- “A verdade que nos cerca”, J Faustino, [Abécula]
- “Terapia de grupo”, Miguel Vale de Almeida, [Os Tempos Que Correm]
- “Do blablablá dos beatos da direita ao papagaio-de-pirata (ou acima de tudo um desafio e uma paixão brasileira)”, Manolo Piriz, [Peão]
quarta-feira, outubro 31, 2007
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terça-feira, outubro 30, 2007
De decisão em decisão até…
O Supremo Tribunal Administrativo (STA) voltou a recusar a admissão do recurso da Redes Energéticas Nacionais (REN) contra a decisão do Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS), que mandou desligar a linha de muito alta tensão Fanhões- -Trajouce. "É mais uma vitória e uma decisão bastante demolidora contra as pretensões da REN", disse ao DN Fátima Campos, presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão.
Em Julho, o TCAS suspendeu o despacho de licenciamento da obra e proibiu a REN de proceder ao transporte e distribuição de energia naquela linha. A empresa tentou recorrer da decisão para o STA, mas "a conferência de juízes entendeu que não estão reunidos os pressupostos jurídicos ou sociais excepcionais para admitir o recurso", explicou ao DN o advogado da autarquia.
Diário de Notícias, 30.10.2007
Pode ler mais aqui, aqui e, já agora também aqui, sobre o lucro [até Setembro deste ano] da “dita cuja”.
Em Julho, o TCAS suspendeu o despacho de licenciamento da obra e proibiu a REN de proceder ao transporte e distribuição de energia naquela linha. A empresa tentou recorrer da decisão para o STA, mas "a conferência de juízes entendeu que não estão reunidos os pressupostos jurídicos ou sociais excepcionais para admitir o recurso", explicou ao DN o advogado da autarquia.
Diário de Notícias, 30.10.2007
Pode ler mais aqui, aqui e, já agora também aqui, sobre o lucro [até Setembro deste ano] da “dita cuja”.
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«(…) Mas não se julgue que este reposicionamento do PSD não acarreta problemas para o Governo. Pelo contrário, tal como no passado com a liderança de Santana Lopes, o PS será empurrado para o espaço político da estabilidade institucional, procurando também mobilizar muitos eleitores de centro-direita que nunca foram seus. Uma estratégia que funciona para um ‘challenger’ mas que é de mais difícil concretização quando se está no Governo acompanhado por sinais de descontentamento que começam a tornar-se estruturais e abrem a porta para o crescimento eleitoral à esquerda dos socialistas. (…)»
Pedro Adão e Silva
Diário Económico, 30.10.2007
Pedro Adão e Silva
Diário Económico, 30.10.2007
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«(...) Mas qual foi o momento mais alto do jogo? O golo? Não, não o golo. Nada foi mais belo do que o que aconteceu logo após o apito final: o paraguaio Cardozo a cair de joelhos no relvado, cabeça junto às pernas, numa misteriosa ladainha consigo próprio que as câmaras captaram. De que falava ele senão desses instantes de rara grandeza que acontecem nos estádios de futebol, quando a persistência dá enfim frutos e o sofrimento de um avançado sem golos se evapora com um toque subtil na bola. Naquele frágil ajoelhar a massa associativa viu simultaneamente todo o empenho, frustração e alegria de um jogador que demora a impor-se, mas cuja dedicação à camisola não voltará a ser posta em causa. Aquele minuto de oração fez mais pela carreira de Cardozo no Benfica do que um hat trick ao Porto. Tão depressa, não ouvirá assobios. Caído na relva, ele entrou no coração da Luz.»
João Miguel Tavares
COMO UM AJOELHAR NA RELVA PODE VALER MAIS DO QUE GOLOS
Diário de Notícias, 30.10.2007
João Miguel Tavares
COMO UM AJOELHAR NA RELVA PODE VALER MAIS DO QUE GOLOS
Diário de Notícias, 30.10.2007
segunda-feira, outubro 29, 2007
sábado, outubro 27, 2007
sexta-feira, outubro 26, 2007
Cantiga do meu tempo
Os dias vão correndo ao sabor do vento
E, por enquanto, permitem-me horas de parar
O meu tempo é como o tempo
Que não tem tempo de ficar
O caminho que se descobre nos meus passos
Pede a pressa e a urgência de realizar
O meu tempo é como o tempo
Que não tem tempo de esperar
Ao longe, no distante de quase tudo
Vislumbram-se horizontes ainda por alcançar
O meu tempo é como o tempo
Que não tem tempo de chegar
Por cá, na serenidade dos meus anos
Apenas a incerteza do meu porvir
O meu tempo é como o tempo
Que não tem tempo de partir
E, por enquanto, permitem-me horas de parar
O meu tempo é como o tempo
Que não tem tempo de ficar
O caminho que se descobre nos meus passos
Pede a pressa e a urgência de realizar
O meu tempo é como o tempo
Que não tem tempo de esperar
Ao longe, no distante de quase tudo
Vislumbram-se horizontes ainda por alcançar
O meu tempo é como o tempo
Que não tem tempo de chegar
Por cá, na serenidade dos meus anos
Apenas a incerteza do meu porvir
O meu tempo é como o tempo
Que não tem tempo de partir
quinta-feira, outubro 25, 2007
Porque só queremos defender-nos…
Pentágono reclama fundos "urgentes" para o desenvolvimento de uma bomba experimental anti-bunker
Público, 25.10.2007
Público, 25.10.2007
quarta-feira, outubro 24, 2007
terça-feira, outubro 23, 2007
Pensamentos subversivos (XLVII)
Cá por mim e por via das dúvidas, de cada vez que atendo o telemóvel, dou por mim a dizer: “um grande bem-haja a quem estiver desse [do outro] lado”.
segunda-feira, outubro 22, 2007
Bem prega Frei Tomás…
Este caso é apenas mais um exemplo de que nem sempre o que é legal é eticamente [moralmente] o mais correcto.
domingo, outubro 21, 2007
"Meditabundando"
O Gosto Pela Contemplação
O poder interior do homem pode-se comparar ao de um rio que, impedido por um dique, forme uma bacia artificial dando assim origem a uma fonte de energia. Mas há séculos que este dique tem uma falha, a bacia está quase vazia, a energia pouco menos que gasta e todas as regiões em volta estão na escuridão. Deve-se portanto reforçar o dique e permitir que o nível da água suba. Por outras palavras, para encontrar uma ideia do homem, isto é, uma fonte de verdadeira energia, necessita-se que os homens reencontrem o gosto pela contemplação. A contemplação é o dique que alimenta de água a bacia. Ela permite aos homens acumular de novo a energia de que a acção os privou.
Alberto Moravia, in "O Homem Como Fim"
Citação daqui
O poder interior do homem pode-se comparar ao de um rio que, impedido por um dique, forme uma bacia artificial dando assim origem a uma fonte de energia. Mas há séculos que este dique tem uma falha, a bacia está quase vazia, a energia pouco menos que gasta e todas as regiões em volta estão na escuridão. Deve-se portanto reforçar o dique e permitir que o nível da água suba. Por outras palavras, para encontrar uma ideia do homem, isto é, uma fonte de verdadeira energia, necessita-se que os homens reencontrem o gosto pela contemplação. A contemplação é o dique que alimenta de água a bacia. Ela permite aos homens acumular de novo a energia de que a acção os privou.
Alberto Moravia, in "O Homem Como Fim"
Citação daqui
sábado, outubro 20, 2007
Outros olhares
Leonardo da Vinci
Allegory with wolf and eagle
c. 1516, Red chalk on paper
Royal Library, Windsor
Imagem daqui
Allegory with wolf and eagle
c. 1516, Red chalk on paper
Royal Library, Windsor
Imagem daqui
Uma questão de [falta de] humanismo
Vamos lá a ver se eu percebi bem a coisa: a professora em causa vai ser substituída na próxima segunda-feira. Porque não pode continuar a dar as aulas que lhe competiam. Estará bem o Ministério da Educação.
Mas então: e os responsáveis da CGA [Ministério das Finanças] que se negaram a dar-lhe o que, afinal, era de toda a justiça concederem-lhe? Na verdade, na verdade se diga: justiça sem coração não é justiça.
Mal será [e isso preocupa-me bem] que o nosso futuro esteja apenas nas mãos de gente que, embora bem repleta de rigidez formal e absolutamente conhecedora do que está nas leis, tenha uma pedra empedernida no local onde deveria estar o coração.
É que me parece cada vez mais que, embora 1984 já tenha passado, é para lá que, se calhar, vamos caminhando. E, sem darmos por isso, diga-se.
Mas então: e os responsáveis da CGA [Ministério das Finanças] que se negaram a dar-lhe o que, afinal, era de toda a justiça concederem-lhe? Na verdade, na verdade se diga: justiça sem coração não é justiça.
Mal será [e isso preocupa-me bem] que o nosso futuro esteja apenas nas mãos de gente que, embora bem repleta de rigidez formal e absolutamente conhecedora do que está nas leis, tenha uma pedra empedernida no local onde deveria estar o coração.
É que me parece cada vez mais que, embora 1984 já tenha passado, é para lá que, se calhar, vamos caminhando. E, sem darmos por isso, diga-se.
sexta-feira, outubro 19, 2007
Ah! Ah! Deixem cá ver se percebi bem…
«O líder do PSD, Luís Filipe Menezes, garantiu hoje que o novo presidente da bancada social-democrata tem toda a sua confiança política, sublinhando que Santana Lopes já demonstrou que "sabe ser humildemente um número dois muito leal".»
Público, 18.10.2007
Público, 18.10.2007
quinta-feira, outubro 18, 2007
Citação do dia
Quanto maior o número de leis, tanto maior o número de ladrões
Lao-Tsé
China Antiga, [-570--490], Sábio
Citação daqui
Lao-Tsé
China Antiga, [-570--490], Sábio
Citação daqui
quarta-feira, outubro 17, 2007
Dixit
«A história recente do BCP merece já uma nota nos manuais de gestão de imagem e comunicação. Um banco, que foi dado como um exemplo de excelência da dinâmica privada da economia portuguesa na década de 90 e no período de adesão à Europa, tornou-se ele próprio uma caricatura da instituição responsável e de referência que sempre aparentou ser. Aqui, aplica-se o mesmo princípio que à mulher de César: o episódio do perdão de 15 milhões de euros a cinco empresas onde o filho do presidente do banco era sócio pode ter muitas leituras e explicações, mas falha no essencial: a credibilidade.
É verdade que a questão diz, à primeira vista, apenas respeito aos accionistas, que aliás já começaram a marcar pontos e a contar espingardas. Contudo, é toda uma imagem de sucesso e excelência do empresariado português que é manchada. E isso custa largamente mais que uns quantos milhões perdidos em Bolsa. Depois de uma operação falhada para comprar o BPI, depois de uma luta interna fratricida onde as rivalidades, vaidades e ambições pessoais se sobrepuseram ao ideal de organização e eficácia, o maior banco privado português mergulha num episódio que embaraça. Jardim Gonçalves não merecia um epílogo assim. Um “case study”, sem dúvida, pelos piores motivos, entenda-se. (…)»
Pedro Pinto
Metro, 16.10.2007
É verdade que a questão diz, à primeira vista, apenas respeito aos accionistas, que aliás já começaram a marcar pontos e a contar espingardas. Contudo, é toda uma imagem de sucesso e excelência do empresariado português que é manchada. E isso custa largamente mais que uns quantos milhões perdidos em Bolsa. Depois de uma operação falhada para comprar o BPI, depois de uma luta interna fratricida onde as rivalidades, vaidades e ambições pessoais se sobrepuseram ao ideal de organização e eficácia, o maior banco privado português mergulha num episódio que embaraça. Jardim Gonçalves não merecia um epílogo assim. Um “case study”, sem dúvida, pelos piores motivos, entenda-se. (…)»
Pedro Pinto
Metro, 16.10.2007
terça-feira, outubro 16, 2007
Mas, esclarecer o quê?
Ministro da Administração Interna vai hoje ao Parlamento esclarecer visita da PSP a sindicato.
Público, 16.10.2007
Público, 16.10.2007
Entrada politicamente incorrecta
Hoje, que bem me soube a Bola de Berlim, perfeitamente cheia de creme…
segunda-feira, outubro 15, 2007
Ler os outros
· “Inda que mal pergunte”, Miguel Sousa Tavares, [Expresso]
· “Por amor de deus”, Fernanda Câncio, [Cinco Dias]
· “Por amor de deus”, Fernanda Câncio, [Cinco Dias]
domingo, outubro 14, 2007
sábado, outubro 13, 2007
Dúvidas subversivas (XXI)
Será que também me poderiam perdoar uma dividazita a mim próprio? Com a garantia de que poderia ser bem menor!
Ainda Mianmar/Birmânia
Diz aqui que “El lunes 15 de Octubre, los Ministros de relaciones exteriores de la Unión Europea se reunirán en Luxemburgo para decidir si transformaran sus palabras contra la junta militar en Birmania en políticas concretas.”
Cá para mim, creio bem que os deveríamos ajudar neste desiderato. Para isso, vá aqui e assine uma mensagem nesse sentido.
sexta-feira, outubro 12, 2007
Dixit
«O espanhol, homem qualquer, sem dinheiro ou influências que fazem os abusos serem pagos caro, foi abusado pela modernidade. Pela Internet, que trouxe mais liberdades a todos, até aos canalhas. O espanhol tem um filho esquizofrénico, já quarentão, que por vezes faz tristes figuras que provocam risos alarves. Mas a proximidade do bairro e o freio dos homens bons ajudavam a que o insulto se circunscrevesse a alguns irresponsáveis. Agora, não foi assim. Uns energúmenos puseram no YouTube imagens do esquizofrénico a fazer de índio sioux. O pai, que esteve décadas a aguentar risinhos à socapa, desta vez acha que é de mais. O chegar a todo o lado e a irresponsabilidade que o YouTube permite deixam o espanhol impotente. Claro que este caso (e outros e outros que vão repetir-se) irá obrigar a antídotos. Nessa altura vai dizer-se que há censura. E eu digo: que já tarda. Porque me agrada a censura que interdita que me cuspam na rua.»
Ferreira Fernandes
A CENSURA QUE JÁ TARDA
Diário de Notícias, 12.10.2007
Ferreira Fernandes
A CENSURA QUE JÁ TARDA
Diário de Notícias, 12.10.2007
quinta-feira, outubro 11, 2007
Ler os outros
¨ “O dinheiro tem cor e não é só a cor do dinheiro” – Arrastão (Daniel Oliveira)
¨ “Música de cavaquinho...” – O Bitoque (Samir Machel)
¨ “Questões de pele” – A Barbearia do Senhor Luís (LNT)
¨ “Música de cavaquinho...” – O Bitoque (Samir Machel)
¨ “Questões de pele” – A Barbearia do Senhor Luís (LNT)
quarta-feira, outubro 10, 2007
Provérbios
Quando a folha não cai no Outono, cai noutra altura do ano.
In Tomás Lourenço, Provérbios Pós-Modernos, Âncora Editora
In Tomás Lourenço, Provérbios Pós-Modernos, Âncora Editora
terça-feira, outubro 09, 2007
ID[io]T[ices] (2)
«A mensagem da diabolização da droga e de que a droga mata já está ultrapassada por questões de evidência científica» disse João Goulão, lembrando que o marketing desaconselha o uso do não.
Diário Digital, 08.10.2007
Diário Digital, 08.10.2007
Ler os outros
«Por outro lado, ele [Luís Filipe Menezes] traz consigo alguma da pior gente que alguma vez habitou na nossa política, do género que faz querer gritar: 'Socorro, que eles vão voltar!'. Como também não disse ao que vinha e se limitou a contar votos e espingardas e a alimentar uma guerra suja que as directas consentem, apresenta-se ao país (Gaia à parte) com o pior cartão de visita possível.
Chega como lídimo representante do 'bom povo português' contra as elites. Não sei se sabem o que isto quer dizer: que todas as campainhas de alarme devem ser ligadas e que, por enquanto, José Sócrates agradece.»
Miguel Sousa Tavares
Menezes, a política, o povo: o desencanto
Expresso, 08.10.2007
Chega como lídimo representante do 'bom povo português' contra as elites. Não sei se sabem o que isto quer dizer: que todas as campainhas de alarme devem ser ligadas e que, por enquanto, José Sócrates agradece.»
Miguel Sousa Tavares
Menezes, a política, o povo: o desencanto
Expresso, 08.10.2007
segunda-feira, outubro 08, 2007
Um Homem sem Nome (*)
Um homem sem nome
Uma história sem fronteiras
Sem espaços omissos
Sem tempo
Um homem sem tempo
No tempo do devir
Feito história de histórias várias
Um homem sem espaço
Caminhando desertos de horizontes abertos
Em descobertas solitárias
Um homem sem nome
Mas abarcando todos os nomes
De todos os tempos do tempo
Uma história de sedução
De descoberta
De encontro e desencontro
De solidão preenchida
Também sem nome a nossa história
Feita de histórias desejadas
Feita de tempos que desejam tempos
(*) Lembrando O Homem Sem Nome, de João Aguiar, Edições ASA
Uma história sem fronteiras
Sem espaços omissos
Sem tempo
Um homem sem tempo
No tempo do devir
Feito história de histórias várias
Um homem sem espaço
Caminhando desertos de horizontes abertos
Em descobertas solitárias
Um homem sem nome
Mas abarcando todos os nomes
De todos os tempos do tempo
Uma história de sedução
De descoberta
De encontro e desencontro
De solidão preenchida
Também sem nome a nossa história
Feita de histórias desejadas
Feita de tempos que desejam tempos
(*) Lembrando O Homem Sem Nome, de João Aguiar, Edições ASA
domingo, outubro 07, 2007
sábado, outubro 06, 2007
Dixit
«(…) Vão ficando longe os tempos do diálogo aberto e plural: no interior da própria Igreja católica; com as Igrejas cristãs, no quadro de um são pluralismo; com a cultura moderna, depois de séculos de combate; com as religiões não cristãs; com o ateísmo, pelo qual a própria Igreja se confessava também culpada.
A Igreja católica parece voltar ao medo, precisamente quando, na presente situação grave do mundo - lembre-se a globalização neoliberal, as revoluções da genética e das neurociências, o aquecimento global, as guerras e os fundamentalismos, a falta de sentido -, seria de ousar a preparação de um Concílio verdadeiramente ecuménico, portanto, com a representação de todas as Igrejas cristãs.»
Anselmo Borges
A ÚNICA VERDADEIRA IGREJA DE CRISTO
Diário de Notícias, 6.10.2007
A Igreja católica parece voltar ao medo, precisamente quando, na presente situação grave do mundo - lembre-se a globalização neoliberal, as revoluções da genética e das neurociências, o aquecimento global, as guerras e os fundamentalismos, a falta de sentido -, seria de ousar a preparação de um Concílio verdadeiramente ecuménico, portanto, com a representação de todas as Igrejas cristãs.»
Anselmo Borges
A ÚNICA VERDADEIRA IGREJA DE CRISTO
Diário de Notícias, 6.10.2007
Citação do dia
O homem realmente culto não se envergonha de fazer perguntas também aos menos instruídos
Lao-Tsé
China Antiga, [-570--490], Sábio
Citação daqui
Lao-Tsé
China Antiga, [-570--490], Sábio
Citação daqui
sexta-feira, outubro 05, 2007
Boa pergunta, grande resposta
«Sala à cunha para ouvir Alan Greenspan. Como é próprio de salas com pessoas importante, cumprimenta-se o mais próximo olhando-o por cima do ombro na esperança de ver alguém mais importante. Também esteve lá R., ex- -quadro de um banco, uma de cinco mulheres entre muitas dezenas de gravatas. Há oito anos teve um acidente que a deixou desconjuntada e de fala arrastada. Foi despedida, não tem mais emprego e se trabalha é porque é voluntária num hospital lisboeta. R. não se resigna a não continuar a trabalhar no que sabe, finanças. Do seu bolso pagou os 300 do bilhete para ouvir Greenspan (dos poucos 300 que não entrarão na contabilidade das empresas). Quando das perguntas, esticou o braço, descontrolado mas incisivo. Não esperou pelo microfone (sala estava em suspense, temendo escândalo). Ela perguntou: "Qual o lugar para deficientes nas empresas?" Greenspan, 81 anos sábios, disse: "O que nos tem feito progredir não é o físico, mas o intelecto."»
Ferreira Fernandes
SEM 'SUBPRIME' NEM 'CLUSTERS' MAS COM GENTE
Diário de Notícias, 5.10.2007
Ferreira Fernandes
SEM 'SUBPRIME' NEM 'CLUSTERS' MAS COM GENTE
Diário de Notícias, 5.10.2007
Dixit
«Há quem veja mais nesta liderança [de Menezes] o regresso ao santanismo.
O santanismo não existiu, é uma espuma, uma exibição mediática, uma ideia sem substância. Um dia, quando Santana Lopes era secretário de Estado da Cultura, eu disse-lhe uma coisa muito simples: tu serás líder, mas terás que olhar para Ronald Reagan, que só é um grande líder porque tem uma grande equipa. Pedro nunca a fez. (…)
Comecemos pelo professor Marcelo..
Marcelo no deserto acabava. Ele só vive na exposição pública permanente. A suprema punição era mandá-lo para monge da Cartucha. Mas atenção: a renovação não é a perda dos melhores. Marcelo pode ser um grande presidente do Congresso.»
O santanismo não existiu, é uma espuma, uma exibição mediática, uma ideia sem substância. Um dia, quando Santana Lopes era secretário de Estado da Cultura, eu disse-lhe uma coisa muito simples: tu serás líder, mas terás que olhar para Ronald Reagan, que só é um grande líder porque tem uma grande equipa. Pedro nunca a fez. (…)
Comecemos pelo professor Marcelo..
Marcelo no deserto acabava. Ele só vive na exposição pública permanente. A suprema punição era mandá-lo para monge da Cartucha. Mas atenção: a renovação não é a perda dos melhores. Marcelo pode ser um grande presidente do Congresso.»
quinta-feira, outubro 04, 2007
Ler os outros
«(…) A ascensão de Luís Filipe Menezes retrata um PSD desorientado que nunca se entusiasmou com Marques Mendes. É também uma pequena vingança de Santana Lopes e o próprio Santana quis logo destacar o "significado" da eleição de Menezes: "Por quem ganha e por quem perde." Mas, mais que isso, com Menezes chegam os ressentidos, os que têm contas para ajustar, os que se sentem traídos, os que querem o poder de volta, todos os descamisados da política que sempre apostaram em todas as lideranças e que sempre se viraram contra todas as lideranças quando estas não lhes davam o que queriam. O séquito de Menezes é feito desta raiva psicológica. E a pergunta agora é: o que irá fazer Menezes da revolta que ele próprio engendrou? Suponho que nem ele sabe.»
Pedro Lomba
A REVOLTA DE LUÍS FILIPE MENEZES
Diário de Notícias, 04.10.2007
Pedro Lomba
A REVOLTA DE LUÍS FILIPE MENEZES
Diário de Notícias, 04.10.2007
quarta-feira, outubro 03, 2007
P’eraí! Mas o que é que se passou?
Vamos lá a ver se percebi bem: parece que o meu Benfica perdeu hoje.
Porque é que me parece que o filme ainda é o mesmo? E que, se calhar, não basta, afinal, mudar somente umas peças para que o motor carbure melhor. Se calhar, é preciso que mais acima também se tenha a coragem de bater com a mão no peito.
É que, às vezes, vale mais a pena trabalhar tranquila e serenamente, do que andar por aí de boca aberta a gritar desvairadamente.
É que já começamos a estar fartos de “virgens arrependidas”.
Porque é que me parece que o filme ainda é o mesmo? E que, se calhar, não basta, afinal, mudar somente umas peças para que o motor carbure melhor. Se calhar, é preciso que mais acima também se tenha a coragem de bater com a mão no peito.
É que, às vezes, vale mais a pena trabalhar tranquila e serenamente, do que andar por aí de boca aberta a gritar desvairadamente.
É que já começamos a estar fartos de “virgens arrependidas”.
O longe da dor
Lá longe
No longe da distância
Alguém chora no silêncio
E o silêncio
É salgado como o mar
Que arrasta a espuma da dor.
Lá longe
No longe do horizonte
Alguém sofre contido
E a dor
Esconde-se no vazio
Da noite que escurece os olhos
Lá longe
No longe de nós próprios
Apenas sabemos a dúvida
E podemos
O pouco da nossa pequenez
A fraqueza da nossa força
No longe da distância
Alguém chora no silêncio
E o silêncio
É salgado como o mar
Que arrasta a espuma da dor.
Lá longe
No longe do horizonte
Alguém sofre contido
E a dor
Esconde-se no vazio
Da noite que escurece os olhos
Lá longe
No longe de nós próprios
Apenas sabemos a dúvida
E podemos
O pouco da nossa pequenez
A fraqueza da nossa força
terça-feira, outubro 02, 2007
Outras leituras
«(…) O presidente da Universidade de Columbia, apostado em dar uma lição prática sobre os benefícios da liberdade de expressão, resolveu convidar o Presidente do Irão, Ahmadinejad, de visita à Assembleia-Geral da ONU, para discursar na sua Universidade. Porém, convite feito e aceite, sentado o convidado frente à plateia, o ilustre Lee Bollinger resolveu entrar para a história com esta frase de boas-vindas:
- "Vamos ser claros desde o princípio, senhor Presidente: o senhor tem todos os sinais de um ditador mesquinho e cruel, de uma espantosa ignorância".
Só um americano é que seria capaz de tamanha grosseria e falta de educação. As pessoas normais ou não convidam para casa aqueles que desprezam ou, se o fazem, não é para os insultar. Mas o sr. Bollinger transformou o pretexto da liberdade de expressão numa ocasião para o insulto fácil e de costas quentes. Certamente que não se atreveria a dizer a mesma coisa se estivesse no Irão e certamente que também não diria o mesmo a alguém ainda mais espantosamente ignorante, como é o Presidente dos Estados Unidos. A ignorância da gente de Bush tem sido, aliás, a maior fonte de perturbação global dos últimos anos. Resta esperar que o tempo passe depressa e que a lição tenha sido aprendida.»
Miguel Sousa Tavares
Expresso, “Coisas de espantar”, 2.10.2007
- "Vamos ser claros desde o princípio, senhor Presidente: o senhor tem todos os sinais de um ditador mesquinho e cruel, de uma espantosa ignorância".
Só um americano é que seria capaz de tamanha grosseria e falta de educação. As pessoas normais ou não convidam para casa aqueles que desprezam ou, se o fazem, não é para os insultar. Mas o sr. Bollinger transformou o pretexto da liberdade de expressão numa ocasião para o insulto fácil e de costas quentes. Certamente que não se atreveria a dizer a mesma coisa se estivesse no Irão e certamente que também não diria o mesmo a alguém ainda mais espantosamente ignorante, como é o Presidente dos Estados Unidos. A ignorância da gente de Bush tem sido, aliás, a maior fonte de perturbação global dos últimos anos. Resta esperar que o tempo passe depressa e que a lição tenha sido aprendida.»
Miguel Sousa Tavares
Expresso, “Coisas de espantar”, 2.10.2007
Há exemplos que deveriam ser [cada vez mais] seguidos
«O Supremo Tribunal Administrativo (STA) mandou desligar a Linha aérea de Muito Alta Tensão (MAT) entre Fanhões e Trajouce. (…)
O Tribunal entendeu que "a distribuição de energia eléctrica é uma actividade perigosa e decorre do simples bom senso que não é indiferente ter a menos de 25 metros de prédios de habitação um simples candeeiro ou uma linha de muito alta tensão". O juiz considerou ainda que "não existem evidências científicas da inocuidade da exposição a campos electromagnéticos" e que, por isso, "é do maior interesse a salvaguarda dos direitos difusos ao ambiente e à saúde, verdadeiros direitos fundamentais dos cidadãos".»
Diário de Notícias, 02.10.2007
O Tribunal entendeu que "a distribuição de energia eléctrica é uma actividade perigosa e decorre do simples bom senso que não é indiferente ter a menos de 25 metros de prédios de habitação um simples candeeiro ou uma linha de muito alta tensão". O juiz considerou ainda que "não existem evidências científicas da inocuidade da exposição a campos electromagnéticos" e que, por isso, "é do maior interesse a salvaguarda dos direitos difusos ao ambiente e à saúde, verdadeiros direitos fundamentais dos cidadãos".»
Diário de Notícias, 02.10.2007
ID[io]T[ices]
Por norma [cá por coisas] estou sempre nos antípodas de Rui Rio.
Mas aqui, aqui mesmo, o homem tem toda a razão. Já não se consegue perceber o silêncio de Sua Excelência governativa.
Mas aqui, aqui mesmo, o homem tem toda a razão. Já não se consegue perceber o silêncio de Sua Excelência governativa.
segunda-feira, outubro 01, 2007
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