Os meus olhos apenas conseguem
Descobrir que no meio das formas nebulosas
Há ainda alguns raios esquivos
E esquecidos
Os meus olhos apenas se permitem
Procurar por entre a névoa que se formou
Algumas clareiras desertas, áridas
E abandonadas
Os meus olhos apenas conhecem
Os olhares dos que se deixam revelar
Desvendando a luz que ilumina
E esclarece
Os meus olhos apenas sabem
Olhar o longe que não se distingue
E apreendem que o hoje é o ontem
E também o amanhã
Os meus olhos apenas se abrem
Ao encontro do escondido, do incógnito
E no desejo de ver sem saber olhar
Apenas olham sem ver
quarta-feira, setembro 10, 2008
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1 comentário:
E, o melhor é olhar, como quem não vê, apenas naquela de olhar por olhar, porque se pensamos naquilo que vemos, estamos tramados.
Ver só por ver, é o lema... Senão, damos em xéxes...
Veijios
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