25, 2007
segunda-feira, dezembro 24, 2007
Poema de Natal
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinicius de Moraes
Encontrado aqui
domingo, dezembro 23, 2007
Poema de Natal
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga
Antologia Poética
Coimbra, Ed. do Autor, 1981
Encontrado aqui
sábado, dezembro 22, 2007
Os “mas” do costume
O que está em causa, o que conta verdadeiramente, o que deveria ser levado em conta é tão-somente o PRINCÍPIO. Não o valor das coisas, que raio!
sexta-feira, dezembro 21, 2007
Momentos íntimos
Bateste-me à porta.
De mansinho
Eu t’a abri
E de mansinho
A estrada foi sendo
Caminhada
quinta-feira, dezembro 20, 2007
Na verdade, gostei de ler
Há dois meses que nos incitam a "brincar ao Natal", agora definitivamente transformado num entrudo pelo marketing desenfreado da sociedade de consumo. Só vejo o velho vermelhusco, o seu trenó e as suas renas, sinos, fitas e bolas, pinheiros de todos os tamanhos, comida e presentes. Uma sociedade infantilizada parece querer fugir de qualquer espiritualidade, recusar qualquer dimensão transcendental. Onde está, então, o Menino, a razão única desta efeméride, quer se acredite quer não, na sua divindade?»
Maria José Nogueira Pinto
ONDE ESTÁ O MENINO?
Diário de Notícias, 20.12.2007
Não resisto a colocar aqui [Sem mais palavras, obviamente…]
Sol, 20.12.2007
Momentos íntimos
Sulcos na areia da vida
E os meus pés são como formigas
Minúsculos obreiros da eternidade
quarta-feira, dezembro 19, 2007
terça-feira, dezembro 18, 2007
É bom irmos pensando bem nas coisas, porque qualquer dia…
João Miguel Tavares
O CAPUCHINHO VERMELHO CORRE RISCO DE DESEMPREGO
Diário de Notícias, 18.12.2007
Dixit
Miguel Sousa Tavares
O circo
Expresso, 17.12.2007
segunda-feira, dezembro 17, 2007
E mais não digo
Henrique Monteiro
A lei estúpida e os partidos assassinados
Expresso, 17.12.2007
"Meditabundando"
Platão comparava a vida a um jogo de dados, no qual devêssemos fazer um lance vantajoso e, depois, bom uso dos pontos obtidos, quaisquer que fossem. O primeiro item, o lance vantajoso, não depende do nosso arbítrio; mas receber de maneira apropriada o que a sorte nos conceder, assinalando a cada coisa um lugar tal que o que mais apreciamos nos cause o maior bem e o que mais aborrecemos o menor mal – isso nos incumbe, se formos sensatos. Os homens que defrontam a vida sem habilidade ou inteligência são como enfermos que não podem tolerar nem o calor nem o frio; a prosperidade exalta-os e a adversidade desalenta-os. São perturbados por uma e por outra, ou melhor, por si próprios, numa ou noutra, não menos na prosperidade que na adversidade.
Teodoro, chamado o Ateu, costumava dizer que oferecia os seus discursos com a mão direita, mas os seus ouvintes recebiam-nos com a esquerda; os ignaros frequentemente dão mostras da sua inépcia oferecendo à Fortuna uma recepção canhestra quando ela se apresenta de modo destro. Mas as pessoas sensatas agem como as abelhas, que extraem mel do tomilho, planta muito seca e azeda; similarmente, as pessoas sensatas muitas vezes obtêm para si algo de útil e aprazível das mais adversas situações.
Plutarco, in 'Do Contentamento'
Citação daqui
domingo, dezembro 16, 2007
sábado, dezembro 15, 2007
Dixit
Anselmo Borges
IGUALDADE DE OPORTUNIDADES PARA TODOS
Diário de Notícias, 15.12.2007
De boca aberta…
«Na região de Kerala, no Sul da Índia, um homem teve de ser internado no hospital de Pakakkadavu, ao contrair raiva.
O homem de 65 anos irritou-se com um cão que atacou os seus patos e lançou-se sobre o animal, envolvendo-se ambos numa luta corpo a corpo.
No embate, o cão, que se enfureceu contra o indiano, mordeu-o na mão, levando o homem a morder o animal no pescoço enquanto não viu a sua mão livre dos dentes do cão.
O animal estava infectado com raiva, e o homem teve de ser hospitalizado e, depois, transferido para uma unidade de saúde melhor apetrechada, a fim de ser tratado de forma eficaz.
Ao local acorreu uma multidão, que incentivou o confronto, só intervindo quando homem e animal se separaram, extenuados, e lincharam o cão.»
sexta-feira, dezembro 14, 2007
Uma boa notícia
Público, 14.12.2007
É obra!
Fernanda Câncio
LUÍS FILIPE MENEZES É LELÉ DA CUCA
Diário de Notícias, 14.12.2007
Provérbios
In Tomás Lourenço, Provérbios Pós-Modernos, Âncora Editora
quinta-feira, dezembro 13, 2007
E porque não pegar nele e ler?
Alexandre Gabriel, Eduardo Amarante, José Medeiros, Luís-Carlos Silva, Pinharanda Gomes, Rainer Daehnhardt, Sérgio Sousa-Rodrigues
Ed. Zéfiro
2ª Edição, 19 de Outubro de 2006
“Este livro toma como ponto de partida o Pergaminho de Chinon, um manuscrito encontrado na Biblioteca Secreta do Vaticano em 2002, que indicia um "perdão secreto" dado aos templários pela Igreja, em 1308 – um ano após a perseguição feita aos cavaleiros. (…)” (Da Contracapa)
Para além disso, os autores trazem-nos, ainda, mais algumas reflexões sobre o estudo do Templo. A história da Ordem, nomeadamente a sua continuação em Portugal, já como Ordem de Cristo. Como refere o Alvará Régio de D. Maria I, publicado em 1782: “Eu a Rainha. Faço saber aos que este Alvará virem: Que havendo sido instituída nestes Reinos a Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo pelo Senhor Rei D. Diniz em lugar da dos Templários, que se acabava de extinguir; (…)”
- «Perdoados, absolvidos em Chinon; depois acusados, contraditórios, afirmando e negando, de nada lhes valeu, pelo menos em termos de justiça terrestre, a absolvição de Chinon.»
Pinharanda Gomes - «Salvo a honra e o respeito que devo ao soberano pontífice e aos cardeais que atestam as confissões do (grão) mestre, eu não posso crer que ele tenha confessado os crimes de que a Ordem é falsamente acusada.»
Padre Barthélemy de La Tour
Imagem daqui
quarta-feira, dezembro 12, 2007
Se calhar até tem razão
Diário de Notícias, 12.12.2007
Outros olhares
Neptune and Amphitrite
1740 (completed), Lead
Bassin de Naptune, Versailles
Imagem daqui
terça-feira, dezembro 11, 2007
Pensamentos subversivos (LIV)
Pois é: o Primeiro o que faz é jogging…
Santana Lopes, no debate mensal, no Parlamento
Dixit
Henrique Monteiro
O dinheiro compra tudo?
Expresso, 10.12.2007
... [Se calhar sou eu que...]
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.
Maiakovski
(Poeta russo)
segunda-feira, dezembro 10, 2007
O homem até tem razão, o que é que querem?
Miguel Sousa Tavares
Expresso, 08.12.2007
domingo, dezembro 09, 2007
sábado, dezembro 08, 2007
Pingos
Caíam alguns pingos de água,
Originando uma cortina de fumo
Que se interpunha entre os meus olhos
E o que queria recordar.
Ao longe, uns faróis passavam, velozes,
Levando no seu interior
O calor de dois que se fundiam.
Neste passeio, branco e frio,
Dois vultos levando entre si
A desilusão que os cobria.
Um olhar triste passou,
Acordando em nós, momentaneamente,
Aquela vida que tivéramos
E que, lá longe, ainda nos aguarda.
Olhar triste, olhar quente.
Nesta rua, deserta e obscura,
Onde os pés nos levam, nos puxam,
Para o que não desejamos
– Mas que aguentamos –
Vejo-te à minha frente.
E mais uns pingos caem na calçada.
quinta-feira, dezembro 06, 2007
"Meditabundando"
O que sabemos, sabemo-lo afinal apenas para nós mesmos. Se falo com alguém daquilo que julgo saber, acontece que imediatamente ele supõe saber o assunto melhor que eu, e sou obrigado a regressar a mim mesmo com o meu saber. O que sei bem, sei-o apenas para mim. Uma palavra pronunciada por outro raramente constitui um estímulo. Na maior parte das vezes suscita contradição, paralisia ou indiferença.
Instruamo-nos primeiro a nós próprios e seremos depois capazes de receber instruções dos outros.
Em boa verdade aprendemos sempre em livros que não somos capazes de avaliar. O autor de um livro que fôssemos capazes de avaliar teria que aprender connosco.
Muitos há que têm orgulho no que sabem. Face ao que não sabem costumam ser arrogantes. No fundo só se sabe quando se sabe pouco. À medida que cresce o saber, cresce igualmente a dúvida.
Johann Wolfgang von Goethe, in "Máximas e Reflexões"
Citação daqui
quarta-feira, dezembro 05, 2007
AH! Já estávamos a ficar preocupados…
O personagem infantil Noddy não foi convidado para a Cimeira UE/África, mas a sua presença será constante ao longo das cinco sessões do espectáculo que decorrerá paredes-meias, em Lisboa, com a reunião dos líderes políticos dos dois continentes.
Sol, 05.12.2007
A ler
- O último leopardo – Baptista-Bastos – [Diário de Notícias]
- Regras e desemprego – Helena Garrido – [Diário Económico]
Dixit
Pedro Marques Pereira
Passivo incobrável
Diário Económico, 05.12.2007
terça-feira, dezembro 04, 2007
Outros olhares
British Museum, de Londres
Imagem daqui
segunda-feira, dezembro 03, 2007
Obrigatório [mesmo] ler
- Razões pelas quais desconfio da lei do tabaco – Henrique Monteiro – [Expresso]
Terceto espiritual
De Luz.
Aquela que nos traz a vida.
O meu amigo Zé falou-me
Do Vigia
Que assinala o escondido.
O meu amigo Zé falou-me
Da Vida.
Da Aurora ao Ocaso.
domingo, dezembro 02, 2007
A ler
- Fado Nosso – Nuno Brederode Santos – [Diário de Notícias]
- Cuidado com o bipartidarismo – Ricardo Costa – [Diário Económico]
sábado, dezembro 01, 2007
Dixit
Anselmo Borges
DEUS CONTRA DEUS?
Diário de Notícias, 01.12.2007
sexta-feira, novembro 30, 2007
quinta-feira, novembro 29, 2007
E porque não pegar nele e ler?
O Asno de Ouro
Lucius Apuleius
Edição Amigos do Livro
.
Lucius, o protagonista, dirige-se a Tessália para resolver um assunto de família.
Esta “viagem” vai progredindo de história em história, levando-nos, afinal, ao encontro da própria história.
Neste caminhar, por força da procura incessante do desconhecido, a natureza transforma-se. É que, quando pensamos descobrir o desejado, acabamos tão-somente por encontrar a nossa própria fraqueza, a nossa própria pequenez, a nossa própria ignorância.
É, então, tempo de iniciar o percurso da descoberta do ser perdido. E que está lá, à espera do ser desvendado.
E para que não deixemos de nos maravilhar, ou seja, para que não esqueçamos o essencial, somos levados através da história de Psiché (ou Psique) e de Cupido, o imortal que se apaixona por uma mortal. Os opostos que se atraem, se completam.
- O autor: «Lucius Apuleius, escritor latino (Madaura, atual Argélia, c. 125 - Cartago, c. 180).
Estudou em Roma e Atenas. Casado com uma viúva rica, foi acusado pelos parentes de sua esposa de haver utilizado magia para obter seu amor. Defendeu-se através de uma célebre Apologia, que se conservou até nossos dias.
Sua obra mais famosa é Metamorphoseon Libri XI (Onze livros de metamorfose), mais conhecida como O asno de ouro
Apuleio escreveu também: Floridas (fragmentos de discursos) e De Deo Socratis.»
(Wikipedia)
Imagem daqui
Provérbios
In Tomás Lourenço, Provérbios Pós-Modernos, Âncora Editora
quarta-feira, novembro 28, 2007
Desabafamentos
Quando o tempo se quer com a calmaria de um dia de Outono, normalmente o ar que acabamos por respirar já nos traz o sabor dos dias mais agrestes. A sensação fresca das manhãs de Inverno.
E um dia acabamos mesmo por acordar ao som do vento da mudança. Ao som e ao sabor da nortada dos nossos dias
terça-feira, novembro 27, 2007
“REQUIEM POR ESMERALDA”
(…)
Por tudo isto, o melhor mesmo talvez seja atribuir a culpa à própria Esmeralda. A terrível e definitiva culpa de ter nascido. Alivie-se de uma vez a consciência de todos os intervenientes no processo, e que ela faça como na Canção Desnaturada de Chico Buarque - volte depressa para a escuridão do ventre da sua mãe, de onde, para descanso da nossa justiça, nunca deveria ter saído.»
João Miguel Tavares
Diário de Notícias, 27.11.2007
segunda-feira, novembro 26, 2007
Santa Paciência!
domingo, novembro 25, 2007
… de luva branca
Cirurgiões com sida podem operar
Correio da Manhã, 25.11.2007
sábado, novembro 24, 2007
sexta-feira, novembro 23, 2007
Dixit
Fernanda Câncio
A JUSTIÇA DO COZINHEIRO
Diário de Notícias, 23.11.2007
O homem é vivo…
Não se pode dizer que esta equipa não é criativa e não tem imaginação. A bem ou não de todos nós.
quinta-feira, novembro 22, 2007
A ler
- Porque nunca hablas? – Miguel Carvalho – A Devida Comédia [Visão]
- Democracia e fractura – Daniel Oliveira – [Arrastão]
quarta-feira, novembro 21, 2007
Uma prenda de Natal
E, no meio de tudo isto, o nosso colectivo vai continuando o seu caminho de consciência perfeitamente tranquila.
Já agora, é bom lembrar que os fariseus, à época, eram personagens escrupulosamente cumpridoras da lei. E houve alguém que, afinal, veio lembrar que isso, só por si, não chegava. Foi o que se viu. É o que continua a ver-se.
Pensamentos subversivos (LII)
terça-feira, novembro 20, 2007
A ler
- Ele fotocopiou, sim – Clara Ferreira Alves – [Expresso]
- Esquerda liberal, by Hilary – Ana Paula Garcês – [Diário Económico]
- A lista da ignorância – Daniel Oliveira – [Arrastão]
Animal Farm
Miguel Sousa Tavares
E aos costumes dizem nada
Expresso, 19.11.2007
segunda-feira, novembro 19, 2007
Reencontros
E olhou-me com os olhos molhados
De quem sabe o tempo e a distância.
Veio lá de longe, um dia, e ali ficou.
E voltou-se devagar e com as mãos abertas
De quem conhece a espera e o sentir.
Veio lá de longe e, um dia, partiu.
E cá dentro ficou a sensação serena
De quem aprendeu o futuro ainda presente.
domingo, novembro 18, 2007
Vale a pena ler
- A birra deontológica, Nuno Brederode Santos [Diário de Notícias]
- Um homem perigoso, Ricardo Costa [Diário Económico]
"Meditabundando"
Realmente, se um dia de facto se descobrisse uma fórmula para todos os nossos desejos e caprichos - isto é, uma explicação do que é que eles dependem, por que leis se regem, como se desenvolvem, a que é que eles ambicionam num caso e noutro e por aí fora, isto é uma fórmula matemática exacta - então, muito provavelmente, o homem deixaria imediatamente de sentir desejo.
Pois quem aceitaria escolher por regras? Além disso, o ser humano seria imediatamente transformado numa peça de um órgão ou algo do género; o que é um homem sem desejos, sem liberdade de desejo e de escolha, senão uma peça num órgão?
Fiodor Dostoievski, in "Cadernos do Subterrâneo"
Citação daqui
sábado, novembro 17, 2007
sexta-feira, novembro 16, 2007
Registe-se [e saúde-se]
Os diplomatas definem o momento como «histórico». Pela primeira vez, e depois de dezenas de tentativas falhadas, a Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução sobre uma Moratória contra o uso da pena de morte. A presidência portuguesa da União Europeia coordenou grande parte da acção
Sol, 16.11.2007
Dixit
Fernanda Câncio
SENHOR DOUTOR, DÁ LICENÇA QUE O CORPO SEJA MEU?
Diário de Notícias, 16.11.2007
quinta-feira, novembro 15, 2007
Pensamentos subversivos (LI)
Como para o mestre, para o discípulo também há:
– Deve-se?
– Não!
– Pode-se?
– Pode!
– Não está conforme a lei?
– Não!
– Então é-se penalizado?
– Não!
quarta-feira, novembro 14, 2007
Desabafamentos
Em momentos como estes, aqueles que estamos agora a viver, é preciso, sobretudo, ter bem presente diante de nós o que verdadeiramente é importante. Mais do que nunca, agora o que nos é pedido é que saibamos muito bem como é que queremos sair deste mar algo agitado.
É bom ter presente que acabar com qualquer coisa é bastante fácil. É, se calhar, o que melhor sabemos fazer. Mas continuar um projecto, levar em frente uma ideia, manter viva uma família, um grupo, uma comunidade, isso é que, as mais das vezes, é bem mais complicado, é bem mais difícil. Mas é, de certeza, o que temos de arriscar. Agora e sempre. Sem medos e com convicção. Muitas vezes com hesitações, com tropeções, com falhanços, é certo. Mas sempre, sempre, com vontade de re-começar. Em cada dia, de novo.
Pensamentos subversivos (L)
Cá por mim, eu gosto é de pão. Seja ele qual for. Do Alentejo, de Mafra, de centeio, de milho. Ou melhor, ainda, o que a minha avó fazia aqui há algum tempo. Delícia (sobretudo quando acabado de sair do forno, bem barrado com azeite e açúcar…) que consumíamos sem contar os dias de arca com linho.
terça-feira, novembro 13, 2007
"Meditabundando"
Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três cousas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos. Que cousa é a conversão de uma alma, senão entrar um homem dentro em si e ver-se a si mesmo? Para essa vista são necessários olhos, é necessário luz e é necessário espelho. O pregador concorre com o espelho, que é a doutrina; Deus concorre com a luz, que é a graça; o homem concorre com os olhos, que é o conhecimento. Ora suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende destes três concursos: de Deus, do pregador e do ouvinte, por qual deles devemos entender que falta? Por parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por parte de Deus?
Padre António Vieira, in 'Sermões Escolhidos (Sermão da Sexagésima)'
Citação daqui
segunda-feira, novembro 12, 2007
Dixit
Miguel Sousa Tavares
Fantasma de S. Bento
Expresso, 12.11.2007
domingo, novembro 11, 2007
Q’A G’ANDA DEFINIÇÃO!
Ferreira Fernandes
AFINAL SEMPRE HÁ UM PAÍS À VOLTA
Diário de Notícias, 11.11.2007