Por trezentas moedas de prata
Dispensávamos os perfumes
E mesmo a mesa farta
Podia ser a tábua exposta
Ao vazio das coisas
Ao vazio, afinal, de nós próprios.
Por trezentas moedas de prata
Dispensávamos os aromas
E afirmávamos a nossa bondade.
Mas por trezentas moedas de prata
Deixávamos também de ser
E perdíamo-nos na ausência.
Porque a nossa bondade
Deverá ser apenas a descoberta
Do que somos e não podemos.
segunda-feira, abril 06, 2009
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1 comentário:
*
com trezentos obrigados,
agradeço a tua partilha,
sentindo bem,
o que sou e ser não posso,
,
abraço, Zé,
,
*
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