Procuro o tempo
Com o tempo dos meus dias
Tão cheios e tão vazios
Os caminhos que procuro
E desejo desvendar
São como veredas áridas
Que desconhecem ocasos
E limites impostos
E os meus pés
Gretados e sangrados
Procuro-me no tempo
Com os meus dias
Tão cheios de espinhos
E tão vazios de tempo
Estradas esburacadas
E desventradas de vida
Eu as conheci e palmilhei
Com amor
Com esperança
Com raiva
Com desespero
Com vida
E com morte
E os meus olhos
Tão secos de querer
Procuro nos meus dias
A plenitude do meu tempo
E a minha boca
Abre-se e não cala
quarta-feira, janeiro 25, 2006
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