Sei que para muitos talvez já não haja palavras
Porque o tempo que agora se respira
É um tempo de outros verbos
De outros respirares
E sentires.
Sei que para muitos talvez já não haja poemas
Porque as canções que hoje nos soam
Trazem-nos novos sons
Novos ritmos
A sentir.
Talvez que para muitos, hoje,
Já não faça sentido
A canção escrita em Abril.
E que o sonho de uns tantos
Pareça ter-se diluído
Na espuma do tempo.
Talvez que já não haja sentir
Agora que outros sentires
Nos fascinam e seduzem.
Sei que talvez até para mim próprio
A vida não seja mais do que um outro talvez.
Sei tudo isso e sobre tudo isso
Talvez não saiba, afinal, nada de nada.
Mas lá que num Abril
Dum ano que ainda posso recordar
Me surpreendi,
Me alegrei,
Me redescobri
Com palavras e sons que eram novos
Lá isso não posso esquecer,
Nem deixar de lembrar.
Mesmo que talvez para muitos
O tempo hoje seja outro tempo.
sexta-feira, abril 25, 2008
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2 comentários:
Ai Zé Maria, não digo no dia mesmo, que ainda estava meia atordoada, não percebia bem o que se passava, mas no 1.º de Maio e seguintes, aquilo é que foi!!!
Veijios
Talqualmente, cara Mulher Lua, talqualmente.
Aquilo é que foi, na verdade!!!
Bjs
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