terça-feira, julho 31, 2007
Estações do meu existir
Um dia
Um dia qualquer
De um Outono acolhedor
Souberam de mim
Um dia
Um dia qualquer
De uma Primavera debutante
Souberam do meu aprender
Um dia
Um dia qualquer
De um Verão intenso
Souberam do meu realizar
Um dia
Um dia qualquer
De um Outono tranquilo
Souberam do meu entardecer
Um dia
Um dia qualquer
De um Inverno austero
Souberam do meu partir
Um dia qualquer
De um Outono acolhedor
Souberam de mim
Um dia
Um dia qualquer
De uma Primavera debutante
Souberam do meu aprender
Um dia
Um dia qualquer
De um Verão intenso
Souberam do meu realizar
Um dia
Um dia qualquer
De um Outono tranquilo
Souberam do meu entardecer
Um dia
Um dia qualquer
De um Inverno austero
Souberam do meu partir
segunda-feira, julho 30, 2007
Ingmar Bergman já subiu a montanha
Partiu no mês em que tinha nascido, com 89 anos.
Fez parte, inegavelmente, do meu tempo, dos meus dias, dos meus momentos, do meu imaginário. Sobretudo, dos meus tempos de juventude.
Com ele, através das suas lentes, vivi Um Verão de Amor, degustei uns Morangos Silvestres e desvendei O Sétimo Selo.
Um homem capaz de nos oferecer Lágrimas e Suspiros, de certeza que “Morreu calma e docemente”, como disse a filha Eva Bergman.
Imagem daqui
Fez parte, inegavelmente, do meu tempo, dos meus dias, dos meus momentos, do meu imaginário. Sobretudo, dos meus tempos de juventude.
Com ele, através das suas lentes, vivi Um Verão de Amor, degustei uns Morangos Silvestres e desvendei O Sétimo Selo.
Um homem capaz de nos oferecer Lágrimas e Suspiros, de certeza que “Morreu calma e docemente”, como disse a filha Eva Bergman.
Imagem daqui
sábado, julho 28, 2007
Se é ele quem o afirma…
«Sem questionarmos a necessidade de algumas medidas impopulares, como a idade da reforma na função pública ou outras alterações na segurança Social, o Governo da República tem vindo a manifestar insensibilidade em relação a cidadãos desfavorecidos. (…)
a economia tarda a absorver os milhares de desempregados, enquanto continuam a falir empresas, que empurram para o desespero cidadãos com nome próprio e não simples números para o trabalho estatístico. Os funcionários públicos são humilhados como se eles próprios fossem responsáveis pelo excesso de funcionários públicos ou pela criação do seu posto de trabalho».
João Carlos Gouveia
[Presidente eleito do PS-Madeira, ao apresentar a sua Moção Política Global de Orientação Regional «Um compromisso para o futuro», durante os trabalhos do XIII Congresso Regional do PS-M]
In Sol, 28.07.2007
a economia tarda a absorver os milhares de desempregados, enquanto continuam a falir empresas, que empurram para o desespero cidadãos com nome próprio e não simples números para o trabalho estatístico. Os funcionários públicos são humilhados como se eles próprios fossem responsáveis pelo excesso de funcionários públicos ou pela criação do seu posto de trabalho».
João Carlos Gouveia
[Presidente eleito do PS-Madeira, ao apresentar a sua Moção Política Global de Orientação Regional «Um compromisso para o futuro», durante os trabalhos do XIII Congresso Regional do PS-M]
In Sol, 28.07.2007
Leituras do dia
1 – Aqui, não há crise que se note. Na verdade, há sectores da vida portuguesa (e, se calhar, não só) que estarão, na certa, bem mais perto dos deuses.
2 – Mas vejamos: o que o homem deveria dizer não era que uma lei é para ser cumprida por todos e em toda a parte?
3 – Quando falamos em emprego, em trabalho, não basta sentirmo-nos tranquilizados com os números que nos oferecem. É preciso urgentemente ver igualmente isto.
2 – Mas vejamos: o que o homem deveria dizer não era que uma lei é para ser cumprida por todos e em toda a parte?
3 – Quando falamos em emprego, em trabalho, não basta sentirmo-nos tranquilizados com os números que nos oferecem. É preciso urgentemente ver igualmente isto.
sexta-feira, julho 27, 2007
quinta-feira, julho 26, 2007
Cantiga de mal querer
Nem sempre aqueles que nos sorriem
E nos meneiam até à exaustão
Nos trazem a tranquila experiência da vida.
Nem sempre aqueles que usam e abusam da simpatia
E nos reverenciam com mesuras imensas
Nos trazem o sabor doce e ameno da existência
Nem sempre aqueles que se afirmam preocupados connosco
E nos mostram o seu respeito com a pompa do momento
Nos respondem aos nossos anseios e necessidades
Não poucas vezes a vida surpreende-nos
E vem lembrar-nos com a paciência do tempo
Que, afinal, nós homens, apenas somos
E porque apenas nos resta o verbo ser
Se calhar ainda nos deixamos encantar
Pelas sereias que cantam o ter, o parecer, o fingir
E nos meneiam até à exaustão
Nos trazem a tranquila experiência da vida.
Nem sempre aqueles que usam e abusam da simpatia
E nos reverenciam com mesuras imensas
Nos trazem o sabor doce e ameno da existência
Nem sempre aqueles que se afirmam preocupados connosco
E nos mostram o seu respeito com a pompa do momento
Nos respondem aos nossos anseios e necessidades
Não poucas vezes a vida surpreende-nos
E vem lembrar-nos com a paciência do tempo
Que, afinal, nós homens, apenas somos
E porque apenas nos resta o verbo ser
Se calhar ainda nos deixamos encantar
Pelas sereias que cantam o ter, o parecer, o fingir
quarta-feira, julho 25, 2007
Leituras do dia
1 - E ela ainda abre a boca?
2 - É bem verdade, se não é um deserto, porque é que fecham as coisas?
3 - Nos tempos que correm, sempre me habituei a já nada me espantar. Mas isto, sendo onde é, ó deuses, é a perversão total.
2 - É bem verdade, se não é um deserto, porque é que fecham as coisas?
3 - Nos tempos que correm, sempre me habituei a já nada me espantar. Mas isto, sendo onde é, ó deuses, é a perversão total.
Cantiga de bem-querer
Não sei porque te desejo
Não sei se me não queres
Sei que me sinto inquieto
Quando tu estás
E me sinto ardente
Se me tocas
Mesmo se ao de leve
Quando tu chegas
Os meus olhos não param
De acompanhar os teus passos
E se te perdes no caminho
Os meus pés descobrem
A aventura de encontrar-te
Quando tu partes
O meu tempo é sempre
Tempo de ausência
E se não regressas breve
O meu olhar
Fica retido no distante
Sei que me sinto preenchido
Quando tu estás
E percebo o meu desejo
Se me enlaças
E permaneces comigo
Não sei porque te desejo
Não sei se me não queres
Sei que te quero
Comigo
Não sei se me não queres
Sei que me sinto inquieto
Quando tu estás
E me sinto ardente
Se me tocas
Mesmo se ao de leve
Quando tu chegas
Os meus olhos não param
De acompanhar os teus passos
E se te perdes no caminho
Os meus pés descobrem
A aventura de encontrar-te
Quando tu partes
O meu tempo é sempre
Tempo de ausência
E se não regressas breve
O meu olhar
Fica retido no distante
Sei que me sinto preenchido
Quando tu estás
E percebo o meu desejo
Se me enlaças
E permaneces comigo
Não sei porque te desejo
Não sei se me não queres
Sei que te quero
Comigo
terça-feira, julho 24, 2007
E a Senhora da DREN ainda lá está?
«Caso DREN: ME arquiva processo de Charrua sem sanção
O processo disciplinar instaurado a Fernando Charrua foi arquivado pela ministra da Educação, que decidiu não aplicar qualquer sanção ao professor por considerar que o comentário que fez à licenciatura do primeiro-ministro se enquadra no direito à opinião.»
Diário Digital, 24.07.2007
O processo disciplinar instaurado a Fernando Charrua foi arquivado pela ministra da Educação, que decidiu não aplicar qualquer sanção ao professor por considerar que o comentário que fez à licenciatura do primeiro-ministro se enquadra no direito à opinião.»
Diário Digital, 24.07.2007
Dúvidas subversivas (XV)
Se alguém se “esquece” dos seus compromissos para com as “Finanças”, já sabe que lhe cairá “coima” em cima. Perante isto, também cairá “coima” sobre quem se “esqueceu”?
Pensamentos subversivos (XXX)
Olhando o título e lendo esta peça jornalística, das duas uma: ou sou eu que sou parvo, ingénuo, tonto, ou quem a fez, pelo contrário, é bem inteligente e cumpre eficazmente o seu papel.
segunda-feira, julho 23, 2007
Dá [mesmo] que pensar
«Quando vejo crianças mantidas em redomas, entregues a falsas palavras mansas, cenários virtuais, prendas de «não me chateies» e paciência de pacotilha, lembro-me da minha infância. Vadia. Perigosíssima, exposta. Capaz de me fazer feliz, até.»
Miguel Carvalho
A DEVIDA COMÉDIA, Infância
Visão, 20.07.2007
Miguel Carvalho
A DEVIDA COMÉDIA, Infância
Visão, 20.07.2007
sábado, julho 21, 2007
"Meditabundando"
Saber Negar
Nem tudo se há-de conceder, nem a todos. É tão importante quanto o saber conceder, e nos que mandam é consideração indispensável. Aí entra o modo. Mais se preza o não de alguns que o sim de outros, porque um não dourado satisfaz mais que um sim a seco. Há muitos que têm sempre um não na boca. Neles o não é sempre o primeiro, e, ainda que depois tudo venham a conceder, não se entende por que precedeu aquela primeira mágoa. Não deverão as coisas ser negadas de chofe: sorva-se aos tragos o desengano; nem se negue de todo, que seria desesperar a dependência. Que fiquem sempre alguns vestígios de esperança a temperar o amargor do negar. Que a cortesia encha o vazio do favor e que as boas palavras supram a falta das obras. O não e o sim são breves de dizer, e pedem muito pensar.
Baltasar Gracián y Morales, in 'A Arte da Prudência'
Citação daqui
Nem tudo se há-de conceder, nem a todos. É tão importante quanto o saber conceder, e nos que mandam é consideração indispensável. Aí entra o modo. Mais se preza o não de alguns que o sim de outros, porque um não dourado satisfaz mais que um sim a seco. Há muitos que têm sempre um não na boca. Neles o não é sempre o primeiro, e, ainda que depois tudo venham a conceder, não se entende por que precedeu aquela primeira mágoa. Não deverão as coisas ser negadas de chofe: sorva-se aos tragos o desengano; nem se negue de todo, que seria desesperar a dependência. Que fiquem sempre alguns vestígios de esperança a temperar o amargor do negar. Que a cortesia encha o vazio do favor e que as boas palavras supram a falta das obras. O não e o sim são breves de dizer, e pedem muito pensar.
Baltasar Gracián y Morales, in 'A Arte da Prudência'
Citação daqui
sexta-feira, julho 20, 2007
Motivos de preocupação
Despedimentos colectivos disparam
Os processos de despedimento colectivo concluídos no primeiro semestre de 2007 cresceram 90% face ao mesmo período de 2006. Já o número de empresas que decidiram iniciar processos deste tipo passou de 69 para 123.
Semanário Económico, 20.07.2007
Os processos de despedimento colectivo concluídos no primeiro semestre de 2007 cresceram 90% face ao mesmo período de 2006. Já o número de empresas que decidiram iniciar processos deste tipo passou de 69 para 123.
Semanário Económico, 20.07.2007
quinta-feira, julho 19, 2007
quarta-feira, julho 18, 2007
Eis-me aqui (IV)
Posso até nem ter razão
Posso até nem saber
Posso até nem falar
Posso até nem pensar
Posso até nem escutar
Posso até nem andar
Posso até nem ficar
Posso até ficar retido
Mesmo assim quero gritar
Eis-me aqui!
Posso até nem saber
Posso até nem falar
Posso até nem pensar
Posso até nem escutar
Posso até nem andar
Posso até nem ficar
Posso até ficar retido
Mesmo assim quero gritar
Eis-me aqui!
terça-feira, julho 17, 2007
segunda-feira, julho 16, 2007
Ontem lá tivemos as “intercalares” em Lisboa (2)
G’anda nóia!!
Ribeiro e Castro: 1 vereador - Paulo Portas: 0 vereador
Ribeiro e Castro: 1 vereador - Paulo Portas: 0 vereador
Ontem lá tivemos as “intercalares” em Lisboa
Como possível rescaldo ao que se passou ontem, quer-me cá parecer a mim que bem poderemos dizer que cerca de 320.000 de cidadãos de Lisboa (61,15 % dos cerca de 525.000 eleitores) se estiveram positivamente a marimbar [para ser simpático] para o futuro da sua própria cidade [quiçá, para o seu próprio].
Podem consultar-se aqui os resultados provisórios de ontem.
Podem consultar-se aqui os resultados provisórios de ontem.
domingo, julho 15, 2007
sábado, julho 14, 2007
E pronto: castiguem-se os jogadores e tudo vai continuar tranquilamente na santa paz do senhor
Perante o que se passou, é evidente que se devem tirar ilações. É evidente que os erros têm que ser reprimidos.Mundial sub-20 : Desacatos no jogo com o Chile vão ter consequências
FPF promete castigos
Correio da Manhã, 14.07.2007
Mas, mais uma vez me parece que vamos ficar pela rama, pela borda do alguidar. É que, se calhar, estas atitudes mais não são que corolários das “desculpas de mau pagador” pelos últimos desaires. Quando quem deveria ter cuidados redobrados com a maneira de encarar os desafios, apenas passa o tempo a queixar-ser dos outros, como se, afinal, o seu sucesso só não acontecesse por razões alheias (cabalas, perseguições, etc.), então não nos admiremos.
É que, se calhar, mais gente haverá que deveria andar a bater com a mão no peito.
sexta-feira, julho 13, 2007
quarta-feira, julho 11, 2007
“Casa roubada, trancas à porta”
«O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou ontem uma auditoria a todas as juntas médicas da Caixa Geral de Aposentações (CGA) e garantiu alterar a respectiva composição, passando as juntas a ser compostas só por médicos, sem qualquer representante da própria CGA.»
Correio da Manhã, 11.07.2007
É bem verdade, esta nossa maneira de ser de só depois de coisas como esta acontecerem, é que nos lançamos por aí de mãos no ar, a gritar “valham-nos os deuses!”.
E, normalmente, como é evidente, e para mal, pelo menos de alguns, há sempre alguém a pagar a factura.
E, normalmente, como é evidente, e para mal, pelo menos de alguns, há sempre alguém a pagar a factura.
Como é que diz que disse?
«(…) Neste panorama pouco animador, só a candidatura de Fernando Negrão contrasta fortemente com as outras. Inspira tranquilidade e confiança. Desde logo pela sua grande experiência política, autárcica (*) e profissional. (…)»
Vasco Graça Moura
escritor
Diário de Notícias, 11.07.2007
(*) Quererá dizer autárquica? ?!?!...
Vasco Graça Moura
escritor
Diário de Notícias, 11.07.2007
(*) Quererá dizer autárquica? ?!?!...
terça-feira, julho 10, 2007
Mas o que é que o rapaz anda cá a fazer?
«Achei um debate [dos 12 candidatos à CML, RTP1] um bocadinho chato. Se estivesse a ver televisão já tinha desligado há muito tempo»
Gonçalo da Câmara Pereira, cabeça de lista do Partido Popular Monárquico (PPM)
Sol, 10.07.2007
Gonçalo da Câmara Pereira, cabeça de lista do Partido Popular Monárquico (PPM)
Sol, 10.07.2007
segunda-feira, julho 09, 2007
Salmo
Estás tão perto de mim
Mas falta-me percorrer ainda tanto
Para Te encontrar.
Estás em meu redor
Mas meu coração está, ainda,
Demasiado fechado
Para que possas chegar.
Vem, peço-te.
E ajuda-me a abrir a porta
Para que possas habitar esta minha casa
Que, muitas vezes, se esquece do Teu Amor.
Mas falta-me percorrer ainda tanto
Para Te encontrar.
Estás em meu redor
Mas meu coração está, ainda,
Demasiado fechado
Para que possas chegar.
Vem, peço-te.
E ajuda-me a abrir a porta
Para que possas habitar esta minha casa
Que, muitas vezes, se esquece do Teu Amor.
domingo, julho 08, 2007
Tem mesmo piada [se é que se pode ainda ter piada]
«(…) Por exemplo à semelhança daqueles guetos que se vão criando por aí para os viciados em tabaco, devia criar-se, em todos os cafés, bares, restaurantes, discotecas e afins, zonas para os viciados em piadolas contra o Governo. (…)»
Alice Vieira, Escritora
Lei antipiada
Jornal de Notícias, 08.07.2007
Obrigatória a leitura completa aqui.
Alice Vieira, Escritora
Lei antipiada
Jornal de Notícias, 08.07.2007
Obrigatória a leitura completa aqui.
sábado, julho 07, 2007
Dixit
«Já se percebeu que os vigilantes, uns mais jovens do que outros, andam aí aos molhos. Claro que qualquer cidadão arguto já se adaptou à emergência. Precauções a tomar: olhar para trás antes de dizer o que quer que seja nem que pareça baixinho; só ter opiniões com pessoas íntimas cuja confiança tenha sido submetida a testes prévios e convenientemente duros; em situações de risco, optar sempre por acenar a cabeça embora de maneira a que não se perceba se é claramente sim ou evidentemente não. A linguagem é traiçoeira, mas o body language chega a ser menos seguro.»
Ana Sá Lopes
A POLÍCIA JUVENIL DOS MAUS COSTUMES PERSEGUE MARIAZINHA
Diário de Notícias, 07.07.2007
Ana Sá Lopes
A POLÍCIA JUVENIL DOS MAUS COSTUMES PERSEGUE MARIAZINHA
Diário de Notícias, 07.07.2007
A campanha do Público
Quer-me cá parecer que o jornal anda meio esquecido. E os outros? Por exemplo, e já agora, quem paga aos assessores de Ruben e de Carmona?«Lisboa: AR paga assessores de Costa e Sá Fernandes. Apesar de integrarem grupos parlamentares, alguns só colaboram na campanha eleitoral.»
Público [edição impressa], 07.07.2007
sexta-feira, julho 06, 2007
quinta-feira, julho 05, 2007
Curioso [ou, talvez, perigoso]
É evidente que isto não vai acabar com coisa nenhuma. A montante e a jusante, a berraria, a excitação, o nervosismo, os escrúpulos fervorosos, como não poderia deixar de ser, vão continuar.
Porque o que vai parecendo a cada vez mais gente é que existem por aí uns pequenos que pensam de vez em quando que são grandes e que se fazem ainda maiores com tiradas grandiloquentes.
Para não dizer que também andam por aí outros pequenos que fazem e dizem apenas o que julgam que os outros querem ouvir, ao sabor de algumas “modas” que apenas se fizeram para adormecer os demais.
Porque o que vai parecendo a cada vez mais gente é que existem por aí uns pequenos que pensam de vez em quando que são grandes e que se fazem ainda maiores com tiradas grandiloquentes.
Para não dizer que também andam por aí outros pequenos que fazem e dizem apenas o que julgam que os outros querem ouvir, ao sabor de algumas “modas” que apenas se fizeram para adormecer os demais.
Pensamentos subversivos (XXVIII)
Coisa deveras importante esta. Nada mais importante que isto, nos dias que correm.
Quando as manchetes, os títulos, os destaques são estes, cá para mim, é porque, afinal, Lisboa está bem e recomenda-se.
Quando as manchetes, os títulos, os destaques são estes, cá para mim, é porque, afinal, Lisboa está bem e recomenda-se.
quarta-feira, julho 04, 2007
Dixit
(…) As pessoas precisam de símbolos de destemor, porque desejam rever-se nessa espécie de silogismo que faz do exemplo uma criação da esperança. Cunhal, Soares, Sá Carneiro, Vasco Gonçalves, vivem nessa matriz. Podemos gostar, ou não, daquilo que foram ou ainda representam. Como diria o meu amigo Luís Pignatelli, boémio e poeta, eles conservavam a nudez de um bom verso que admite todas as rimas. Aceitaram as imprecações e as injúrias, a pressão dos dias e a convulsão de anos tumultuosos, mas nunca se esconderam. José Sócrates pertence à congregação de fugitivos cujos protótipos mais próximos podemos encontrar em António Guterres e em Durão Barroso. O destino que escolheram não resgata o seu absentismo nem acrescenta lustre à mediocridade das suas estaturas. (…)
Baptista-Bastos
“A METÁFORA DE BELARMINO”
Diário de Notícias, 04.07.2007
Baptista-Bastos
“A METÁFORA DE BELARMINO”
Diário de Notícias, 04.07.2007
A “Borracha” no livro da história
«George W. Bush considerou "excessivos" os 30 meses de prisão a que Lewis Libby, ex-chefe de gabinete do vice-presidente Dick Cheney, foi condenado em Junho por obstrução à justiça no caso da divulgação da identidade de uma agente da CIA. O Presidente dos EUA decidiu reduzir a pena a uma multa de 250 mil dólares e dois anos e meio de pena suspensa.»
Diário de Notícias, 04.07.2007
Diário de Notícias, 04.07.2007
Verdades do nosso tempo
“Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.”
George Orwell
Animal Farm, [O Triunfo dos Porcos]
terça-feira, julho 03, 2007
O que faz falta é explicar à malta
O Daniel Oliveira, no seu Arrastão, teve a excelente ideia de nos oferecer um texto de António Chora, coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa e operário naquela fábrica, sobre o acordo assinado naquela empresa. Tudo isto tendo em conta alguns comentários em defesa das propostas do Livro Branco para as leis laborais.
É obrigatória a leitura do texto completo. No entanto, deixa-se aqui, um pequeno excerto:
“Quem queira gerir as empresas e relacionar-se com os trabalhadores de uma forma inovadora e quem queira representar os trabalhadores de forma eficaz, tem de estar preparado para apresentar e receber propostas concretas e criativas que tenham como primeiro objectivo a manutenção dos postos de trabalho.
Infelizmente, esta é a cultura oposta à dos que, aplaudindo as propostas apresentadas no livro branco, não querem nem acordos nem negociações com os representantes dos trabalhadores das suas empresas. A cultura de imposição e da opacidade torna o modelo negocial que temos tido na Autoeuropa numa miragem. Não o usem, por isso, para fazer exactamente o oposto do que aqui temos conseguido.”
É obrigatória a leitura do texto completo. No entanto, deixa-se aqui, um pequeno excerto:
“Quem queira gerir as empresas e relacionar-se com os trabalhadores de uma forma inovadora e quem queira representar os trabalhadores de forma eficaz, tem de estar preparado para apresentar e receber propostas concretas e criativas que tenham como primeiro objectivo a manutenção dos postos de trabalho.
Infelizmente, esta é a cultura oposta à dos que, aplaudindo as propostas apresentadas no livro branco, não querem nem acordos nem negociações com os representantes dos trabalhadores das suas empresas. A cultura de imposição e da opacidade torna o modelo negocial que temos tido na Autoeuropa numa miragem. Não o usem, por isso, para fazer exactamente o oposto do que aqui temos conseguido.”
segunda-feira, julho 02, 2007
Poema em prosa
Mais do que eu poderia desejar, o que sinto nos dias que passam, é uma manifesta falta de vontade em percorrer o caminho que tenho a certeza me espera. Queira eu ou não queira.
Mais do que eu poderia imaginar, o que se manifesta à minha volta é uma verdadeira sensação de cansaço para avançar na estrada que sei estar à minha frente. Veja-a eu ou não veja.
Mais do que eu poderia querer, o que descubro nos tempos que respiro, é uma profunda sensação de ausência no tempo presente que alguns teimam em querer permanente. Quer eu esteja quer eu parta.
Mais do que eu poderia imaginar, o que se manifesta à minha volta é uma verdadeira sensação de cansaço para avançar na estrada que sei estar à minha frente. Veja-a eu ou não veja.
Mais do que eu poderia querer, o que descubro nos tempos que respiro, é uma profunda sensação de ausência no tempo presente que alguns teimam em querer permanente. Quer eu esteja quer eu parta.
domingo, julho 01, 2007
Silêncios
«(…) Mariazinha defende-se com o silêncio. O silêncio é um risco mínimo, mas em si também é um risco. Secretamente, Mariazinha teme que o seu silêncio possa vir a ser mal interpretado. "Em que é que estás tu a pensar?", disse-lhe um dia o chefe, sobrolho carregado, de processo disciplinar em punho para o outro gajo do lado que tinha afixado um papel jocoso no elevador. É verdade que há pessoas que, só de lhes olhar para a cara, percebe-se perfeitamente em no que estão a pensar. E podem estar a ter maus pensamentos. Pensamentos jocosos. Pensamentos ofensivos. Mariazinha reza para que a sua cara não tenha ar de quem se prepara para "quebrar o dever de lealdade à hierarquia" ou para pensar "algo menos próprio" sobre o chefe ou, quiçá, o ministro da tutela. Reza para que a expressão seja, se não socrática, pelo menos neutra.»
Ana Sá Lopes
“O SILÊNCIO O SILÊNCIO O SILÊNCIO O SILÊNCIO O SILÊNCIO O SILÊNCIO”
Diário de Notícias, DN Gente, 30.06.2007
Obrigatório ler o texto completo AQUI.
Ana Sá Lopes
“O SILÊNCIO O SILÊNCIO O SILÊNCIO O SILÊNCIO O SILÊNCIO O SILÊNCIO”
Diário de Notícias, DN Gente, 30.06.2007
Obrigatório ler o texto completo AQUI.
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