Deixo-me cair abandonado
No sofá que sempre me acolheu
E acabo por respirar
A lenta e calma chegada
Da repousante sonolência
Doem-me os pés
Ainda quentes do caminho
E as pernas levantadas
Apressam o sangue inquieto
Revigorando o corpo sedento
À minha volta o silêncio revela-se
E o sonho descobre-se realidade
Já não sou eu que respiro
Nem os meus pés que se ouvem
Em mim, um outro manifesta-se
segunda-feira, julho 21, 2008
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2 comentários:
Caro amigo Zé Maria;
Embora o poema seja quase "um desalento pela vida", a alma poética do autor está bem patente na realidade ao descrever como poucos a chegada "ao fim do caminho" de muitas das nossas gentes.
Este poema é de uma riqueza de expressão e sentimentos excepcionais. Merece ser lido e reflectido por muitos jovens.
Parabéns e um abraço.
Obrigado, meu caro Osvaldo, pelas suas palavras sempre simpáticas.
Aquele abraço
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