No banco de jardim, os dois amigos apenas estavam. Como quem já sabe o que é de saber, cada um olhava o outro com olhos amigos. Lado a lado, somente se deixavam estar, com o silêncio cúmplice de quem saboreia a fraternidade.
No banco de jardim, de uma praça qualquer, de um cidade qualquer, apenas os dois amigos conjugavam o verbo estar. Apenas os dois amigos importam. O espaço só é importante porque é o espaço onde o encontro se realiza. O espaço só é espaço porque é ali que se alberga o calor de bem querer. O ali só é visível porque lá é que eles estão.
No banco de jardim, os dois amigos olham-se com a tranquilidade do tempo. Para eles não há a pressa. Como não pode existir a ânsia do antes, nem a angústia do depois. Para eles o momento só pode ser a eternidade do ser.
Ao banco de jardim, os dois amigos chegam. Quase todos os dias das suas vidas já com alguma poeira do tempo que os vai acompanhando.
Do banco de jardim, os dois amigos partem. Também quase todos os dias, os dias que ali os acompanham.
E assim, também hoje, depois de ali terem chegado, depois de somente se terem deixado ali estar com a paciência de apenas se saberem encontrar, os dois amigos levantaram-se e partiram. Cada um à sua vida. Um, o João, apoiado na sua bengala, talvez o seu único amparo. O outro, o Átila, o rafeiro alentejano, sem coleira e sem dono.
No banco de jardim, de uma praça qualquer, de um cidade qualquer, apenas os dois amigos conjugavam o verbo estar. Apenas os dois amigos importam. O espaço só é importante porque é o espaço onde o encontro se realiza. O espaço só é espaço porque é ali que se alberga o calor de bem querer. O ali só é visível porque lá é que eles estão.
No banco de jardim, os dois amigos olham-se com a tranquilidade do tempo. Para eles não há a pressa. Como não pode existir a ânsia do antes, nem a angústia do depois. Para eles o momento só pode ser a eternidade do ser.
Ao banco de jardim, os dois amigos chegam. Quase todos os dias das suas vidas já com alguma poeira do tempo que os vai acompanhando.
Do banco de jardim, os dois amigos partem. Também quase todos os dias, os dias que ali os acompanham.
E assim, também hoje, depois de ali terem chegado, depois de somente se terem deixado ali estar com a paciência de apenas se saberem encontrar, os dois amigos levantaram-se e partiram. Cada um à sua vida. Um, o João, apoiado na sua bengala, talvez o seu único amparo. O outro, o Átila, o rafeiro alentejano, sem coleira e sem dono.
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