Pois é: Ano Novo, vida nova!
Este Tempo de Viagem passa, a partir de hoje, a ter nova morada.
Porque a viagem é isso mesmo, por vezes torna-se necessário mudar de meio de transporte. Tão-somente isso, e nada mais. De resto, a mesma viagem.
Assim, agora este tempo está AQUI.
Um abraço a todos e até lá.
sábado, janeiro 02, 2010
sexta-feira, janeiro 01, 2010
segunda-feira, dezembro 14, 2009
domingo, setembro 13, 2009
Tempo de viagem - Estação
Nas viagens que são as nossas, as viagens de cada um, as viagens para onde quer que seja, as viagens para dentro de si próprio, até, têm sempre as paragens necessárias. Mesmo que as não percebamos ou as não vejamos.
São as estações que se sucedem no tempo que dura a própria viagem. Maiores ou mais pequenas, metropolitanas ou apeadeiros, elas servem, as mais das vezes, para podermos olhar o caminho de outra forma. Ou, até, e não poucas vezes, para que a monotonia não se instale nas carruagens que transportamos.
Há algum tempo que este meu é o tempo da Estação.
Mas será bom dizer que, sendo tempo de Estação, não está a ser tempo de paragem. Apenas tempo de mudança de algumas agulhas apenas. Agulhas de desafios e aventuras novas que por vezes devemos arriscar. Mesmo que depois, quando a viagem se tornar recomeço, apenas saibamos que continuamos os mesmos, no mesmo caminho. Porque o que importa é quem viaja, não a viagem em si.
Na Estação estamos, portanto. E por enquanto vamos continuar.
E estou certo que as e os amigos que neste meu Tempo têm tido a paciência de me aturarem, saberão pelo menos compreender esta minha necessidade de tempo de Estação. Até porque, como diz o meu irmão Nelo, sendo quem sou, quando se reiniciar esta viagem, será o mesmo aquele que aqui estará de novo a tentar descobrir-se.
São as estações que se sucedem no tempo que dura a própria viagem. Maiores ou mais pequenas, metropolitanas ou apeadeiros, elas servem, as mais das vezes, para podermos olhar o caminho de outra forma. Ou, até, e não poucas vezes, para que a monotonia não se instale nas carruagens que transportamos.
Há algum tempo que este meu é o tempo da Estação.
Mas será bom dizer que, sendo tempo de Estação, não está a ser tempo de paragem. Apenas tempo de mudança de algumas agulhas apenas. Agulhas de desafios e aventuras novas que por vezes devemos arriscar. Mesmo que depois, quando a viagem se tornar recomeço, apenas saibamos que continuamos os mesmos, no mesmo caminho. Porque o que importa é quem viaja, não a viagem em si.
Na Estação estamos, portanto. E por enquanto vamos continuar.
E estou certo que as e os amigos que neste meu Tempo têm tido a paciência de me aturarem, saberão pelo menos compreender esta minha necessidade de tempo de Estação. Até porque, como diz o meu irmão Nelo, sendo quem sou, quando se reiniciar esta viagem, será o mesmo aquele que aqui estará de novo a tentar descobrir-se.
domingo, junho 14, 2009
quinta-feira, junho 11, 2009
Procissão
Graves, roucas e profundas
As tubas
Marcam a cadência.
O Santo avança
Com a calma segura
Da madeira que o reveste.
À sua frente em filas ordenadas
Respeitáveis membros da Ordem
Pouco ordenam
Na multidão que se agita
E abafa a passagem.
Sob o pálio aberto em pregas
O Pregador junta as mãos
Em prece de inspiração.
E enquanto as opas se mostram
Solenes, distintas e orgulhosas
O acólito incensa sem cessar.
Graves, roucas e profundas
As tubas
Marcam o ritmo.
E atrás do pálio aberto em pregas
O povo avança lentamente
Na lentidão do percurso santificado.
E na Igreja aberta em flores mil
Os bancos esperam em silêncio
As vozes cantadas dos cânticos
Que desfilam incansáveis
Nos ouvidos insensíves já do cansaço.
As tubas
Marcam a cadência.
O Santo avança
Com a calma segura
Da madeira que o reveste.
À sua frente em filas ordenadas
Respeitáveis membros da Ordem
Pouco ordenam
Na multidão que se agita
E abafa a passagem.
Sob o pálio aberto em pregas
O Pregador junta as mãos
Em prece de inspiração.
E enquanto as opas se mostram
Solenes, distintas e orgulhosas
O acólito incensa sem cessar.
Graves, roucas e profundas
As tubas
Marcam o ritmo.
E atrás do pálio aberto em pregas
O povo avança lentamente
Na lentidão do percurso santificado.
E na Igreja aberta em flores mil
Os bancos esperam em silêncio
As vozes cantadas dos cânticos
Que desfilam incansáveis
Nos ouvidos insensíves já do cansaço.
quarta-feira, junho 10, 2009
terça-feira, junho 09, 2009
Pensamentos subversivos (LXXXII)
Como em muitas outras coisas na vida, para mim, as minhas vitórias não são as derrotas dos outros. Ou seja, quando os outros perdem, não quer isso dizer que seja isso a minha vitória.
Como tudo na vida, as minhas vitórias são momentos que significam apenas que consegui superar-me a mim próprio. Porque o respeito que têm de merecer os outros, adversários e parceiros de contenda, faz com que as vitórias e as derrotas sejam apenas momentos naturais no normal curso da vida. Sem mais.
E não perceber isto, significa não perceber a nossa presença nesta casa comum que é, afinal e tão-somente, a nossa própria humanidade.
Como tudo na vida, as minhas vitórias são momentos que significam apenas que consegui superar-me a mim próprio. Porque o respeito que têm de merecer os outros, adversários e parceiros de contenda, faz com que as vitórias e as derrotas sejam apenas momentos naturais no normal curso da vida. Sem mais.
E não perceber isto, significa não perceber a nossa presença nesta casa comum que é, afinal e tão-somente, a nossa própria humanidade.
segunda-feira, junho 08, 2009
sábado, junho 06, 2009
Outras palavras
XXI
É fácil transformar as paredes de Lisboa
em vidros translúcidos
Basta percorrer com veias internas
as vozes dos rostos nos passeios
ou tocar ao de leve os rastos dos olhares
com um coração sem forma
Eduardo dos Santos Nacimento
“Pedaços do meu Tempo”
(VI Prémio de Poesia Cidade de Ourense, 1985)
É fácil transformar as paredes de Lisboa
em vidros translúcidos
Basta percorrer com veias internas
as vozes dos rostos nos passeios
ou tocar ao de leve os rastos dos olhares
com um coração sem forma
Eduardo dos Santos Nacimento
“Pedaços do meu Tempo”
(VI Prémio de Poesia Cidade de Ourense, 1985)
segunda-feira, junho 01, 2009
Enfim, cá estamos outra vez
Pois é, quase sempre o que nos está a saber bem acaba por acabar. E como me souberam bem estes dias de paragem, estes momentos sonhados de me deixar abandonar ao sabor do apenas estar.
Pois é, lá voltámos aos dias que, afinal, não deixam [não deixaram] de ser os nossos dias. Quer queiramos ou não. Porque os nossos dias, os tempos que temos para viver, são mesmo estes.
Mas, e que me perdoem os ditos mesmos de sempre, lá que já tenho saudades da paragem, lá isso tenho...
Pois é, lá voltámos aos dias que, afinal, não deixam [não deixaram] de ser os nossos dias. Quer queiramos ou não. Porque os nossos dias, os tempos que temos para viver, são mesmo estes.
Mas, e que me perdoem os ditos mesmos de sempre, lá que já tenho saudades da paragem, lá isso tenho...
quarta-feira, maio 20, 2009
“Anjos e Demónios”
Ontem, fui ver. E gostei.
Ciência e Religião. Religião e Ciência. Iluminadamente, hoje, como ontem, os mesmos grãos a engasgarem uma relação que apenas deveria ser. É que, se calhar, há mesmo dons que não chegam a todos. E isso não é, seguramente, nenhum drama...
Ciência e Religião. Religião e Ciência. Iluminadamente, hoje, como ontem, os mesmos grãos a engasgarem uma relação que apenas deveria ser. É que, se calhar, há mesmo dons que não chegam a todos. E isso não é, seguramente, nenhum drama...
segunda-feira, maio 18, 2009
Outras palavras
XI
Pedir assim com as mãos famintas
no orgulho dos outros
nas atitudes frias, calculadas dos outros
Mendigar um rosário de olhos cegos
para a dor
Como é difícil navegar nestas águas
Beber este pó de casas vazias
Como túmulos sem cadáveres
Onde estão as pessoas vivas deste planeta?
Eduardo dos Santos Nacimento
“Pedaços do meu Tempo”
(VI Prémio de Poesia Cidade de Ourense, 1985)
Pedir assim com as mãos famintas
no orgulho dos outros
nas atitudes frias, calculadas dos outros
Mendigar um rosário de olhos cegos
para a dor
Como é difícil navegar nestas águas
Beber este pó de casas vazias
Como túmulos sem cadáveres
Onde estão as pessoas vivas deste planeta?
Eduardo dos Santos Nacimento
“Pedaços do meu Tempo”
(VI Prémio de Poesia Cidade de Ourense, 1985)
domingo, maio 17, 2009
sexta-feira, maio 15, 2009
Visita interiorem terrae... [A Caverna]
Aqui
Onde me sento, sentido
Onde espero, desejando a espera
E sentindo no fundo do que sou
A marca do tempo
O sinal, o rasto que ficou
A sombra que vislumbro
Na parede da vida
Aqui
Onde me encontro, ainda
Desencontrado as mais das vezes
E encontrado quase sempre
Mesmo se perdido ou ausente
Me vou descobrindo e revelando
Mesmo que não queira ou não possa
Mesmo que escondido até de mim
Aqui
Onde o meu ser se descobre
E o meu sentir se manifesta
Aqui
Me vou conhecendo
Homem finito e imperfeito
Num infinito que só o tempo
Nos ensina e revela
Aqui
Eu e o meu tempo
Eu e o tempo que não é meu
Onde me sento, sentido
Onde espero, desejando a espera
E sentindo no fundo do que sou
A marca do tempo
O sinal, o rasto que ficou
A sombra que vislumbro
Na parede da vida
Aqui
Onde me encontro, ainda
Desencontrado as mais das vezes
E encontrado quase sempre
Mesmo se perdido ou ausente
Me vou descobrindo e revelando
Mesmo que não queira ou não possa
Mesmo que escondido até de mim
Aqui
Onde o meu ser se descobre
E o meu sentir se manifesta
Aqui
Me vou conhecendo
Homem finito e imperfeito
Num infinito que só o tempo
Nos ensina e revela
Aqui
Eu e o meu tempo
Eu e o tempo que não é meu
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